Economia
São Paulo supera Paris e está entre as 10 cidades mais caras pela 1ª vez
Capital paulista também aparece à frente de Tóquio e figura em 9º lugar no ranking para se viver uma vida de luxo.
São Paulo entrou para as top 10 cidades mais caras do mundo para os ricos viverem uma vida de luxo, superando cidades como Paris e Tóquio. É a primeira vez que a capital paulista alcança tal posição, em nono lugar, de acordo com um relatório de estilo de vida lançado anualmente pela gestora de fortunas Julius Baer, referente a 2023.
O Índice classifica as 25 cidades mais caras do mundo, analisando propriedades residenciais, carros, voos de classe executiva, escola de negócios, jantares de degustação e outros luxos. A Ásia continuou sendo a região mais cara para uma vida de luxo pelo quarto ano consecutivo.
A Julius Baer pesquisou indivíduos de alto patrimônio líquido, com ativos bancários de US$ 1 milhão ou mais entre fevereiro e março de 2023.
Cingapura é cidade mais cara para os ricos
Cingapura subiu pela primeira vez para o topo do ranking como a cidade mais cara do mundo para se levar uma vida de luxo. A cidade asiática pretende ser um dos principais centros globais para os ricos.
A cidade-estado, quinta classificada em 2022, ultrapassou Xangai e Hong Kong, que estão em segundo e terceiro lugares, respectivamente, de acordo com um relatório drupo suíço Julius Baer
Um dos primeiros lugares na Ásia a reabrir suas fronteiras durante a pandemia, Cingapura ganhou atratividade para indivíduos com alto patrimônio líquido se reflete no aumento dos preços que os locais agora enfrentam. Até o final de 2022, contava com cerca de 1.500 family offices no território, o dobro do número do ano anterior, segundo o relatório. É a cidade mais cara do mundo para comprar carros.
“Os altos padrões de vida e as crescentes demandas de infraestrutura local significam que a vida aqui não sai barata. “Os imóveis residenciais têm uma demanda extremamente alta, e carros com impostos punitivos e seguros de saúde essenciais são 133% e 109% mais caros do que a média global, respectivamente.”
RELATÓRIO DA JULIUS BAER.
Nova York ganha posições e Londres fica menos cara
Nova York foi outro grande destaque na lista. A capital financeira dos Estados Unidos subiu para o quinto lugar em relação ao 11º ano passado, devido ao fortalecimento do dólar e à recuperação da pandemia.
Londres caiu do segundo lugar para o quarto lugar. O Brexit e sua “turbulência subsequente” continuaram a prejudicar a reputação do Reino Unido e a cidade agora enfrenta forte concorrência de centros financeiros em expansão, como Dubai e Cingapura, de acordo com o relatório da Julius Baer.
Regiões mais acessíveis para uma vida de luxo
Pela primeira vez desde o início do relatório, Europa, Oriente Médio e África são as regiões mais acessíveis para se viver bem, com cidades europeias caindo no ranking.
Dubai saltou para o top 10 pela primeira vez, tornando-se a sétima cidade mais cara, enquanto Zurique caiu para o 14º lugar. Os Emirados são uma “estrela” no índice deste ano, e a realocação de um grande número de indivíduos ricos afetou os preços e a demanda dos imóveis, disse Julius Baer.
A pesquisa constatou uma demanda crescente por viagens e entretenimento à medida que as restrições à pandemia foram suspensas e a liberdade de circulação voltou. O preço para adquirir itens de luxo, como o vinho, como uma garrafa da safra Château Lafite Rothschild 2018, e o custo global do uísque, aumentaram 17,2% e 16,2%, respectivamente.
“Muitas pessoas ainda estão no modo de celebração pós-pandemia”, disse Mark Matthews, chefe de pesquisa Ásia-Pacífico da Julius Baer, em uma coletiva de imprensa na terça-feira.
Outros grandes ganhadores incluíram suítes de hotel e voos de classe executiva. Houve algumas exceções, no entanto. Os preços das bicicletas, que ficaram “extremamente caras” durante a pandemia, caíram 1,8%.
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