Economia

No último dia do G20 no Rio, líderes focam medidas para mudança climática

É consenso que os negociadores da COP29 precisam chegar a um acordo sobre os recursos que as nações ricas devem fornecer aos países em desenvolvimento

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Líderes mundiais posam para uma foto de família durante a Cúpula de Líderes do Grupo dos 20 (G20) no Rio de Janeiro, Brasil, na segunda-feira, 18 de novembro de 2024. Os líderes do G-20 que se reúnem no Brasil esta semana devem mostrar unidade em relação à ação climática e às regras do comércio global, duas áreas ameaçadas pelo presidente eleito dos EUA, Donald Trump, enquanto continuam as conversas sobre como caracterizar a guerra da Rússia na Ucrânia e as tensões no Oriente Médio. Fotógrafo: Dado Galdieri/Bloomberg

Os líderes do Grupo das 20 maiores economias se reúnem nesta terça-feira para discutir o desenvolvimento sustentável e a transição para uma energia mais limpa, com o objetivo de aumentar as chances de um acordo bem-sucedido para lidar com o aquecimento global nas negociações climáticas da ONU no Azerbaijão.

O anfitrião da cúpula climática COP29 realizou, um dia antes, um apelo para que os países do G20 enviem um sinal positivo sobre a necessidade de enfrentar a mudança climática e forneçam mandatos claros para ajudar a salvar as negociações que estão travadas em Baku, no Azerbaijão.

Com o mundo no caminho para o ano mais quente já registrado, os líderes estão tentando reforçar os esforços para lidar com as mudanças climáticas antes que Donald Trump retome a Presidência dos Estados Unidos em janeiro. Ele estaria se preparando para sair do Acordo de Paris sobre mudança climática e reverter a política dos EUA sobre o aquecimento global.

Em uma declaração conjunta emitida na segunda-feira, os líderes do G20 pediram um “aumento rápido e substancial do financiamento climático de bilhões para trilhões de todas as fontes” para pagar pela resposta às mudanças climáticas.

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Os líderes do G20 concordaram que os negociadores da COP29 precisam chegar a um acordo sobre uma nova meta financeira para a quantidade de dinheiro que as nações ricas devem fornecer aos países em desenvolvimento mais pobres no financiamento climático.

Mas, embora a declaração do G20 tenha dito que as nações precisam resolver a questão, não houve indicação de qual deveria ser a solução na cúpula da ONU, prevista para terminar na sexta-feira.

Economistas sugerem que a meta deveria ser de pelo menos 1 trilhão de dólares por ano.

Os países desenvolvidos, inclusive na Europa, argumentam que a base de contribuintes precisa ser ampliada para incluir os países em desenvolvimento mais ricos, como a China e os países mais ricos do Oriente Médio, a fim de chegar a um acordo sobre uma meta ambiciosa.

Os países em desenvolvimento, como o Brasil, anfitrião do G20, têm se mostrado contrários à expansão para além dos países desenvolvidos, os principais responsáveis pelas mudanças climáticas.

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No domingo, fontes próximas às negociações do G20 disseram que foi apresentado um texto que sugeria que os países em desenvolvimento poderiam contribuir de forma voluntária, mas esse texto não foi incluído no acordo final.

Na abertura da cúpula anual no Rio de Janeiro, na segunda-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o impacto da mudança climática é evidente em todo o mundo e precisa ser tratado com urgência.

As nações do G20 são consideradas vitais para moldar a resposta ao aquecimento global, uma vez que controlam 85% da economia mundial e também são responsáveis por mais de três quartos das emissões de gases que causam o aquecimento climático.

O G20 também se comprometeu a chegar a um acordo sobre um tratado juridicamente vinculativo para limitar a poluição plástica até o final de 2024, com a retomada das negociações sobre o assunto na próxima semana, com o objetivo de encerrar mais de dois anos de negociações para chegar a um acordo.

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