Finanças
Ecorodovias dispara 18% com resultados acima do projetado pelo mercado
Balanço foi beneficiado, especialmente, pelo início de novas concessões e tarifas mais robustas.
Os resultados reportados na véspera pela operadora de concessões de infraestrutura Ecorodovias (ECOR3) vieram acima do projetado pelo mercado, beneficiados, especialmente, pelo início de novas concessões e tarifas mais robustas.
Os papéis da companhia terminaram o pregão em alta superior a 9%, enquanto na máxima do dia tiveram valorização de 18,77%.
Pedro Bruno, Lucas Laghi e Matheus Sant’ann, analistas da XP Investimentos, destacaram em relatório o avanço de 15% no comparativo anual da tarifa média de pedágio, após uma série de reajustes positivos e ramp-up (início de funcionamento) de novas concessões, que suportaram o o crescimento do lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda).
Rogerio Araujo e Gabriel Frazao do Bank of America (BofA) também mencionaram como surpresas positivas o ramp-up das concessões Eco Araguaia e Rio Valadares.
A dupla afirmou ainda que as margens Ebitda das concessões foram de de 78% e 59%, respectivamente, contra as estimativas do governo de 66% e 18% para o primeiro ano, respectivamente.
“Em nossa opinião, isso pode indicar retornos superiores nas concessões conquistadas recentemente, o que deve ser bem-vindo pelos investidores se for recorrente”, escreveram os analistas.
Na mesma linha, os analisas do Santander destacaram a receita total da Ecorodovias, que expandiu 32% em relação ao ano anterior, “pois, além do crescimento orgânico, a empresa se beneficiou da arrecadação de pedágio na EcoRioMinas e Ecovias do Araguaia”.
O Ebitda recorrente da empresa ficou 5% acima das expectativas do banco. Outro destaque no trimestre apontado pela equipe do banco foi o crescimento de receita anual de 63% da divisão portuária.
Em contrapartida, o lucro líquido de R$ 114,1 milhões ficou 9% abaixo das expectativas do Santander devido à maior alíquota efetiva de imposto.
Pontos negativos
Do lado negativo, a XP Investimentos destacou os níveis de alavancagem ainda elevados em 4,3 vezes a relação entre dívida líquida e Ebitda, “refletindo o atual perfil elevado de capex da companhia”, embora com desalavancagem, já que no terceiro trimestre de 2022 o indicador foi de 4,6 vezes.
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