Economia
Opção de Copom: aposta de corte de 0,25 pp da Selic em agosto sobe a 48,50%
Após divulgação do IPCA nesta terça-feira (11), expectativa que a taxa básica de juros seja mantida no mesmo patamar caiu para a próxima reunião do BC.
A expectativa do mercado por uma redução da taxa Selic em agosto aumentou nesta terça-feira (11). A maioria das projeções aponta que o Comitê de Política Monetária (Copom) cortará a taxa Selic, atualmente em 13,75%, em queda de 0,25%.
De acordo com dados B3, bolsa de valores brasileira, sobre contratos de opção de Copom, 48,50% dos investidores esperam uma queda de 0,25 ponto percentual nesta terça, após divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que registrou deflação de 0,08%. Um dia antes, as apostas da queda da Selic em 0,25 p.p era de 45,50%
Já a projeção de queda da taxa básica de juros, na reunião do Copom nos dias 1 e 2 de agosto, em 0,5% teve uma redução de 42% para 40,50%.
As apostas da Selic no atual patamar caiu de 7,50% para 6,56%. Também teve redução na projeção da queda da Selic em 0,75%, que passou de 2% para 1,75%.
E a expectativa pela queda de 1% na taxa básica de juros em agosto passou de 2,04% para 1,78%.
IPCA de junho
O IPCA de junho ficou em -0,08%, ante 0,23% em maio, de acordo com divulgação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (11). Nos últimos 12 meses o índice foi de 3,16%, abaixo dos 3,94% observados nos 12 meses anteriores.
O resultado reforça os argumentos para o BC reduzir a taxa básica de juros Selic, atualmente em 13,75%, no próximo mês. O BC já sinalizou que pode iniciar em agosto um ciclo de afrouxamento.
De acordo com relatório da XP Macro Watch, os dados do IPCA de junho reforçam o “primeiro estágio” da desinflação no Brasil, puxado por alimentos e bens industriais.
“No entanto, as métricas de serviços seguem rodando muito acima da meta de inflação e reforçam nossa visão de que o Banco Central iniciará o ciclo de flexibilização cautelosamente com um corte de 0,25pp em agosto, seguido de cortes de 0,50pp a partir de setembro, encerrando o ano em 12%. Mantemos nossa projeção de 4,7% para o IPCA de 2023 e de 4,1% para o IPCA de 2024.”
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