Economia
Prévia do PIB: IBC-Br tem queda de 0,05% em outubro
Expectativa em pesquisa da Reuters era de um avanço de 0,50% no mês.
A economia do Brasil iniciou o quarto trimestre com fraqueza em outubro, mostraram dados do Banco Central nesta quarta-feira (14), indicando acomodação da atividade neste final de ano.
O Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br) registrou recuo de 0,05% em outubro na comparação com o mês anterior, mostrou o dado dessazonalizado do indicador que é um sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB).
O resultado ficou bem aquém da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,50% e mostra que o indice não registra uma taxa positiva mensal desde julho.
O quarto trimestre deve ser marcado pelos impactos defasados do forte aperto monetário promovido pelo Banco Central para combater a inflação elevada e pela iminência de uma recessão global.
Assim, Luiz Inácio Lula da Silva assume como presidente em janeiro diante de um pano de fundo de esperada desaceleração da economia, com o qual o seu ministro da Fazenda, Fernando Haddad, terá de lidar.
O BC ainda piorou o resultado do IBC-Br de setembro para uma estagnação, de um avanço informado antes de 0,05%. Em agosto, o índice teve queda de 1,13%
Na comparação com outubro do ano anterior, o IBC-Br teve alta de 3,68%, enquanto no acumulado em 12 meses passou a um avanço de 3,13%, de acordo com números observados.
O Produto Interno Bruto do Brasil perdeu mais força do que o esperado no terceiro trimestre do ano e cresceu 0,4%, segundo dados divulgados pelo IBGE no início do mês.
Mas ainda assim marcou o maior patamar da série histórica, com início em 1996, impulsionado mais uma vez pelo setor de serviços em meio a uma demanda ainda robusta por parte das famílias.
Em outubro, o destaque foi a queda de 0,6% no volume de serviços, interrompendo série de cinco meses de alta e acendendo sinal de alerta.
A produção industrial brasileira crescu 0,3% no mês, mas o resultado não compensou a queda dos dois meses anteriores. O destaque positivo foi o varejo, com aumento das vendas pelo terceiro mês seguido, de 0,4% em outubro.
Neste final de ano, favorecem a economia a melhora do mercado de trabalho e medidas de auxílio do governo adotadas mais cedo. Mas enquanto a política fiscal foi mais expansionista, a monetária busca arrefecer a economia com juros elevados, atualmente em 13,75% ao ano.
O Banco Central ainda vem dando recados ao governo eleito, dizendo que há elevada incerteza sobre o futuro do arcabouço fiscal do país.
O Ministério da Economia prevê crescimento da atividade econômica neste ano de 2,7%, indo a 2,1% em 2023, enquanto o mercado calcula expansão respectiva de 3,05 e 0,75%.
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