Economia
Santos Brasil leva 3 de 5 áreas de portos; leilão rende R$ 216 milhões
Ativos ficam no Porto de Itaqui, no Maranhão, e são usados para distribuição de combustíveis no Nordeste.
A Santos Brasil venceu nesta sexta-feira (9) a disputa pela concessão de três dos cinco terminais portuários leiloados na B3, evento que rendeu ao governo federal R$ 216 milhões em outorgas.
A concessão dos três terminais arrematados pela Santos Brasil e outra vencida pelo Terminal Químico de Aratu são todas de 20 anos. Os ativos estão localizados no Porto de Itaqui, no Maranhão, e são usados para distribuição de combustíveis no Nordeste.
A Santos Brasil venceu a disputa pelo terminal IQI03, com oferta de 61,3 milhões de reais, vencendo sua única rival pela área, a Empresa Brasileira de Terminais e Armazéns Gerais, que ofereceu 50 milhões de reais pela concessão.
Sem concorrência pelo terminal IQI11, este também foi arrematado pela Santos Brasil, com proposta única de R$ 56 milhões.
A empresa também levou a concessão do armazém IQI12, com oferta de R$ 40 milhões, batendo a oferta rival de R$ 37,5 milhões do Terminal Químico de Aratu que, no entanto, deu o troco, ao vencer a disputa pelo IQI13, oferecendo 59 milhões.
A CMPC Celulose Riograndense ganhou a concessão do armazém no Porto de Pelotas (RS) com proposta única de 10 mil reais.
A expectativa do governo é de que, juntos, os cinco projetos tragam investimentos de ao redor de 600 milhões de reais.
O evento fechou uma sequência de três dias seguidos de leilões na B3, com o governo do presidente Jair Bolsonaro tentando atrair capital privado para ativos de infraestrutura e animar a economia atingida pela pandemia da Covid-19.
Na véspera, a Bahia Mineração (Bamin) venceu o leilão de concessão do primeiro trecho da ferrovia de integração Oeste-Leste (Fiol), sendo a única concorrente pelo ativo, pelo qual ofereceu pagar outorga mínima de 32,7 milhões de reais.
Na quarta-feira, o governo levantou 3,3 bilhões de reais no leilão para concessão de 22 aeroportos, com ágios elevados em relação aos valores mínimos, mas com participação modesta de estrangeiros na disputa que teve como principal vencedora a brasileira CCR.