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BB Investimentos vê Ibovespa em 133 mil pontos no final de 2023

Eles avaliam que o ambiente de arrefecimento da inflação não tem sido suficiente para descomprimir as margens das companhias.

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Analistas da BB Investimentos calculam o Ibovespa em 133 mil pontos no final de 2023, ano que veem começando com o mercado assimilando novos patamares de prêmio de risco e expectativa de que as companhias revisem ligeiramente para baixo suas expectativas de crescimento.

Eles avaliam que o ambiente de arrefecimento da inflação não tem sido suficiente para descomprimir as margens das companhias, e o nível de juros sugere resultados financeiros mais apertados.

“Considerando que a expectativa do mercado indica que o comportamento da atividade em 2022 ainda não está contratado para 2023, iniciaremos o ano com uma abordagem que privilegia quem já entrega resultados consistentes, dado determinado nível de risco”, afirmaram em relatório a clientes nesta sexta-feira.

Apesar do tom cauteloso, a projeção para o Ibovespa representa uma expectativa de alta de 21,2% frente ao fechamento de 2022.

A equipe da BB liderada por Wesley Bernabé explica que essa estimativa advém das expectativas de lucros apuradas pelos analistas da casa via análise ‘bottom-up’, aplicado um prêmio de risco adicional relacionado ao cenário global que permeia as teses de investimento.

“Enquanto o hemisfério norte luta para combater a inflação por meio do recrudescimento das políticas monetárias, o que pode levar a uma desaceleração mais profunda das economias, no Brasil, os desdobramentos no entorno do arcabouço fiscal seguem sendo monitorados pelos investidores”, afirmaram.

Eles avaliam que uma redução da percepção de risco pode trazer fluxo de estrangeiros para o Brasil.

Para os analistas, teses mais cíclicas seguem com visão mais negativa, dada a forte dependência do movimento dos juros, ao passo que companhias de commodities ou com maior exposição ao exterior são preferência em meio à reabertura da China e alguns desequilíbrios ainda observados na relação oferta e demanda.

Nesse contexto, a carteira fundamentalista da BB para o primeiro mês de 2023 traz AES Brasil, B3, Minerva, BTG Pactual, Gerdau, Itaú Unibanco, Petrobras, RD, Vale e Weg.

Crédito: Shutterstock

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