Economia

Taxa de desemprego cai para 9,3% em 2022, menor patamar desde 2015

Número de empregados sem carteira assinada aumentou 14,9% e mais de 8,6 milhões de pessoas estão desempregadas.

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A taxa de desemprego no Brasil caiu para 9,3% em 2022, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta terça-feira (28). O resultado anual é o menor desde 2015.

Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), a taxa de desocupação chegou a 7,9% no trimestre encerrado em dezembro de 2022, um recuo de 0,8 ponto percentual em comparação com o trimestre de julho a setembro, que foi de 8,7%.

Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, disse, em nota, que em dois anos a desocupação do mercado de trabalho recuou 4,5%.

“O ano de 2021 foi de transição, saindo do pior momento da série histórica, sob o impacto da pandemia e do isolamento ocorrido em 2020. Já 2022 marca a consolidação do processo de recuperação.”

Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE

O número de desempregados ficou em 8,6 milhões de pessoas no quarto trimestre do ano passado, uma queda de 9,4% (menos 888 mil pessoas) ante o trimestre terminado em setembro e uma redução de 28,6% (menos 3,4 milhões de pessoas) ante o mesmo trimestre móvel de 2021. Somente pessoas com mais de 14 anos que estão desempregadas e procuram emprego entram nesse número. Quem desistiu de procurar uma nova vaga não aparece na estatística.

Mulher coloca currículo em caixa ao lado de anúncios de empregos, em São Paulo, Brasil 06/10/2020 REUTERS/Amanda Perobelli

Empregados sem carteira assinada

O número de empregados sem carteira assinada também aumentou 14,9% de 2021 para 2022, passando de 11,2 milhões para 12,9 milhões de pessoas, atingindo seu maior patamar da série histórica.

O ano passado também registrou aumento no número de empregados com carteira de trabalho assinada. O emprego com carteira subiu 9,2% e chegou a 35,9 milhões de pessoas.

O número de trabalhadores domésticos subiu 12,2% em 2022, alcançando 5,8 milhões de pessoas, enquanto o de empregadores atingiu o contingente de 4,2 milhões, um crescimento de 12,2% em relação a 2021. Já os trabalhadores por conta própria totalizaram 25,5 milhões, alta de 2,6% de 2021 para 2022.

Rendimento médio

Em 2022, o valor médio anual do rendimento real foi estimado em R$ 2.715, o que representa 1% a menos que 2021, perda de R$ 28.

Já a média anual da massa de rendimento chegou a R$ 261,3 bilhões e atingiu o maior patamar da série, com alta de 6,9% (mais R$ 16,9 bilhões) em relação a 2021.

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