Finanças
Equatorial sobe mais de 7% após compra de distribuidora; petrolíferas caem
Empresa vai incorporar mais de 3 milhões de clientes com nova aquisição. Queda do preço do petróleo pressionou ações das petrolíferas.
As ações da Equatorial Energia (EQTL3) lideraram as altas do Ibovespa, o principal índice da bolsa brasileira, nesta sexta-feira (23), com aumento de mais de 7%. A empresa anunciou nesta manhã que fechou a compra da distribuidora de Goiás Celg-D, da Enel, pagando R$ 1,58 bilhão e assumindo dívida de R$ 5,7 bilhões, de acordo com fato relevante.
Com o novo ativo, a Equatorial, que tem forte atuação em distribuição no Norte e Nordeste, amplia as operações para uma nova região geográfica, adicionando à sua base mais de 3,3 milhões de clientes.
Já as empresas relacionadas ao petróleo registraram perdas no Ibovespa com a queda da combustível. As ações da Petrobras (PETR4, PETR3) lideraram as baixas, com queda de 7,06% e 6,26%, respectivamente.
Veja abaixo os principais destaques desta sexta-feira (23):
Equatorial Brasil
Os papéis da Equatorial subiram 7,75%, negociada a R$ 26,97.
O preço de aquisição da distribuidora de Goiás Celg-D poderá ainda ser acrescido de “earn-out” em função de pagamentos e recebimentos de contingências, nos termos do contrato, segundo a Equatorial.
O acordo prevê que a Celg-D pagará dívidas no valor de R$ 5,7 bilhões no prazo de até 12 meses após o fechamento da operação com a Equatorial.
A conclusão da operação junto à Enel está sujeita à aprovação pelo órgão antitruste Cade e pela agência reguladora Aneel, disse a Equatorial.
Commodities
Os preços do petróleo despencaram nesta sexta-feira (23) para o menor nível desde janeiro, com o índice do dólar atingindo seu patamar mais alto em mais de duas décadas e com os temores sobre a demanda, já que o aumento das taxas de juros arrisca levar as principais economias à recessão.
Os futuros do petróleo Brent recuavam mais de 4%, para cerca de US$ 85,65 por barril, por volta das 18h (horário de Brasília).
O petróleo negociado nos EUA (WTI) perdia mais de 5%, a US$ 79,39.
A Petrobras (PETR3, PETR4) também reduziu o preço do gás de cozinha (GLP) de R$ 4,0265 para R$ 3,7842 por quilo a partir desta sexta-feira.
A redução de 6% equivale a uma diminuição média de R$ 3,15 para cada botijão de 13 kg, que passará a ser vendido às distribuidoras por R$ 49,19.
A petroleira informou, no comunicado, que a redução acompanha a evolução dos preços de referência e é coerente com a sua prática de preços.
Para o sócio-diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Pedro Rodrigues, a redução acompanha o comportamento de queda do barril do petróleo no mercado internacional.
“Mesmo com os preços ainda muito voláteis e os combustíveis sendo vendidos com prêmio no Brasil, a Petrobras faz uma estratégia comercial inteligente, aplicando pequenas reduções semana a semana, respeitando a PPI (Preço de Paridade de Importação)”, disse Rodrigues à Reuters.
A Vale caiu pressionada pela aversão ao risco nos mercados, apesar da alta dos futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado na Dalian Commodity Exchange avançou 1,3%.
Ativo | Variação % | Valor de fechamento |
PRIO3 | -4,84 | 28,12 |
PETR3 | -7,06 | 32,90 |
PETR4 | -6,26 | 29,94 |
VALE3 | -2,07 | 68,57 |
GGBR3 | -0,29 | 20,29 |
GGBR4 | -1,50 | 24,31 |
RRRP3 | -5,54 | 37,35 |
USIM3 | -1,68 | 8,20 |
USIM5 | -2,31 | 7,61 |
CSNA3 | -1,16 | 12,83 |
CMIN3 | -3,62 | 3,46 |
Bancos
O Itaú Unibanco PN (ITUB4) cedeu 1,97%, a R$ 28,30, e Bradesco PN (BBCD4) recuou 1,95%, a R$ 20,1, também afetados pelo movimento vendedor, após uma semana positiva na bolsa paulista.
*Com informações de agências.
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