Economia
Utilização da Capacidade Instalada da indústria sobe para 55% em maio, diz CNI
Essa pouca melhora foi vista com bons olhos pelos investidores que esperam retomada.
A indústria brasileira continua com produção fraca e redução no número de empregados. É o que apontam os dados do mês de maio que, embora tenham revelado algum sinal de melhora, ainda retratam os efeitos amargos da pandemia do novo coronavírus na atividade.
De acordo com a pesquisa Sondagem Industrial, divulgada nesta sexta-feira (19) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), os empresários continuam pessimistas para os próximos meses, esperando queda na demanda, exportações e empregos e com baixa intenção de investir.
Os dados mostram que o nível de utilização da capacidade instalada (UCI) voltou a subir em maio, para 55%, depois de cair a 49% em abril.
“Apesar do aumento, o porcentual é o segundo menor para toda a série histórica, iniciada em 2011, e se encontra 12 pontos percentuais abaixo do nível registrado no mesmo período de 2019”, analisa a confederação.
O indicador que mede a produção passou de 26 pontos, em abril, para 43,1 pontos em maio, o que significa que ainda está em queda – pela metodologia da pesquisa, valores abaixo de 50 indicam recuo.
Já o índice que representa o número de empregados passou de 38,2 pontos para 42 pontos em maio, também indicando diminuição.
A evolução dos estoques foi de 48,2 pontos para 46,2 pontos e a relação entre os estoques efetivos e planejados de 49,8 para 47,4 pontos.
Perspectivas
Com as incertezas relacionadas à pandemia do coronavírus, as projeções dos industriais para os próximos seis meses continuam sendo de queda na demanda, nas exportações, compras de matérias-primas e número de empregados.
“Contudo, o pessimismo se reduziu de forma significativa em junho é menos intenso e disseminado que nos últimos meses”, afirma a CNI.
O indicador de expectativa de demanda para os próximos seis meses continua abaixo da linha que representa queda (50 pontos), em 48,7 pontos. Melhorou, no entanto, em relação ao mês anterior, quando foi 35,1 pontos.
Na pesquisa divulgada em maio, a projeção de exportações estava em 33,4 pontos, número que passou para 45,8 pontos na divulgação desta sexta-feira. Para as compras de matéria prima, o indicador foi de 34,7 pontos para 46,5 pontos. A expectativa de número de empregados passou de 38,1 pontos para 45,3 pontos.
A intenção de investir segue em baixa – o indicador foi de 36,9 para 41,4 pontos.