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Colapso FTX: Sam Bankman-Fried é preso nas Bahamas

Segundo a SEC, Bankman-Fried ocultou que a empresa estava desviando fundos de clientes para seu fundo de hedge de criptomoedas afiliado a Alameda Research.

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O fundador da FTX, Sam Bankman-Fried, foi preso nas Bahamas depois que promotores dos EUA apresentaram acusações criminais, segundo o Departamento de Justiça americano.

O bilionário é acusado por conduta imprópria enquanto CEO da FTX – a segunda maior corretora cripto antes de colapsar e entrar com pedido de falência.

A prisão de Bankman-Fried nas Bahamas – que abriga a sede da FTX – aconteceu depois de receber uma notificação formal dos Estados Unidos apresentando acusações criminais contra SBF. Há indícios de que poderá vir a ser feito um pedido de extradição de SBF, segundo o procurador das Bahamas.

O escritório do procurador americano disse em um tweet que Bankman-Fried foi preso “a pedido do governo dos EUA, com base em acusações”. Mas estas não foram explícitadas.

Já a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) acusou SBF nesta terça-feira (13) de fraude no que os reguladores chamaram de “um castelo de cartas”, horas antes de ele comparecer perante um tribunal nas Bahamas.

Desde pelo menos maio de 2019, a FTX arrecadou mais de 1,8 bilhão de dólares de investidores em uma fraude de anos na qual Bankman-Fried ocultou que a empresa estava desviando fundos de clientes para seu fundo de hedge de criptomoedas afiliado Alameda Research, afirmou a SEC.

Bankman-Fried usou recursos de clientes FTX na Alameda para fazer investimentos de risco, “compras luxuosas de imóveis” e doações políticas, disse o órgão de fiscalização dos mercados financeiros dos Estados Unidos.

Acusações separadas serão anunciadas pela Procuradoria dos EUA em Nova York e pela Comissão de Negociação de Futuros de Commodities ainda nesta terça-feira, informou a SEC.

Representantes de Bankman-Fried não responderam imediatamente a pedidos de comentários.

“Sam Bankman-Fried construiu um castelo de cartas com base em fraude, enquanto dizia aos investidores que era um dos edifícios mais seguros em criptomoedas”, disse o presidente da SEC, Gary Gensler.

Relembre o caso

Antes do colapso da corretora de criptomoedas, Sam Bankman-Fried, de 30 anos, era visto como uma das estrelas de ascensão mais rápida do setor de criptomoedas, acumulando um patrimônio líquido estimado em US$ 26,5 bilhões, com a disparada da exchange cripto FTX e do fundo de hedge Alameda Research.

Mas depois de vir a público sobre a alta alavancagem das duas empresas e os riscos assumidos por SBF, o que impediu os clientes de sacarem o dinheiro aportado nelas, começou uma série de investigações sobre a FTX. A Coindesk revelou no início de novembro que uma grande parte do balanço patrimonial da Alameda era composta por um token emitido pela FTX chamado FTT e, após a queda dos ativos, várias agências relataram que a Alameda havia emprestado bilhões de dólares secretamente via fundos de clientes da FTX. 

Uma liquidação do token FTT desencadeou problemas de solvência para a bolsa cripto, levando a FTX a declarar falência e fazendo com que Bankman-Fried deixasse o cargo de CEO.

A corretora entrou com pedido de recuperação judicial em novembro depois de tentar levantar dinheiro extra enquanto os clientes corriam para sacar US$ 6 bilhões da plataforma em apenas 72 horas.

*Com informações da Reuters

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