Economia
Preços ao produtor voltam a subir e IGP-10 avança 0,36% em dezembro, diz FGV
Com o resultado do mês o IGP-10 passou a acumular avanço em 12 meses de 6,08%.
O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) passou a subir 0,36% em dezembro, uma vez que os preços ao produtor voltaram a avançar, e encerrou o ano com alta acumulada de mais de 6%.
Em novembro, o índice havia recuado 0,59%.
Os dados da Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgados nesta quinta-feira (15) mostram que o IGP-10 fechou 2022 com avanço acumulado de 6,08%, bem abaixo da alta de 17,30% vista em 2021.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, teve avanço de 0,31% em dezembro, depois de cair 0,98% no mês anterior. Em 12 meses, acumulou alta 6,08%.
“Após quatro quedas consecutivas, a inflação ao produtor acelera e encerra o ciclo de taxas negativas do IGP-10. A principal contribuição partiu do minério de ferro, cujos preços avançaram 12,08%, ante queda de 9,69%, em novembro”, explicou André Braz, coordenador dos índices de preços.
Ele explicou ainda que pesaram no resultado do IPA os preços das carnes bovinas (de 0,10% para 1,72%) e do feijão (de -2,79% para 10,56%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10), que responde por 30% do índice geral, passou a subir 0,58% no mês, de uma alta de 0,67% em novembro e avançou 4,40% em 2022.
Três das oito classes de despesa tiveram alívio em suas taxas de variação e colaboraram para a desaceleração da alta do IPC: Educação, Leitura e Recreação (1,81% para -0,45%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,98% para 0,58%) e Vestuário (0,93% para 0,35%)
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez subiu 0,36% em dezembro, acima da taxa de 0,19% no período anterior, acumulando alta no ano de 9,55%.
O IGP-10 calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.
IPC-10
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10), que responde por 30% do índice geral, passou a subir 0,58% no mês, de uma alta de 0,67% em novembro.
Três das oito classes de despesa tiveram alívio em suas taxas de variação e colaboraram para a desaceleração da alta do IPC: Educação, Leitura e Recreação (1,81% para -0,45%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,98% para 0,58%) e Vestuário (0,93% para 0,35%)
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez subiu 0,36% em dezembro, acima da taxa de 0,19% no período anterior.
O IGP-10 calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.
Veja abaixo a variação dos grupos (em %):
Novembro – Dezembro
IGP-10
-0,59 +0,36
IPA
-0,98 +0,31
Bens Finais
+0,23 +0,30
Bens Intermediários
-0,01 -0,40
Matérias Primas Brutas
-3,17 +1,12
Produtos Agropecuários
-1,44 -0,81
Produtos Industriais
-0,79 +0,76
IPC
+0,67 +0,58
Alimentação
+0,79 +1,12
Habitação
+0,33 +0,46
Vestuário
+0,93 +0,35
Saúde e Cuidados Pessoais
+0,98 +0,58
Educação, Leitura e Recreação
+1,81 -0,45
Transportes
+0,47 +0,85
Despesas Diversas
+0,12 +0,49
Comunicação
-0,62 +0,11
INCC
+0,19 +0,36
Materiais, Equipamentos e Serviços
-0,01 +0,28
Mão de Obra
+0,40 +0,44
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