Finanças

Azul reduz prejuízo líquido ajustado no 1º tri após aumento na demanda

Prejuízo líquido ajustado da companhia foi de R$ 727,6 milhões, o que representa um recuo de 10% em comparação com o o 1º trimestre de 2022.

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A Azul (AZUL3) divulgou em seu resultado trimestral um prejuízo líquido ajustado de R$ 727,6 milhões, o que representa um recuo de 10% em comparação com o o 1º trimestre de 2022.

A receita líquida operacional da empresa atingiu R$ 4,5 bilhões no trimestre, um salto de 40,3% na comparação anual, igualando assim expectativas de analistas consultados pela Refinitiv.

Segundo a companhia aérea, a receita líquida atingiu um recorde histórico, “com a demanda por viagens permanecendo robusta”.

A receita de passageiros também atingiu recorde ao subir 46,7%. Em comparação com o mesmo período do ano passado, a alta é de 19,1%.

A companhia também destacou o dividend yield repassado aos acionistas, que cresceu 24,2% (R$ 48,5 centavos) quando comparado ao 1º trimestre de 2022 e de 35,6% em relação ao 1º trimestre de 2019.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 1.030,1 milhões no trimestre aumentou 73,8% quando comparado ao 1T22. A Azul destacou que o resultado teve salto apesar dos 23,6% de aumento no preço do combustível. Já o lucro operacional foi de R$ 462,4 milhões no trimestre, com margem de 10,3%.

Avião da Azul se prepara para pousar no aeroporto Santos Dumont, Rio de Janeiro 21/1/2019 REUTERS/Sergio Moraes

Em mensagem aos acionistas, a administração ressaltou que enxerga um ambiente saudável de demanda doméstica e internacional, sendo essa última com maior força.

” A demanda nos mercados internacionais continua muito forte, com destaque para o nosso novo voo para Paris, que estreou em 26 de abril, juntamente com nossa presença
recentemente dobrada no aeroporto de Congonhas […].”

azul

A companhia também diz continuar gerenciando com eficiência seus custos que, quando comparado com o 1º trimestre de 2022, seu custo unitário excluindo combustível se manteve estável, “principalmente devido a iniciativas de eficiência e ganhos de produtividade implementados nos últimos anos”.

Ainda segunda a empresa, os aeroportos e que opera vendem 40% a mais em receitas auxiliares com o mesmo número de tripulantes em comparação com 2019 – “tudo isso mantendo um NPS líder de mercado em torno de 60”.

Despesas

A Azul reportou também despesas operacionais 28,6% maiores que o registrado no 1º trimestre de 2022. O montante bateu nos R$ 4 bilhões (1T23) ante R$3,1 bilhões (1T22). O salto foi justificado pelo aumento de 23,6% nos preços dos combustíveis, além do aumento de capacidade de 19,1%, “parcialmente compensado por menor queima de combustível, maior
produtividade dos funcionários e iniciativas de redução de custos”.

Veja abaixo mais destaques dos custos da companhia aérea:

  • Combustível de aviação aumentou 40,7%, para R$ 1.673,4 milhões.
  • Salários e benefícios aumentaram 23,8%, atingindo R$ 537,5 milhões.
  • Depreciação e amortização aumentaram 8,7% ou R$ 45,6 milhões, devido ao aumento da frota.
  • Tarifas aeroportuárias aumentaram 31,8% ou R$ 63,3 milhões.
  • Gastos com passageiros e tráfego aumentaram para R$ 195,6 milhões.
  • Comerciais e marketing aumentaram 37,2%, atingindo R$ 174 milhões
  • Manutenção e reparos aumentaram 7,3% ou R$ 10,7 milhões em relação ao 1T22.
  • Outras despesas aumentaram 20,6% ou R$ 76,5 milhões

O 1º trimestre encerrou com liquidez imediata de R$ 1,8 bilhão e liquidez total (incluindo investimentos e recebíveis de subarrendamento de longo prazo, depósitos em garantia e reservas de manutenção) de R$ 5,2 bilhões.

Ainda segundo o relatório, as entradas de caixa operacionais superaram as saídas em mais de R$ 1,4 bilhão, uma margem de contribuição de 29%, e a desalavancagem foi mantida com cerca de R$ 1 bilhão em amortizações de dívida, pagamentos de arrendamento corrente e diferidos relacionados à covid-19, e R$ 766 milhões em pagamentos de risco sacado.

Em mensagem, a companhia destaca estar animada com aumento na demanda combinado com a queda nos preços dos combustíveis.

“Ao olharmos a curva futura de combustíveis, na segunda metade do ano os preços estão atualmente 29% abaixo dos níveis que vimos no primeiro trimestre. Isso, combinado com nossa estrutura de custos eficiente, um ambiente de capacidade disciplinada e nossa maior presença em Congonhas, nos deixam otimistas para o resto do ano e para o futuro”.

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