Economia
Setor de serviços registra queda de 3,1% em janeiro, diz IBGE
Retração ocorre após índice bater recorde da série histórica em dezembro de 2022.
Após atingir recorde histórico em dezembro de 2022, o volume de serviços caiu 3,1% em janeiro, de acordo com dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada na manhã desta sexta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). A queda foi puxada pelo setor de Transportes. Já em relação a janeiro de 2022, o volume de serviços avançou 6,1%.
O gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, explicou, em nota, que a queda verificada em janeiro elimina o ganho acumulado de 3% observado nos meses de novembro e dezembro de 2022. Apesar disso, ele ressalta que a base de comparação se encontrava em um patamar elevado.
“O setor de serviços continua muito próximo do seu ponto mais alto da série, alcançado no mês passado, o que o coloca em um patamar 10,3% acima do nível pré-pandemia”
gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo
De acordo com o IBGE, essa é a primeira divulgação da nova série da pesquisa, que passou por atualizações na seleção da amostra de empresas, ajustes nos pesos dos produtos e das atividades, além de alterações metodológicas, para retratar mudanças econômicas na sociedade.
Transportes em baixa
Os Serviços foram influenciados negativamente principalmente o setor de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correios, registrando queda de 3,7% em janeiro.
“A queda do setor é explicada pela parte de armazenagem, que recuou 9,0%, com destaque negativo para gestão de portos e terminais; assim como o transporte aéreo de passageiros, que recuou 5,9% no mês”
gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo
O setor de outros serviços teve queda de 9,9% em janeiro comparado com dezembro de 2022, quando havia subido 9,4%. De acordo com Lobo, a retração ocorre de receitas atípicas recebidas no mês anterior pelas empresas que atuam nos segmentos de serviços financeiros auxiliares como o bônus por performance.
Na contramão, os serviços de informação e comunicação e os prestados às famílias registraram alta de 1%.
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