Economia
WeWork prevê sair da recuperação judicial até 31 de maio e assegura redução de US$8 bi em aluguel
(Reuters) – A WeWork anunciou nesta terça-feira que pretende sair da recuperação judicial nos Estados Unidos e no Canadá até 31 de maio e que tem negociado com proprietários reduções de mais de 8 bilhões de dólares nos compromissos de aluguel.
A empresa, que aluga espaços para escritórios compartilhados e já chegou a ser avaliada em 47 bilhões de dólares, entrou com pedido de recuperação judicial em novembro, após acumular prejuízos em seus contratos de aluguel de longo prazo na esteira de uma queda na demanda por escritórios durante a pandemia e uma mudança para o trabalho híbrido.
O plano pós-recuperação da empresa, que é apoiada pelo SoftBank, se baseia em uma redução significativa nos custos futuros de aluguel com seus proprietários.
A empresa disse nesta terça-feira que concordou em alterar cerca de 150 contratos de locação com melhores condições econômicas, como pagamentos de aluguel reduzidos, e está no processo de encerrar outros 150 contratos. A empresa manterá 150 aluguéis sem alterações, e ainda negocia com proprietários cerca de 50 locais adicionais.
As negociações de locação da WeWork permitirão que a empresa saia da recuperação judicial como um negócio mais enxuto, pronto para fornecer espaços de trabalho que beneficiarão tanto os empregadores quanto os proprietários durante um período de incerteza para os mercados imobiliários comerciais, de acordo com o diretor global de imóveis da WeWork, Peter Greenspan.
“O aumento da necessidade por esses tipos de serviços e espaços só tem crescido, então é um bom momento para passar por este processo com os proprietários e repensar como monetizamos todo esse espaço de escritório que costumava ser preenchido com contratos de locação tradicionais e de longo prazo”, disse Greenspan em entrevista.
Em novembro, a WeWork chegou a um acordo com mais de 90% de seus detentores de bonds para converter 3 bilhões de dólares de dívida em patrimônio líquido. Sob a reestruturação proposta, o SoftBank, que atualmente detém cerca de 70% da empresa, manteria uma participação acionária na empresa.
(Reportagem de Dietrich Knauth em Nova York, Ananta Agarwal e Nathan Gomes em Bengaluru)
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