Economia
Setor de serviços cresce 3,1% em dezembro e bate recorde
Esse foi o maior patamar registrada desde o início da série histórica, em 2011.
O volume do setor de serviços do Brasil, que corresponde a 70% da economia do país, cresceu 3,1% em dezembro em relação ao mês anterior, segundo divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (10). Esse foi o maior patamar da série histórica, iniciada em 2011.
De acordo com os dados da Pesquisa Mensal de Serviços, o setor de serviços fechou o ano com alta de 8,3%. Com isso, o setor passou a ficar 14,4% acima do nível de fevereiro de 2020, pré-pandemia. Em 2021, o setor teve aumento de 10,9%.
Transportes incentivou crescimento
O avanço de 3,1% do volume de serviços em dezembro foi acompanhado por quatro das cinco atividades investigadas, com destaque para transportes (+2,5%), seguido dos outros serviços (+10,3%).
Segundo o analista da pesquisa, Luiz Almeida, a retomada de serviços presenciais após os períodos de isolamento e distanciamento social de 2020 e 2021 ajuda a explicar a expansão em 2022. Ele explica, em nota, que o crescimento foi puxado pela área de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (13,3%).
“O setor de transportes cresce desde 2020, mas com dinâmica diferente: inicialmente, por causa da área de logística, com alta nos serviços de entrega, em substituição às compras presenciais. Já em 2022, há a manutenção da influência do transporte de carga, puxado pela produção agrícola, mas também pela reabertura e a retomada das atividades turísticas, impactando o índice no transporte de passageiro.”
O único segmento que apresentou retração em 2022 foi o setor de outros serviços (-2,1%), influenciado por serviços financeiros auxiliares como corretoras de títulos e valores mobiliários, administração de bolsas e mercados de balcão organizado, e administração de fundos por contrato ou comissão.
“Durante os períodos de isolamento mais severos, as famílias de maior renda, que participam mais desse segmento, realocaram o gasto para esse setor. Com a retomada pós-isolamento, a leitura é que a distribuição investimentos mudou, com uma realocação dos gastos familiares”, justificou Almeida.
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