InvestNews https://investnews.com.br Sua dose diária de inteligência financeira Mon, 25 Nov 2024 19:38:47 +0000 pt-BR hourly 1 https://investnews.com.br/wp-content/uploads/2024/03/favicon-96x96.ico InvestNews https://investnews.com.br 32 32 Carrefour Brasil diz que suspensão de fornecimento de carne impacta clientes https://investnews.com.br/negocios/carrefour-brasil-diz-que-suspensao-de-fornecimento-de-carne-impacta-clientes/ Mon, 25 Nov 2024 19:32:57 +0000 https://investnews.com.br/?p=632995
Um estacionamento quase vazio no hipermercado Carrefour SA no parque de varejo Grand Littoral em Marselha, França. Foto: Jeremy Sukur/Bloomberg

O Carrefour Brasil afirmou nesta segunda-feira (25) que a suspensão de fornecimento de carne à sua rede no país está impactando seus clientes. A declaração acontece após polêmica iniciada pela liderança do varejista na França contra a carne do Mercosul e que gerou reação de fornecedores locais.

“Infelizmente, a decisão pela suspensão do fornecimento de carne impacta nossos clientes, especialmente aqueles que confiam em nós para abastecer suas casas com produtos de qualidade e responsabilidade”, afirmou o Carrefour Brasil em comunicado.

A empresa citou que está em busca de “soluções que viabilizem a retomada do abastecimento de carne nas nossas lojas o mais rápido possível, respeitando os compromissos que temos com nossos mais de 130 mil colaboradores e com milhões de clientes em todo o Brasil”.

O Carrefour Brasil ressaltou ainda que “não há falta de carne nas lojas até este momento”.

LEIA MAIS: ‘Não existe varejo forte em país fraco’, diz Sergio Zimerman, da Petz

O presidente-executivo do Carrefour, Alexandre Bompard, prometeu na semana passada manter a carne sul-americana fora das prateleiras da rede na França. A atitude foi vista pelo setor no Brasil, maior exportador global de carne bovina, como protecionista, em meio às discussões para um acordo Mercosul e União Europeia.

A França, um dos maiores produtores agrícolas do bloco europeu, é contrária a um acordo com o Mercosul, pressionada por seus agricultores que temem serem prejudicados pelo avanço de safras sul-americanas.

Filas de carrinhos de compras no hipermercado Carrefour. Fotógrafo: Jeremy Sukur/Bloomberg

No final de semana, o Carrefour havia classificado como “improcedente” a alegação de que a rede estaria sofrendo desabastecimento no Brasil, após notícia de que frigoríficos brasileiros teriam parado de fornecer carne do grupo no país, como um boicote à varejista depois da declaração do presidente da empresa francesa.

Procurada nesta segunda-feira, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), uma das principais entidades do setor, afirmou que não comentaria o assunto.

Anteriormente, a Abiec havia dito que a posição do Carrefour na França contra a carne sul-americana era “contraditória”, já que o grupo historicamente sempre vendeu carnes do Brasil em sua rede local. Após a declaração do executivo, o empresa afirmou que nada mudava no país.

LEIA MAIS: Stone vê maior queda do ano em vendas no varejo em setembro

Representantes do Carrefour disseram à Reuters que o varejista atualmente não vende carne do Mercosul na França.

Já a Marfrig manteve sua posição de não comentar o assunto, mesmo comentário feito mais cedo pela Minerva. A JBS não comentou o assunto imediatamente.

Às 15h30, as ações do Carrefour Brasil, dono também da rede de atacarejo Atacadão, subiam 1,8%, enquanto os rivais GPA e Assaí tinham valorização de 2,6% e 4,2%. O Ibovespa tinha oscilação negativa de 0,06%.

]]>
Plano de Buffett para herança prevê doação de 99,5% do que resta de sua fortuna https://investnews.com.br/negocios/plano-de-buffett-para-heranca-preve-doacao-de-995-do-que-resta-de-sua-fortuna/ Mon, 25 Nov 2024 17:49:57 +0000 https://investnews.com.br/?p=632943
Warren Buffett, CEO do Berkshire Hathaway Inc 05/05/2018. REUTERS/Rick Wilking/File Photo

O bilionário Warren Buffett, lendário investidor e presidente da Berkshire Hathaway, fez novos preparativos para doar sua fortuna após a morte.

Aos 94 anos, ele planeja doar 99,5% da riqueza restante, avaliada na sexta-feira (22) em US$ 149,7 bilhões, segundo a revista Forbes, para uma instituição de caridade supervisionada pela filha e pelos dois filhos quando morrer.

Em carta aos acionistas da Berkshire nesta segunda-feira, Buffett disse que três potenciais administradores sucessores foram designados caso sua filha Susie, 71, e seus filhos Howard, 69, e Peter, 66, não possam servir.

Ele disse que cada curador sucessor é um pouco mais jovem do que seus filhos, são bem conhecidos por eles e, cujas indicações, “fazem sentido” para todos.

“Eu nunca quis criar uma dinastia ou perseguir qualquer plano que se estendesse além das crianças”, Buffett escreveu. “Mas esses sucessores estão na lista de espera. Espero que os próprios Susie, Howie e Peter distribuam todos os meus ativos.”

Buffett também afirmou que doará cerca de US$ 1,14 bilhão em ações adicionais da Berkshire para quatro fundações familiares.

LEIA MAIS: Buffett nunca abriu mão de tantas ações. O que ele sabe que nós não sabemos?

Isso aumenta sua doação para mais de US$ 58 bilhões desde 2006, quando prometeu doar a maior parte da fortuna para as fundações familiares e para a Fundação Bill & Melinda Gates, que recebeu mais de US$ 43 bilhões. Ele doou 56,6% de suas ações da Berkshire.

Buffett lidera a Berkshire, sediada em Omaha, Nebraska, desde 1965. Ele ainda possui 14,4% das ações e planeja continuar doando papeis para essas cinco fundações ao longo da vida.

Após sua morte, seus filhos terão cerca de dez anos para doar o restante da riqueza e deverão decidir de forma unânime quais serão os propósitos filantrópicos.

A Berkshire não respondeu imediatamente a um pedido de comentário adicional.

]]>
Thyssenkrupp é mais nova alemã que cortará empregos; ao todo, 11 mil em unidade siderúrgica https://investnews.com.br/negocios/thyssenkrupp-cortara-11-000-empregos-na-unidade-de-aco-em-dificuldades/ Mon, 25 Nov 2024 15:43:26 +0000 https://investnews.com.br/?p=632897
Um trabalhador no alto-forno de uma usina de ferro. Fotógrafo: Krisztian Bocsi/Bloomberg

A unidade siderúrgica da Thyssenkrupp planeja reduzir sua força de trabalho em cerca de 40% nesta década, medida que reduziria a produção de um negócio que perdeu bilhões de euros com a escassez global de aço e o aumento dos preços da energia.

A diretoria da divisão de aço propôs o corte de 5 mil postos de trabalho e a transferência de outros 6 mil para fora da folha de pagamento, vendendo operações ou transferindo pessoas para prestadores de serviços externos, informou a empresa na segunda-feira (25). A Thyssenkrupp pretende reduzir os custos com pessoal em cerca de 10%, em média, nos próximos anos.

A empresa, que emprega cerca de 27 mil pessoas, está atualmente em negociações com o EP Corporate Group, do bilionário tcheco Daniel Kretinsky, para que o grupo de investimentos aumente sua participação na siderúrgica de 20% para 50%.

As medidas propostas poderiam ajudar a Thyssenkrupp a vender sua unidade de aço para Kretinsky, embora ainda existam desafios, como persuadir os influentes sindicatos da empresa a aceitar um acordo e garantir a aprovação da Fundação Alfried Krupp von Bohlen und Halbach, o maior acionista da empresa.

As medidas propostas — que incluem o fechamento de dois altos-fornos — se somam a uma desaceleração industrial cada vez mais profunda na Alemanha, com a Ford anunciando na semana passada milhares de cortes de empregos e a Volkswagen considerando o fechamento de fábricas sem precedentes. A recessão industrial está intensificando os conflitos políticos, com o partido Alternativa para a Alemanha (AfD, na sigla em alemão), populista de direita, ganhando terreno em cidades como Duisburg, onde está localizada a divisão de aço da Thyssenkrupp.

LEIA MAIS: Bosch corta 5.500 empregos com o agravamento da crise no setor automotivo

As ações da Thyssenkrupp subiram cerca de 1% a partir das 15h em Frankfurt. A ação caiu cerca de 39% este ano.

Com o aumento dos custos de energia e os baixos preços do aço, a unidade de aço da Thyssenkrupp há anos não consegue atingir o ponto de equilíbrio. Os prejuízos e as baixas contábeis da divisão corroeram a pilha de caixa da empresa, e suas altas obrigações com pensões afastaram os investidores em potencial.

“Cada vez mais, o excesso de capacidade e o consequente aumento das importações baratas, especialmente da Ásia, estão tendo um impacto significativo sobre a competitividade”, disse a Thyssenkrupp em um comunicado.

]]>
B3 lança novo índice derivado do Ibovespa, mas com peso igual para as empresas https://investnews.com.br/financas/b3-lanca-novo-indice-derivado-do-ibovespa-mas-com-peso-igual-para-as-empresas/ Mon, 25 Nov 2024 15:39:42 +0000 https://investnews.com.br/?p=632832 A operadora da bolsa B3 lançou nesta segunda-feira (25) um novo índice derivado do Ibovespa. O objetivo é igualar a participação das empresas na carteira tanto no momento da sua criação quanto em seus ajustes periódicos.

Para integrar o “Ibovespa B3 Equal Weight”, os ativos devem estar obrigatoriamente na carteira vigente do Ibovespa. Segundo comunicado da B3, o índice segue a mesma metodologia de inclusão e exclusão do indicador de referência, com atualização a cada quatro meses.

LEIA MAIS: Com a explosão dos juros, títulos IPCA+ tombam até 31% no ano

“O objetivo desse novo índice (…) é oferecer uma carteira que seja mais desconcentrada. Assim, o investidor poderá analisar o desempenho do mercado de uma forma que a performance das grandes companhias não impacte tanto na visão do quadro geral.”

Ricardo Cavalheiro, superintendente de índices da B3

Participações relativas evoluirão com o preço da ação

Embora haja a equiparação dos ativos no início de cada quadrimestre, as participações relativas das ações no índice sofrerão alterações conforme a evolução dos preços de cada ação nesse período, disse a operadora da bolsa paulista.

Ainda de acordo com a B3, o novo índice se junta aos índices derivados do Ibovespa B3, que incluem lançamentos anteriores como o Ibovespa B3 Estatais e o Ibovespa B3 Empresas Privadas.

LEIA MAIS: À procura de novos bolsos para infraestrutura, gestoras avançam para a pessoa física

]]>
BTG, Engie e outras 11 ganham autorização do governo para importar energia do Paraguai no mercado livre https://investnews.com.br/negocios/btg-engie-e-outras-11-ganham-autorizacao-do-governo-para-importar-energia-do-paraguai-no-mercado-livre/ Mon, 25 Nov 2024 15:27:26 +0000 https://investnews.com.br/?p=632886
Linhas de transmissão perto de Itaipu 29/05/2001

O Ministério de Minas e Energia publicou nesta segunda-feira portaria autorizando 15 empresas a importar energia elétrica do Paraguai para contratos de venda no mercado livre brasileiro, em processo que amplia a integração energética entre os países sócios na usina hidrelétrica de Itaipu.

A portaria prevê autorização a duas empresas do BTG Pactual, duas do grupo Engie, tradings da Enel, Itaú e Comerc, além das comercializadoras Electra, Bolt Energy, Tradener, Minerva, Newcom, Simple Energy, RZK e Ecom.

A energia importada por essas empresas para comercialização no mercado livre deverá ser proveniente de usinas que não sejam Itaipu, que opera sobre regras diferentes para vender sua energia excedente, mas entrará no Brasil a partir da subestação da margem direita do empreendimento binacional.

LEIA MAIS: Energia solar ‘por assinatura’ diminui a conta de luz em até 20%. E causa polêmica

As operações de importação de energia, na modalidade contínua e ininterrupta, poderão ocorrer até o limite de 120 megawatts (MW) médios por mês, conforme portaria editada em outubro pelo governo brasileiro. Esse montante de energia passará a integrar a programação da operação do sistema elétrico brasileiro pelo operador ONS.

As empresas importadoras ficarão responsáveis pelo transporte da energia ao Brasil, devendo assinar contrato de uso do sistema de transmissão (CUST) e obter demais autorizações.

A importação de energia do Paraguai para venda no mercado livre brasileiro é uma novidade e foi negociada no âmbito das conversas diplomáticas entre os dois países sobre futuras novas regras de comercialização de energia de Itaipu.

A Administración Nacional de Electricidad (ANDE), responsável pela geração, transmissão e distribuição de energia no Paraguai, já realizou neste ano licitação para vender cerca de 100 MW de energia gerada pela hidrelétrica de Acaray a comercializadoras do Brasil. O leilão, que contou com a participação de várias empresas, resultou em ofertas de preços que variavam entre 7 dólares a 21 dólares por megawatt-hora (MWh). Não há informações ainda sobre a conclusão desse processo.

LEIA MAIS: Por que a eficiência energética não é a solução perfeita para diminuir as emissões de carbono

]]>
Rumo aos US$ 100 mil: após queda do fim de semana, Bitcoin volta a se aproximar de sua marca histórica https://investnews.com.br/financas/rumo-aos-us-100-mil-apos-queda-do-fim-de-semana-bitcoin-volta-a-se-aproximar-de-sua-marca-historica/ Mon, 25 Nov 2024 15:19:06 +0000 https://investnews.com.br/?p=632810 O Bitcoin (BTC) inicia a semana mais uma vez lutando pelos US$ 100 mil, patamar considerado uma barreira para o mercado. Por volta das 11h (horário de Brasília), a moeda digital registrava alta de 0,3% no acumulado de 24 horas, cotada a US$ 97.758,48, segundo dados do CoinGecko.

A euforia que marcou o mercado de criptomoedas logo após a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos levou a cotação do Bitcoin para bem perto dos US$ 100 mil. Mas, durante o fim de semana, a cotação perdeu força e voltou para US$ 95 mil, em um movimento que pode ser entendido como realização de lucros recentes – que nada mais é do que a venda de um ativo que passou por valorização pelos investidores que querem embolsar seu ganho.

Durante o fim de semana, as liquidações em criptomoedas chegaram a US$ 500,45 milhões, de acordo com a plataforma Coinglass. A liquidação ocorre quando o investidor decide vender o ativo que possui.

LEIA MAIS: ETF de Bitcoin da BlackRock já supera em US$ 10 bilhões o ETF de ouro

O Bitcoin engatou uma forte alta nas últimas semanas após a eleição Trump. Além de sua posição pró-criptomoedas, o republicano fez diversas promessas de campanha que podem favorecer a indústria de moedas digitais durante sua gestão.

A última notícia que animou os investidores na semana passada e fez o Bitcoin superar US$ 99 mil, foi o pedido de demissão de Gary Gensler, atual presidente da Securities and Exchange Commission (SEC), a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA, que deixará o cargo em janeiro.

Gensler é tido como um adversário do setor cripto. Ele processou diversas empresas e defende que praticamente todas as criptomoedas, com exceção do Bitcoin, são valores mobiliários não registrados.

Apesar da correção do fim de semana, analistas seguem otimistas de que o Bitcoin deve superar os US$ 100 mil em breve. “Continuamos a ver uma forte demanda por BTC juntamente com mais flexibilização da política monetária pelos bancos centrais globais, o que nos diz que os preços do Bitcoin provavelmente seguirão sustentados à medida que nos aproximamos do fim do ano”, disse a empresa cripto QCP Capital na sexta.

Já Jeff Mei, COO da exchange de criptomoedas BTSE, destacou o rali do Bitcoin e ressaltou que o movimento é liderado pelas compras de investidores institucionais, que deve voltar a ganhar força a partir de hoje. “Alcançar a marca de US$ 100 mil é muito provável nesta semana”, afirmou.

Por outro lado, há quem reforce que o nível de US$ 100 mil não será superado facilmente. “À medida que nos aproximamos de US$ 100 mil, a distorção volta para os níveis vistos apenas três vezes desde 2022. Embora isso não ameace o rali de médio prazo, sugere que a luta para ultrapassar o nível de US$ 100 mil pode ser intensa”, disse a empresa de corretagem cripto FalconX em relatório.

Depois da correção dos últimos dias, esta segunda-feira é marcada por alta em praticamente todo o mercado de critptomoedas. O Ethereum (ETH), segunda maior moeda digital em valor de mercado, sobe 4,8%, cotada a US$ 3.488,34.

Entre os destaques, a XRP, criptomoeda criada pela empresa Ripple, tem alta de 4,6%, a US$ 1,44, chegando a ganhos de mais de 29% no acumulado dos últimos sete dias.

]]>
Fim da Villa XP: corretora revende terreno em São Roque para JHSF https://investnews.com.br/negocios/fim-da-villa-xp-corretora-revende-terreno-em-sao-roque-para-jhsf/ Mon, 25 Nov 2024 14:59:50 +0000 https://investnews.com.br/?p=632833
Maquete arquitetônica da Villa XP, um complexo moderno e sustentável em meio a uma floresta densa, com edifícios integrados à natureza e estruturas conectadas por estradas e caminhos.
Vista aérea do projeto da Villa XP. Foto: Reprodução


Anunciado em julho de 2020 como um sonho grande grande para agrupar as empresas do grupo, a Villa XP em São Roque (SP) parece ter ficado para depois. Segundo documento enviado ao Cade, ao qual o InvestNews teve acesso, a empresa financeira fundada por Guilherme Benchimol acertou a revenda do terreno de 500 mil metros quadrados para a JHSF, empresa que estava responsável pela construção do projeto. Estima-se que o projeto da Villa teria custado R$ 400 milhões para a XP Inc.

Ao Cade, a XP se limitou a afirmar que a venda do terreno “está em linha com sua decisão comercial de não dar segmento ao projeto de construção de nova sede no imóvel em questão”.

A ideia da Villa XP surgiu no auge da pandemia de covid-19, quando o modelo full home office parecia um caminho sem volta. O plano da empresa era a construção de um campus, à semelhança do que Apple e Google têm no Vale do Silício. A Villa se instalaria em um grande complexo tocado pela JHSF, que reúne a Catarina Outlet e um aeroporto de mesmo nome destinado a voos executivos, localizado a 70 km da capital paulista. A XP pagou R$ 98,6 milhões somente pelo terreno.

LEIA MAIS: Para atrair os mais ricos, JHSF e KSM constroem até praias nos condomínios

À época do negócio, Guilherme Benchimol disse ao Brazil Journal que aquela região iria “explodir”. “Havia opções no Brasil inteiro, mas quando visitamos a área, tivemos certeza de que era ali”, acrescentou o executivo. Quase três anos depois, em fevereiro de 2023, em entrevista ao InfoMoney, Benchimol afirmou que o projeto estava sendo reestruturado. “Algumas coisas mudaram nesses últimos tempos e precisamos nos adaptar.”

A decisão de implementar a Villa XP fez a gestora devolver andares no condomínio São Paulo Corporate Towers, localizado na Avenida Faria Lima, em São Paulo. Com o projeto dando sinais de que não iria para frente, a empresa precisou reaver andares no mesmo prédio em 2022.

Desde o começo deste ano havia especulações de que a XP desistiria do projeto. Ao portal Metrópoles, um executivo definiu o projeto como “delírio da pandemia”.

Procurada pelo InvestNews, a XP ainda não comentou.

]]>
Black Friday 2024: supermotos têm descontos de até R$ 14 mil; veja modelos https://investnews.com.br/off-work/black-friday-2024-supermotos-tem-descontos-de-ate-r-14-mil-veja-modelos/ Mon, 25 Nov 2024 13:12:00 +0000 https://investnews.com.br/?p=632601 A Black Friday de 2024 pode ser uma boa oportunidade para quem quer comprar uma moto nova com preços mais acessíveis. Várias montadoras estão com ofertas válidas para este mês de novembro que podem chegar a R$ 14 mil de desconto no preço final.

Triumph Tiger 1200 Rally Pro. Foto: Divulgação

A Triumph reduziu o preço da Tiger 1200 Rally Pro de R$ 107.990 para R$ 93.990. O cliente ainda pode optar por financiamento com taxa 0% ou bônus de R$ 5 mil no pagamento. Já as motos Triumph da linha Tiger são oferecidas na Black Friday com entrada de 40% no valor e pagamento em 24 parcelas.

Kawasaki Ninja ZR-10. Foto: Divulgação

A Kawasaki dá R$ 5 mil de descontos no pagamento a vista da Ninja ZR-10, que de R$ 120.190 sai por R$ 115.190. Para um modelo mais em conta, a Kawasaki oferece a Versys 1000 com R$ 3 mil de descontos e frete incluso, saindo de R$ 78.740 para R$ 75.740.

Suzuki GSX-S1000GT. Foto: Divulgação

A Suzuki preparou uma campanha de descontos de até R$ 10 mil durante todo o mês. A promoção vale para os modelos GSX-S1000, GSX-S1000GT e V-Strom 1050XT. A GSX-S1000GT, por exemplo, que custa R$ 97.700, sai na Black Friday por R$ 92.600.

LEIA MAIS: SUVs e picapes zero km têm descontos no Brasil; veja lista

Ducati Desert X. Foto: Divulgação

A Ducati oferece condições especiais durante o mês para suas motos. A Desert X, para os fãs de trilhas, tem R$ 10 mil de desconto, caindo de R$ 97.990 para R$ 87.990.

Honda e Yamaha, as líderes de venda no mercado de motos, ainda não lançaram uma campanha mais agressiva de descontos para esta Black Friday.

]]>
No Uruguai, esquerda volta à Presidência com Orsi; atual governo promete transição amigável https://investnews.com.br/economia/no-uruguai-esquerda-volta-a-presidencia-com-orsi-atual-governo-promete-transicao-amigavel/ Mon, 25 Nov 2024 11:45:40 +0000 https://investnews.com.br/?p=632802
Yamandú Orsi e Carolina Cosse celebram vitória em Montevidéu 24/11/2024 REUTERS/Mariana Greif

O candidato da oposição Yamandú Orsi, de centro-esquerda, garantiu a vitória na eleição presidencial do Uruguai, segundo resultados oficiais no domingo, com 99% dos votos apurados, em uma disputa de segundo turno que os pesquisadores esperavam que fosse acirrada.

Yamandú Orsi garantiu uma margem pequena, mas confortável, de 49,81% dos votos contra 45,90% do conservador Álvaro Delgado, mostraram os resultados oficiais.

“O horizonte está se iluminando”, disse Orsi ao se dirigir a milhares de apoiadores do partido Frente Ampla em Montevidéu que se reuniram em um palco com vista para a orla da capital para aguardar os resultados.

“Serei o presidente que sempre convoca o diálogo nacional”, afirmou ele. “O país da liberdade, da igualdade e também da fraternidade triunfa mais uma vez… Vamos continuar nesse caminho. Vamos continuar nesse caminho.”

Orsi, um ex-prefeito de 57 anos de Canelones – que atraiu empresas como Google – disse que evitará aumentar os impostos que poderiam assustar as empresas e, em vez disso, se concentrará em atrair investidores, estimular o crescimento e capacitar os trabalhadores.

Ele também sinalizou uma cooperação mais estreita com a Europa no combate ao tráfico de drogas e mais financiamento para o sistema prisional.

LEIA MAIS: Uruguai rejeita se aposentar mais cedo e afasta reforma da previdência de US$ 22,5 bilhões

Sua vitória foi celebrada pela Organização dos Estados Americanos (OEA) e por outras nações latino-americanas de todos os campos políticos.

Tanto Delgado quanto o presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, membro do Partido Nacional, admitiram a derrota, parabenizando rapidamente Orsi e se oferecendo para ajudar na transição depois que os resultados indicaram uma vitória da centro-esquerda.

A eleição entre dois moderados no país de 3,4 milhões de habitantes, conhecido por suas praias, maconha legalizada e estabilidade, marca o encerramento de um ano de eleições globais – muitas das quais sofreram com amargas divisões políticas.

Orsi, Delgado e Lacalle Pou expressaram boa vontade com sua oposição política e prometeram trabalhar juntos para fazer o país avançar.

Ao contrário das divisões acentuadas entre direita e esquerda nas recentes eleições na Argentina, no Brasil e no México, a arena política do Uruguai é relativamente livre de tensões, com uma sobreposição significativa entre as coalizões.

O alto custo de vida, a desigualdade e os crimes violentos estão entre as maiores preocupações dos uruguaios, mas a inflação estava diminuindo no período que antecedeu a eleição, e tanto o emprego quanto os salários reais estão aumentando.

LEIA MAIS: De olho na economia, uruguaios decidem domingo quem será o próximo presidente

Orsi, que prometeu uma abordagem política de “esquerda moderna”, obteve 43,9% dos votos de outubro no primeiro turno para a Frente Ampla e enfrentou Delgado, que garantiu 26,8%, mas também teve o apoio do conservador Partido Colorado, que, junto com seu Partido Nacional, representava quase 42% dos votos.

Orsi procurou tranquilizar os uruguaios, dizendo que não planeja uma mudança radical na política do país tradicionalmente moderado e relativamente rico.

]]>
Mais cosméticos e menos loja âncora: o CEO da Allos mostra o que é tendência nos shoppings https://investnews.com.br/negocios/passeio-no-shopping-ainda-e-bom-negocio/ Mon, 25 Nov 2024 10:00:00 +0000 https://investnews.com.br/?p=632629 Uma plataforma de entretenimento, lifestyle, serviços e compras. Essa é a maneira como a Allos, dona de shoppings como Eldorado, Villa-Lobos e Leblon, se apresenta. Mas também parece ser um bom jeito de definir como o setor, que movimenta R$ 125 bilhões no Brasil, se transformou nos últimos quatro anos. E ajuda a explicar o fato de que, mesmo com o crescimento do comércio eletrônico, o brasileiro continua frequentando as lojas dos shoppings.

“Lazer e conveniência passaram a ser a principal função do shopping. A compra é consequência”, explica Rafael Sales, CEO da Allos, empresa que administra 50 empreendimentos em todo o país e é hoje a maior no setor em toda a América Latina. Mas não é só isso. O mix de lojas também está mudando – e muito. Quer um exemplo? As lojas de eletroeletrônicos, que já responderam por 15% das vendas totais dos shoppings da Allos, estão bem menores. E o que tem acontecido com as lojas-âncora, aquelas gigantes que eram anunciadas sempre que um novo shopping começava a ser construído?

As grandes lojas de eletrodomésticos, produtos para lar ou variedades estão dando lugar para lojas menores. Em parte, isso aconteceu de forma quase compulsória: grandes varejistas encolheram nesse período. Sales evita citar nomes, mas é sabido que varejistas com forte presença em shoppings, como Americanas e Casas Bahia, fecharam muitas lojas nos últimos dois anos.

Rafael Sales, CEO da Allos

A figura da “loja âncora” – aquela que costuma ficar em uma localização nobre, e que acaba garantindo maior movimento para o shopping – vai, portanto, perdendo espaço. Um caso recente, conta Sales, aconteceu em Belo Horizonte. Uma grande loja de eletroeletrônicos do Boulevard Shopping deu lugar para outros seis estabelecimentos. E, nessa renegociação, o aluguel total que a Allos vai receber será 50% maior do que se o espaço ficasse dedicado a uma única empresa.

LEIA MAIS: A Casas Bahia tem R$ 4,1 bi em dívidas. Mas o CEO diz que agora já dá pra voltar a dormir

“O que está crescendo é o consumo de bens de menor valor individual, que não depende de crédito. Os produtos em que precisa haver um financiamento mais pesado vendem menos”, diz Sales.

Com essa transformação, as lojas de produtos eletroeletrônicos representam hoje cerca de 6% das vendas totais dos shoppings da Allos – em comparação com aquela fatia de cerca de 15% alguns anos atrás. Além do efeito do juro, que encarece as vendas a prazo, o e-commerce ganhou espaço nesse segmento. Manter lojas grandes – e caras – em shopping não parece um bom negócio. “As operações não precisam mais de áreas tão grandes como no passado”, diz.

Nessa troca, lojas de roupas e cosméticos vêm ganhando presença, juntamente com os restaurantes e os serviços, especialmente voltados para estética. Assim como faziam as lojas âncora no passado, esse tipo de serviço atrai os frequentadores, explica Sales. E contribui, assim, para aumentar a receita dos empreendimentos.

Um shopping, vários públicos

A Allos – fruto da união da BR Malls e da Alliansce Sonae – tem expandido para fora de São Paulo sua estratégia de atender públicos de diferentes perfis econômicos em um mesmo empreendimento. A ideia é criar clusters que reúnam lojas mais sofisticadas ou mais populares. Um exemplo clássico de onde esse tipo de organização já funciona é o shopping Eldorado, em São Paulo. Lá, funciona uma ampla praça de alimentação, com várias marcas de fast food. Mas também há uma área reservada com restaurantes para um público mais exigente.

Esse conceito, que funciona também para as lojas, está sendo replicado nas regiões Norte e Centro-Oeste do país, que são diretamente beneficiadas pelo crescimento da riqueza vinda do agronegócio. E também dos programas de renda mínima – que acabam irrigando a economia local. São públicos diferentes e, portanto, é fundamental oferecer o “produto certo” para cada consumidor, diz Sales.

“A arte é ter dados, recursos de tecnologia, que nos permitem entender quem é o consumidor que estamos atendendo, e quais marcas se encaixam nos empreendimentos”, diz.

O desafio, nesse caso, é atrair marcas nacionais de alto padrão ou até mesmo as internacionais para cidades mais distantes do eixo Rio-São Paulo. Um caso bem-sucedido foi a inauguração das lojas da francesa Sephora, de cosméticos, nos shoppings de Belém, Cuiabá e Uberlândia. “A gente faz um trabalho de curadoria, mostra para os parceiros alguns mercados que eles não conhecem”, afirma.

LEIA MAIS: Nem tudo é remédio: a receita da Panvel para crescer 50% em quatro anos

Em expansão

A Allos é fruto da integração de duas concorrentes – a Aliansce Sonae e a BR Malls –, em uma operação concretizada em 2023. Desse casamento, surgiu a maior empresa do setor de shoppings na América Latina: são 50 empreendimentos próprios no Brasil. A receita líquida da companhia em 2023 ficou em R$ 2,7 bilhões, 10,1% acima do ano anterior. Desse total 25% vêm dos shoppings de São Paulo, 25% do Rio e o restante está espalhado pelo país.

Contrariando previsões que foram feitas no auge da pandemia, o movimento nas mais de 15 mil lojas abrigadas por esses empreendimentos é crescente: no terceiro trimestre, as vendas totais dos shoppings da Allos avançaram 8% em relação ao mesmo período de 2023. E a venda por metro quadrado, que é uma métrica de produtividade do shopping, avançou 9%.

LEIA MAIS: Ferrari, Chanel, Goyard: por que grandes marcas de luxo não participam da Black Friday?

Os planos da Allos para 2025 incluem a expansão das áreas de alguns shoppings, entre eles o Villa-Lobos, em São Paulo, o Dom Pedro, em Campinas (SP) e o Leblon, no Rio. Mas aquisições também continuam no radar. “A gente valoriza muito essa alternativa”, afirma.

Este ano, o noticiário sobre M&A no setor de shoppings ficou aquecido. A canadense Brookfield colocou à venda sua participação nos shoppings Pátio Higienópolis e Pátio Paulista, de 50,1% e 55,9%, respectivamente. A Allos não está no páreo para adquirir as participações. O Iguatemi assinou contrato de exclusividade para negociar a compra dos ativos. Segundo fontes ouvidos pelo InvestNews, a oferta foi de R$ 1,4 bilhão pela fatia do Paulista e de R$ 1,2 bilhão pelo Higienópolis.

Embora esteja preparando expansões e não descarte novas aquisições, a Allos também tem feito desinvestimentos. Este ano, foram duas transações: um pacote de posição minoritária em três shoppings (20% do Carioca Shopping, 10% do Shopping Tijuca, ambos no Rio, além de 9,9% do Plaza Sul Shopping, em São Paulo) e 50% do shopping Rio Anil, em São Luís (MA).

Essas operações ajudam a compor a geração de caixa da Allos, de cerca de R$ 2 bilhões por ano. Uma parte desses recursos é usada para pagamento de financiamentos assumidos, e o restante é reinvestido. Com o momento de mercado de ações mais fraco, a companhia destinou ainda cerca de R$ 800 milhões desses recursos para recomprar parte de suas ações. “O fato de termos um caixa elevado e estarmos conseguindo vender ativos a um valution melhor do que o preço que nossas ações são negociadas abre uma oportunidade de recompra”, explica.

Risco macro

Embora os negócios de shopping estejam indo bem, Sales é um dos executivos que fazem coro às críticas à política fiscal. “O governo não está dando uma visão clara sobre a priorização dos recursos públicos. E se o gasto público não for eficiente, vai gerar inflação”, diz. “Sou a favor do programa de renda mínima, mas a gente não pode ter um estado tão pesado assim.”

Outro ponto de atenção para os shoppings neste momento é o debate sobre o fim da escala de trabalho 6×1. Na visão de Sales, caso a proposta da deputada Erika Hilton (PSOL-SP) de redução da jornada de trabalho seja aprovada, haverá “inflação na veia”. “É uma proposta que vai na contramão do que está acontecendo no resto do mundo”, diz. “O Brasil está longe de ser uma Dinamarca.”

]]>