Economia
Pela 5ª vez seguida, Brasil lidera ranking de juro real entre 40 países
Levantamento mostra país à frente de México (6,13%), Colômbia (5,13%), Chile (4,89%) e Filipinas (2,62%).
Com a manutenção da Selic em 13,75% ao ano nesta quarta-feira (3), o Brasil segue na liderança de um ranking de maiores juros reais entre 40 países, com uma taxa de 6,82% ao ano. O cálculo, feito pela gestora Infinity Asset em parceria com a MoneyYou, leva em conta o desconto da inflação projetada para os próximos 12 meses de acordo com o Boletim Focus.
Segundo o levantamento, o país aparece na primeira colocação da lista pela quinta reunião seguida do Comitê de Política Monetária (Copom), que realiza encontros a cada 45 dias para definir a Selic.
O Brasil aparece à frente de países como México (6,13%), Colômbia (5,13%), Chile (4,89%) e Filipinas (2,62%). A Argentina continua na lanterna do ranking, com taxa real negativa em 13,02% ao ano.
Maioria dos países elevou taxas
Na lista de 40 países, 24 apresentam juro real negativo (quando a inflação é maior que a taxa nominal), segundo o levantamento. Nesta amostra, 47,50% dos países mantiveram suas taxas de juros na última reunião de seus bancos centrais, enquanto mais da metade (52,50%) elevaram as taxas. Nenhum destes países cortou os juros.
“O movimento global de políticas de aperto monetário continuou a ganhar força, com o aumento expressivo no número de BCs sinalizando preocupação com a inflação, mesmo com a queda do preço de commodities”, destacou a MoneyYou no relatório.
Em termos nominais (sem considerar o desconto pela inflação), o Brasil manteve a 2ª colocação no ranking, atrás apenas da Argentina, com uma taxa de juros de 91% ao ano, e imediatamente acima de Colômbia (13,25%), Hungria (13%) e Chile (11,25%).
Veja também
- Com a explosão dos juros, títulos IPCA+ tombam até 31% no ano
- Banco Central confirma expectativa e sobe Selic para 11,25% ao ano
- Endividamento do governo cria oportunidades na renda fixa; títulos privados já pagam IPCA+9%
- Alta dos juros pode reverter a recuperação do setor bancário
- Banco Central retoma alta de juros e Selic sobe para 10,75% ao ano