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Bolsas globais voltam a tombar com coronavírus; ETF do Brasil chega a cair 7%

Avanço da pandemia de coronavírus força governos a ampliar medidas de confinamento, comprometendo cada vez mais a perspectiva da economia global.

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As bolsas da Europa abriram em forte queda, enquanto as asiáticas fecharam majoritariamente em baixa nesta segunda-feira (23). Os índices futuros de Nova York também apontavam para baixo, em meio a um impasse em torno de um pacote de resgate trilionário proposto pelo governo dos EUA e à medida que o avanço da pandemia de coronavírus força governos a ampliar medidas de confinamento, comprometendo cada vez mais a perspectiva da economia global.

O Ishares MSCI Brazil (EWZ), fundo de índice que replica as principais ações brasileiras, recuava 7,34% no pré-mercado de Nova York esta manhã.

Na China continental, o Xangai Composto teve queda de 3,11% hoje a 2.660,17 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 4,26%, a 1.631,88 pontos.

Ontem, o governo Trump falhou em aprovar no Senado americano um pacote de estímulos no valor de US$ 1,3 trilhão, destinado a amenizar os efeitos adversos do coronavírus. Há expectativa, porém, de que a proposta volte a ser apreciada nesta segunda.

Além disso, a propagação do coronavírus manteve ritmo acelerado no fim de semana, com o total de casos e mortes no mundo ultrapassando 300 mil e 14 mil, respectivamente. Como resultado, governos endureceram medidas de confinamento, numa tentativa de desacelerar o avanço da doença.

Em outras partes da Ásia, o Hang Seng Index caiu 4,86% em Hong Kong, a 21.696,13 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi sofreu queda de 5,34% em Seul, a 1.482,46 pontos, após ter seus negócios temporariamente paralisados por um sistema semelhante ao circuit breaker, e o Taiex registrou baixa de 3,73% em Taiwan, a 8.890,03 pontos.

A exceção foi a Bolsa de Tóquio, que não operou na sexta-feira (20) em razão de um feriado nacional no Japão, dia que foi marcado por um movimento de recuperação generalizada na região asiática.

O Nikkei subiu 2,02% hoje, a 16.887,78 pontos, impulsionado pelo Softbank Group (+19%) e papéis do setor farmacêutico. O salto do Softbank veio após a empresa anunciar planos de vender 4,5 trilhões de ienes em ativos e gastar quase 2 trilhões de ienes do montante para recomprar ações.

Na Oceania, a bolsa australiana seguiu o tom majoritariamente negativo da Ásia e o S&P/ASX 200 sofreu um tombo de 5,62% em Sydney, a 4.546,00 pontos, influenciado principalmente por ações de grandes bancos domésticos.

*Com Estadão Conteúdo

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