Finanças
Ação da Vale derrete quase 3% com receios sobre produção no 2° semestre
Queda acontece após a companhia apontar que a pandemia afetou a produção do minério de ferro no primeiro semestre.
A ação da Vale (VALE3) chegou a cair quase 3% nesta terça-feira (21), pressionando para baixo o principal índice da bolsa brasileira, o Ibovespa. O recuo acontece após a companhia divulgar um relatório apontando que a pandemia da Covid-19 afetou a produção do minério de ferro, seu principal produto exportador.
Segundo o relatório de produção divulgado na noite de segunda-feira (20), a companhia produziu 127,2 milhões de toneladas de minério de ferro entre janeiro e junho, o que representa um recuo de 7,1% em comparação a um ano antes.
No documento, a companhia sinalizou que os efeitos provocados pela pandemia ainda serão sentidos no segundo semestre deste ano. A estimativa é de que a doença tenha um efeito negativo de 6,3 milhões de toneladas na segunda metade do ano.
Meta mantida
Apesar disso, a companhia decidiu manter a meta de produção para a commodity em 2020, perto de 310 milhões de toneladas, o que gerou receio entre analistas de que a mineradora não seja capaz de cumprir o objetivo por conta da pandemia.
Apesar do cenário não tão favorável à mineradora, analistas do BTG Pactual reforçaram a recomendação de compra no papel da companhia, avaliado pela equipe como “inegavelmente barato sob qualquer métrica”. “Com a recuperação da China, estamos confiantes que a Vale pode ter uma performance acima do esperado no curto prazo”, escreveu o banco em relatório da clientes.
Negociada em torno de R$ 59,35, a ação da Vale acumula valorização ao redor de 11% desde o início do ano.
Vendas do minério
Nos primeiros seis meses do ano, a venda de minério de ferro caiu 9,4%, para um volume de 106,271 milhões de toneladas. Em pelotas, ainda de abril a junho, o volume vendido caiu 21,4% na relação anual, para 6,950 milhões de toneladas.
Esse volume representa um recuo de 4,9% ante os três meses anteriores. No primeiro semestre do ano a queda das vendas de pelotas foi de 32,6%, para 14,261 milhões de toneladas.
*Com informações do Estadão Conteúdo