A aliança liderada pela Arábia Saudita deve avaliar a possibilidade de ampliar em pelo menos o mesmo volume do acréscimo já previsto para outubro — 137 mil barris por dia — quando se reunir de forma virtual em 5 de outubro. As fontes pediram anonimato porque as negociações são sigilosas.
O grupo, que reúne os países da Opep e aliados como a Rússia, começou a reverter de forma gradual a suspensão de 1,66 milhão de barris diários de oferta, apesar de alertas de diferentes agentes da indústria sobre o risco de um excedente no mercado. Até agora, a adição de barris foi absorvida sem grandes turbulências, e os contratos futuros do Brent acumulam alta de 3% no mês.
Ainda assim, o aumento de outubro será bem menor que os incrementos anunciados nos dois meses anteriores. Além disso, representantes destacaram que o impacto real deve ser inferior ao anunciado, já que alguns países não têm capacidade de elevar a produção no ritmo estabelecido.
O encontro de outubro também ocorrerá em meio à expectativa da viagem do príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman a Washington, em novembro, onde se reunirá com o presidente Donald Trump. O líder americano tem pressionado por preços mais baixos dos combustíveis para conter a inflação e abrir espaço para cortes de juros.
Nenhuma decisão final foi tomada, e as conversas podem mudar até a reunião de domingo, disseram as fontes. A expectativa de um novo aumento da produção já havia sido antecipada pela agência Reuters.