Economia
Taxa de desemprego do Brasil cai a 8,3% puxado por queda em busca de trabalho
O resultado, segundo o IBGE, ficou abaixo dos 8,6% vistos no trimestre imediatamente anterior, até fevereiro, e também da taxa de 9,8% no mesmo período do ano anterior.
A taxa de desemprego do Brasil voltou a cair nos três meses até maio e marcou o menor nível para o período em oito anos, diante da queda no número de pessoas que buscam trabalho.
No período, a taxa de desemprego alcançou 8,3%, de acordo com os dados divulgados nesta sexta-feira da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua.
O resultado, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ficou abaixo dos 8,6% vistos no trimestre imediatamente anterior, até fevereiro, e também da taxa de 9,8% no mesmo período do ano anterior.
O resultado, o menor para um trimestre encerrado em maio desde 2015, quando também foi de 8,3%, ainda ficou em linha com expectativa em pesquisa da Reuters.
“Esse recuo no trimestre foi mais influenciado pela queda do número de pessoas procurando trabalho do que por aumento expressivo de trabalhadores. Foi a menor pressão no mercado de trabalho que provocou a redução na taxa de desocupação”, explicou Adriana Beringuy, coordenadora da pesquisa.
“Mais pessoas trabalhando é sempre melhor. Quando a taxa cai via expansão da ocupação, há outros efeitos positivos atrelados. Só que agora não houve movimento significativo de abertura da ocupação”, completou ela.
No trimestre até maio, o número de desempregados era de 8,945 milhões, o que representa queda de 3,0% em relação ao trimestre imediatamente anterior e de 15,9% sobre o mesmo período de 2022.
Já o total de ocupados aumentou 0,3% no período em relação ao trimestre encerrado em fevereiro, chegando a 98,4 milhões de pessoas, o que representa ainda uma alta de 0,9% sobre o mesmo período do ano passado.
“Embora não tenha havido uma expansão significativa da população ocupada total no trimestre, houve algumas diferenças pontuais em algumas atividades econômicas”, disse Beringuy.
Ela destacou queda no número de trabalhadores na Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-1,9%, ou menos 158 mil pessoas), mas por outro lado expansão em Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (+2,5%, ou mais 429 mil pessoas).
Os trabalhadores com carteira assinada no setor privado eram 36,826 milhões no trimestre até maio, mostrando estabilidade sobre os três meses anteriores, enquanto os que não tinham carteira caíram 0,2%, a 12,933 milhões.
Apenas o contingente de empregados no setor público, um total de 12,064 milhões de pessoas, cresceu na comparação trimestral, com uma alta de 2,8%.
O total de trabalhadores por conta própria teve variação positiva de 0,1% e ficou em 25,219 milhões, enquanto a taxa de informalidade foi de 38,9% da população ocupada, totalizando 38,3 milhões de trabalhadores informais.
No período, a renda real habitual ficou em R$ 2.901, recuo de 0,2% sobre o trimestre até fevereiro mas alta de 6,6% na comparação anual
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