Finanças – InvestNews https://investnews.com.br Sua dose diária de inteligência financeira Wed, 20 Nov 2024 12:30:53 +0000 pt-BR hourly 1 https://investnews.com.br/wp-content/uploads/2024/03/favicon-96x96.ico Finanças – InvestNews https://investnews.com.br 32 32 Bitcoin sobe e atinge nova máxima histórica de US$ 94 mil após estreia de opções do ETF da BlackRock https://investnews.com.br/financas/bitcoin-sobe-e-atinge-nova-maxima-historica-de-us-94-mil-apos-estreia-de-opcoes-do-etf-da-blackrock/ Wed, 20 Nov 2024 12:30:52 +0000 https://investnews.com.br/?p=631750 O Bitcoin (BTC) segue sua trajetória de alta nesta quarta-feira (20) e opera acima do patamar de US$ 93.000,00, após chegar a atingir uma nova máxima histórica na tarde de terça (19), puxado pela estreia das opções do fundo negociado em bolsa (ETF) de Bitcoin à vista da BlackRock.

Por volta das 9h (horário de Brasília), a maior criptomoeda do mundo registrava valorização de 1,7% no acumulado de 24 horas, cotada a US$ 93.577,33, segundo dados do site CoinGecko. Ontem, o Bitcoin chegou a valer US$ 94.040,99, marcando assim seu novo maior preço da história.

O mercado tem registrado grande euforia desde a eleição de Donald Trump para presidente dos Estados Unidos em 5 de novembro, já que durante toda sua campanha ele se mostrou apoiador das criptomoedas e fez diversas promessas que podem ajudar a tornar a maior economia do mundo mais favorável à indústria cripto.

Desde a eleição, o Bitcoin já subiu mais de 26%, enquanto no acumulado de 2024 os ganhos estão na casa de 150%. Investidores agora estão atentos ao rompimento do patamar simbólico dos US$ 100.000,00, que tem sido um alvo para o mercado há anos.

Parte da nova alta registrada pelo Bitcoin se dá pelo lançamento das opções do ETF de Bitcoin da BlackRock, o iShares Bitcoin Trust ETF (IBIT), que estrearam ontem e já tiveram um volume de US$ 1,9 bilhão, segundo dados da Bloomberg Intelligence.

Foram negociados 354 mil contratos, sendo 289 mil opções de compra (calls), quando se aposta na alta do ativo, e 65 mil opções de venda (puts), quando se aposta na queda.

Opções são derivativos que permitem que investidores comprem ou vendam um determinado ativo — o IBIT neste caso — a um preço predeterminado dentro de um período especificado, seja para apostar na alta ou na baixa desse ativo.

Seguindo o sucesso das opções do IBIT, a gestora Grayscale Investments anunciou que a partir desta quarta-feira também terá opções dos seus dois ETFs de Bitcoin, o Grayscale Bitcoin Trust (GBTC) e Bitcoin Mini Trust (BTC).

Apesar da nova alta do Bitcoin, o resto do mercado de criptomoedas não acompanha o movimento. Nesta manhã, o Ethereum (ETH), segunda maior criptomoeda do mundo, registra queda de 1,1%, cotada a US$ 3.101,56, enquanto a Solana (SOL) recua 3,8%, ao preço de US$ 237,54.

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Com a explosão dos juros, títulos IPCA+ tombam até 31% no ano https://investnews.com.br/financas/com-a-explosao-dos-juros-titulos-ipca-tombam-ate-31-no-ano/ Wed, 20 Nov 2024 10:00:00 +0000 https://investnews.com.br/?p=631683

“Urgente: papagaio aprende a falar que ‘o problema do Brasil é o fiscal’ e vira economista-chefe no mercado financeiro”, tuitou o Faria Lima Elevator

O papagaio, infelizmente, está certo. E uma das consequências do problema fiscal foi jogar os juros dos títulos públicos lá para cima – pois eles acompanham a Selic, que passou a subir com a incerteza toda.

Juros em alta são bons para a renda fixa, sabemos todos. Quanto maior a Selic, mais o seu fundo DI rende. Vale o mesmo para os títulos Tesouro Selic, claro, e para os depósitos que acompanham a taxa básica de juros, caso das Caixinhas, do Nubank; dos Cofrinhos, do PicPay, e do Meu Porquinho, do Banco Inter.

Mas é bom para a renda fixa toda? Não. Metade do volume de títulos públicos em circulação consiste em papeis prefixados ou de inflação (mais sobre isso adiante). E o preço de mercado deles cai quando os juros sobem, derrubando o seu saldo.

Prefixado 2031: -5,22%

Exemplo prático. Vamos dizer que você colocou R$ 10 mil em títulos prefixados com vencimento em 2031 no começo do ano, quando a taxa deles estava em 10,69% ao ano. Agora, em fevereiro, seu saldo estará em R$ 9.478. Perda de 5,22%.

Mas o combinado não era 10,69% ao ano? Era. Mas isso só vale para quem guardar o título até o vencimento.

Lembre-se que a Selic subiu e entrou em viés de alta. Subiu a Selic, sobe os juros dos prefixados também. Não o juro do prefixado que está no seu bolso. Esse segue igual (em 10,69%, para seguir na taxa do nosso exemplo). O que sobe é a taxa desse mesmo título no mercado – que é o agente que compra os seus títulos se você decide sacar antes do vencimento.

Um título prefixado é simplesmente um papel virtual dizendo “isto aqui vale R$ 1 mil na data tal”. Se o vencimento for em 2031, o “data tal” será 15 de maio de 2031.

No começo do ano, cada unidade desse título valia R$ 498. A diferença entre isso e R$ 1 mil equivale a juros compostos de 10,69% ao ano até a data de vencimento.

Aí a Selic sobe, puxando com sua força magnética os juros dos prefixados. Como já mostramos aqui, o juro do 2031 subiu para 13,16%, certo? Para que isso aconteça, só tem um jeito: o preço do título tem de cair – é o que os economistas chamam de “marcação a mercado”.

Esse é o mantra: subiu o juro, caiu o valor. E se caiu o valor, caiu o seu saldo. Nesse caso, um tombo de 5,22% – a renda fixa converteu-se em “perda fixa”, usando o termo que Luiz Barsi cunhou.

Mas calma que piora.

Saldo tomba todo dia, que agonia

Os títulos prefixados não são os mais comuns. Bem mais populares são os “de inflação” que pagam o IPCA mais um juro real, além da inflação – daí o nome deles, “IPCA+”. Eles são bons porque garantem que você não vai perder dinheiro nem se o Brasil passar a ter uma inflação argentina – algo que arrasaria os prefixados.

Mas o juro real também oscila de acordo com as expectativas para o futuro da Selic. Como estas estão subindo, esses juros também estão.  

O IPCA+ com vencimento em 2045 custava R$ 1.324 a unidade no começo do ano. No caso desses títulos, o valor final que ele vai pagar lá na frente não é de R$ 1 mil. É o “valor nominal atualizado” (VNA) – uma cifra que sobe todo dia, acompanhando a inflação – por isso o título paga o IPCA automaticamente. O VNA no começo do ano era de R$ 4,1 mil. 

A diferença entre R$ 1.324 e R$ 4,1 mil era o juro real, que no início do ano estava em 5,56%. Na terça (19) ele era de 6,69%. Subiu o juro, caiu o preço. E a unidade do título tinha tombado para R$ 1.167. Queda de 11,93%, que transforma um deposito inicial de R$ 10 mil e minguados R$ 8,8 mil. Perda fixa.

(Um parêntese para ilustrar: o VNA também subiu, naturalmente, pois acompanha a inflação. Agora ele está em R$ 4,3 mil – e isso também entra na conta; não precisamos entrar em tantos detalhes, mas entramos).

Bom, o IPCA+2035 caiu também. Só que nem tanto. O efeito é menos deletério nos títulos que vencem mais cedo. Uma alta de um ponto percentual numa taxa que vai incidir por 10 anos cria um buraco menor do que o mesmo acontecimento numa taxa que vai trabalhar por 20 anos.

Palavras voam; números ficam. Vamos aos números, então. 

Na prática. Quem colocou R$ 10 mil no IPCA+2035 está hoje com R$ 9,6 mil. Queda de 4,12% – causada por um juro real que subiu de 5,32% para 6,70%. 

Já no título de inflação mais curtinho, o 2029, a alta nos juros não bastou para negativar o rendimento no ano. Ele está em 1,46% neste momento – ainda assim, léguas distante dos investimentos que acompanham a Selic. Esses sobem 9,5% no ano (o CDI de janeiro a novembro).

Ok. Mas e aquele “tombam até 31%” lá do título? Agora vem a bomba. 

‘Renda menos’

Essa queda de 31% é do título de inflação mais longo que existe no Brasil; quiçá na Via Láctea: o Renda+2064.

O Renda+ é um título particularmente engenhoso. Não é que ele vence em 2064. Cada um desses títulos é formado, na verdade, por 240 “mini-títulos” que começam a vencer em 2064. Os últimos só amadurecem, só se transformam automaticamente em dinheiro, em 2084 – um ano tão longínquo que soa como ficção científica.  

LEIA MAIS: Quanto colocar no Tesouro Renda+ para receber R$ 5 mil por mês

A fórmula é particularmente eficaz para garantir uma aposentadoria (clique no link ali em cima e veja). Mas ela tem outra característica. Lembra que, quanto mais longo o título, maior o rombo no saldo conforme os juros sobem?

Então. Como o Renda+2064 só vence num futuro a perder de vista, cada batida de asa dos juros anuais cria uma tempestade na marcação a mercado. 

É monstruoso. O Renda+2064 começou o ano a 5,52%. Na terça (19) o juro tinha chegado a 6,55%. Quem tinha colocado R$ 10 mil ali no começo do ano e precisou tirar, sacou R$ 6,8 mil. Perda de 31,3%.

O outro lado

Sobe o juro, cai o preço. Mas o contrário também vale, claro. Em 2019, a Selic engatou uma série de quedas, fechando o ano a parcos 4,50% (pense nos 11,25% de agora) – e com viés de baixa.

Foi um ano mágico para quem estava cheio de IPCA+ na carteira. Os juros do 2035 e do 2045 caíram 1,57 ponto percentual. Sobre o que isso significou de rendimento, vale até enfileirar:

  • O 2035 subiu 37%.
  • O 2045 avançou 60%

O Renda+? Ele não existia em 2019. Nasceu em 2023. Não chegou a completar um annus mirabilis de cabo a rabo. Mas teve seu período de boa fortuna. 

Num intervalo de seis meses, entre 6 março e 15 de agosto de 2023, ele entregou 84%. Foi um patamar parecido com o das ações da Nvidia no mesmo intervalo (103%) – e note que a fabricante de chips de IA já tinha começado seu rali histórico para se tornar a empresa mais valiosa do mundo.   

Pois é. Como também já disse o Faria Lima Elevator: se Warren Buffett fosse brasileiro, teria prestado concurso público e estaria atolado em IPCA+. 

A gente vai levando.

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Opções do ETF de Bitcoin da BlackRock começam a ser negociadas na Nasdaq https://investnews.com.br/financas/opcoes-do-etf-de-bitcoin-da-blackrock-comecam-a-ser-negociadas-na-nasdaq/ Tue, 19 Nov 2024 20:29:31 +0000 https://investnews.com.br/?p=631434 Começaram a ser negociadas na Nasdaq nesta terça-feira (19) as opções do fundo ETF de Bitcoin à vista da BlackRock, o iShares Bitcoin Trust ETF (IBIT). Com isso, investidores poderão usar derivativos para apostar a favor ou contra a maior criptomoeda do mundo.

A Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) já havia aprovado a listagem de opções para ETFs de Bitcoin à vista no mês passado. Mas ainda faltava a liberação da Options Clearing Corporation (OCC) para que o produto pudesse ser disponibilizado para negociação. O sinal verde veio na última segunda-feira (18).

LEIA MAIS: Bitcoin se mantém acima de US$ 91 mil, mas há risco de correção à frente

Opções são derivativos que permitem que investidores comprem ou vendam um determinado ativo — o IBIT neste caso — a um preço predeterminado dentro de um período especificado, seja para apostar na alta ou na baixa desse ativo. Funciona mais ou menos assim: o investidor compra a opção de comprar ou vender um ativo no futuro, a um determinado preço. E ele poderá exercer essa opção – ou não – lá na frente, a depender da evolução do preço.

Na prática, a opção aumenta o potencial de ganho e, portanto, também eleva o risco. Por isso, a estratégia é bastante usada por traders, pois permite que eles façam apostas alavancadas, mas também protejam outras posições em carteira ao se posicionarem de formas diferentes sobre cada ativo.

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“Colocar essas opções de IBIT no mercado será muito empolgante para os investidores, porque é isso que realmente ouvimos eles pedirem”, disse Alison Hennessy, chefe de listagens de ETP na Nasdaq para a Bloomberg TV.

Hennessy diz que a Nasdaq e a BlackRock têm trabalhado com reguladores há mais de 10 meses para fazer isso acontecer.

O iShares Bitcoin Trust ETF (IBIT) já acumulou mais de US$ 43 bilhões em ativos sob gestão desde seu lançamento, em janeiro deste ano, superando inclusive o ETF de ouro da gestora, que possui US$ 32,6 bilhões.

Ter opções de um ETF expande as possibilidades de negociação do fundo, direcionando volumes e mais ativos para o produto, disse Eric Balchunas, analista de ETFs da Bloomberg Intelligence.

“Esse grupo de ETFs não precisava disso. Eles são bem-sucedidos por mérito próprio. Mas isso é um grande vento favorável para uma situação já gigante”, afirmou ele.

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Bitcoin se mantém acima de US$ 91 mil, mas há risco de correção à frente https://investnews.com.br/financas/bitcoin-tem-alta-e-se-mantem-acima-de-us-91-mil-com-atencao-ao-cenario-macroeconomico/ Tue, 19 Nov 2024 13:06:04 +0000 https://investnews.com.br/?p=631270 O Bitcoin (BTC) opera em torno de US$ 91.000,00 nesta terça-feira (19). O ativo reduziu a volatilidade nos últimos dias, depois da euforia que tomou conta do mercado de criptomoedas com a eleição de Donald Trump para presidente dos Estados Unidos em 5 de novembro. Agora, investidores ficam atentos aos próximos sinais que podem destravar os preços das moedas digitais.

Depois de chegar a US$ 93.434,00 – sua atual máxima histórica – no dia 13 de novembro, o Bitcoin chegou a cair até os US$ 87.000,00 antes de ganhar certa estabilidade. Desde a última sexta-feira, a maior criptomoeda do mundo tem oscilado entre US$ 89.000,00 e US$ 92.000,00.

Por volta das 9h (horário de Brasília), o Bitcoin registrava alta de 1,7% no acumulado de 24 horas, cotado a US$ 91.735,00.

Apesar de muitos defensores apontarem o Bitcoin como um ativo descorrelacionado com a economia tradicional, ou seja, com uma dinâmica descolada dos fatores que impactam os ativos financeiros, o que se tem visto é o exato oposto. E, neste momento, investidores estão atentos aos próximos passos do Federal Reserve, o Banco Central dos EUA.

Após dois cortes de juros, em setembro e novembro, diretores do BC americano começaram a sinalizar que não têm pressa para continuar a redução das taxas no país. Juros mais baixos reduzem o retorno de títulos do Tesouro, tornando assim ativos de maior risco, como criptomoedas, mais atrativos para os investidores, por isso taxas mais baixas costumam ser positivas para o setor cripto.

Segundo Ana de Mattos, analista da Ripio, após atingir sua máxima, o Bitcoin iniciou um movimento de lateralização de topo e vê um risco de que a criptomoeda passe por uma correção e recue para níveis abaixo de US$ 86.720,00 que caso se concretize pode levar a moeda digital para menos de US$ 82.000,00.

Por outro lado, se entrar um fluxo comprador que sustente os preços acima da atual máxima histórica, o preço do Bitcoin poderá atingir patamares ainda maiores, buscando as faixas de US$ 100.000,00 a US$ 105.000,00.

Nesta terça também tem início, na Nasdaq, das negociações de opções do fundo negociado em bolsa (ETF) de Bitcoin da BlackRock. Esse novo produto permite que investidores façam operações com derivativos para apostar a favor ou contra a criptomoeda. Segundo Eric Balchunas, analista de ETF da Bloomberg Intelligence, isso tende a trazer mais volume para o mercado, o que pode dar um novo empurrão nos preços.

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Bitcoin se recupera da maior ressaca de tokens desde as eleições nos EUA https://investnews.com.br/financas/bitcoin-se-recupera-do-maior-ressaca-de-tokens-desde-as-eleicoes-nos-eua/ Mon, 18 Nov 2024 11:39:21 +0000 https://investnews.com.br/?p=630927 Moedas Bitcoin
Crédito: Adobe Stock Photo

O Bitcoin se recuperou de seu maior recuo em dois dias desde a eleição nos EUA, em uma negociação instável que reflete as reavaliações do impacto da agenda política do presidente eleito Donald Trump.

O ativo digital caiu quase 3% no sábado e no domingo, antes de voltar a subir para US$ 92.215 por volta de 10h30 desta segunda-feira (18). Trump fez várias promessas pró-criptoativos, mas há questões em aberto sobre o cronograma de implementação e se todas são viáveis – como a criação de um estoque de Bitcoin nos EUA.

O Bitcoin ficou “superaquecido” após um avanço recorde registrado desde o dia da eleição em 5 de novembro, e “muitas boas notícias foram incorporadas ao preço”, escreveu o analista de mercado da IG Australia Pty, Tony Sycamore, em uma nota.

Riscos de inflação

Embora a postura favorável aos negócios de Trump tenha animado os investidores em ações e criptomoedas dos EUA, parte do otimismo está sendo atenuada pelos riscos de inflação decorrentes da perspectiva de tarifas comerciais e gastos para financiar cortes de impostos.

Os investidores estão reduzindo as expectativas de cortes nas taxas de juros do Federal Reserve em uma economia sólida dos EUA, um possível obstáculo para as criptomoedas, já que as condições de liquidez podem influenciar a demanda especulativa por tokens digitais.

Trump prometeu criar uma estrutura regulatória amigável para ativos digitais, estabelecer um estoque estratégico de Bitcoin e tornar os EUA o centro global do setor. Antes cético em relação às criptomoedas, o presidente eleito mudou de rumo depois que as empresas de ativos digitais gastaram muito durante a campanha eleitoral para promover seus interesses.

Mudança na regulamentação

“A legislação de criptografia pode ser aprovada em breve sob o governo Trump, estimulando uma mudança da regulamentação por aplicação para uma abordagem mais colaborativa”, escreveram os estrategistas do JPMorgan Chase & Co. liderados por Nikolaos Panigirtzoglou em nota.

Os bancos poderiam ter um escopo maior para se envolver com ativos digitais, disse a equipe, e os mercados estão mais esperançosos quanto à aprovação de fundos negociados em bolsa de criptomoedas que investem em tokens que não sejam apenas os dois principais, Bitcoin e Ether.

A clareza regulatória seria um vento favorável para investimentos de capital de risco, fusões e aquisições e ofertas públicas iniciais, de acordo com os estrategistas. Mas o estabelecimento de uma reserva de Bitcoin nos EUA é um “evento de baixa probabilidade”, acrescentaram.

Os ETFs de Bitcoin à vista dos EUA atraíram uma entrada líquida de US$ 4,7 bilhões de 6 a 13 de novembro, o dia em que a criptomoeda original atingiu o pico histórico de US$ 93.462, segundo dados compilados pela Bloomberg. Cerca de US$ 771 milhões saíram dos produtos na quinta e sexta-feira, deixando o grupo com ativos totais de US$ 95 bilhões.

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Bitcoin ultrapassa os US$ 93 mil com a agenda de Trump e a perspectiva da política do Fed https://investnews.com.br/financas/bitcoin-ultrapassa-brevemente-os-us-93-mil-com-a-agenda-de-trump-e-a-perspectiva-da-politica-do-fed/ Thu, 14 Nov 2024 13:06:19 +0000 https://investnews.com.br/?p=630371 Ilustração Bitcoin
Ilustração Bitcoin

A cotação do bitcoin ficou alguns momentos acima dos US$ 93 mil nesta quarta-feira (13), já que as expectativas de novas reduções nas taxas de juros pelo Federal Reserve se somaram ao embalo da postura pró-criptografia do presidente eleito Donald Trump.

O ativo digital subiu quase 6% nos EUA na quarta-feira, atingindo um recorde de US$ 93.462 (cerca de R$ 543,2 mil) , mas não conseguiu manter a alta, mudando de mãos para US$ 91.305 (R$ 530,66 mil) às 9h06 de quinta-feira (14). O mercado de criptografia mais amplo oscilou entre ganhos e perdas.

Os especuladores estão tentando analisar se o apoio retórico de Trump aos ativos digitais continuará a impulsionar o Bitcoin, abrindo um caminho para US$ 100.000, ou se dará lugar a uma onda de realização de lucros após um avanço de 34% desde a eleição dos EUA em 5 de novembro.

“Depois de um movimento tão extenso, é razoável pensar que veremos as opiniões mudarem, resultando em um aumento dos fluxos bidirecionais”, escreveu Chris Weston, chefe de pesquisa do Pepperstone Group, em uma nota. “Ainda assim, a tendência do Bitcoin é de alta – por enquanto – e eu esperaria que os compradores voltassem a entrar em ação assim que a liquidação de uma posição concentrada tivesse terminado e passássemos para uma posição mais limpa.”

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Os dados de inflação dos EUA na quarta-feira atenderam às projeções dos analistas, levando os investidores a aumentar as apostas em outro corte de um quarto de ponto na taxa do Fed em dezembro. Ao mesmo tempo, a plataforma mais ampla de Trump de cortes de impostos e tarifas comerciais protecionistas complica o cenário ao ameaçar alimentar as pressões sobre os preços no futuro.

O presidente eleito prometeu criar uma estrutura regulatória amigável para as criptomoedas, estabelecer um estoque estratégico de Bitcoin e tornar os EUA o centro global do setor. Antes cético em relação às criptomoedas, Trump mudou de rumo depois que as empresas de ativos digitais gastaram muito durante a campanha eleitoral para promover seus interesses.

Ainda há dúvidas sobre a viabilidade dessas promessas e o possível cronograma de implementação. Trump e seu Partido Republicano unificaram o controle dos ramos eleitos do governo, mas questões de estado, como política econômica e fiscal, podem ser as primeiras a entrar em ação.

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O bilionário Michael Novogratz, fundador da Galaxy Digital LP, focada em criptografia, disse na Bloomberg Television que as chances de uma reserva estratégica de Bitcoin dos EUA são baixas, acrescentando que o maior token poderia subir para US$ 500.000 se isso se materializar.

A recuperação das criptomoedas está se espalhando por todo o setor financeiro, gerando picos de volumes de negociação e fluxos de entrada nos fundos negociados em bolsa de Bitcoin dos EUA. A MicroStrategy Inc. – uma empresa de software que adotou o Bitcoin em seu balanço patrimonial – está impulsionando um indicador da Bloomberg para dívidas conversíveis dos EUA em direção ao seu melhor mês deste ano.

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À procura de novos bolsos para infraestrutura, gestoras avançam para a pessoa física https://investnews.com.br/financas/a-procura-de-novos-bolsos-para-infraestrutura-gestoras-avancam-para-a-pessoa-fisica/ Thu, 14 Nov 2024 13:00:00 +0000 https://investnews.com.br/?p=629627 Um guindaste ergue um contêiner azul e laranja em um porto movimentado, com fileiras de contêineres coloridos ao fundo.
Foto: AdobeStock

O Brasil convive historicamente com investimentos abaixo do necessário em infraestrutura. O setor aporta por ano cerca de R$ 200 bilhões na construção e modernização de estradas, ferrovias, aeroportos, energia e saneamento básico, mas isso é somente metade do que seria necessário. O motivo é que faltam mais bolsos para apoiar o financiamento das obras.

Em um cenário em que o governo não tem espaço no Orçamento para investir e os fundos de pensão estão fora desse mercado, restou aos investidores profissionais apoiar a infraestrutura. Grandes gestoras entraram no jogo, como Patria Investimentos, Kinea, Perfin e XP abocanhando grandes concessões recentemente, mas tudo isso financiado por fundos voltados a investidores qualificados (com mais de R$ 1 milhão) e profissionais (acima de R$ 10 milhões).

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Mesmo com esses grandes players no jogo, os recursos levantados não têm sido suficientes. A principal dificuldade dos fundos tradicionais de infraestrutura está em achar um formato que consiga atrair pessoa física para um segmento de longo prazo, em que o retorno do investimento pode levar mais de uma década.

Mas existe um esforço do mercado de encontrar formas de atrair nem que seja uma pequena parcela do dinheiro que está investido pelas pessoas físicas: segundo dados da Anbima, mais de 20 milhões de CPFs têm quase R$ 3 trilhões alocados em produtos de renda fixa e em bolsa.

As emissões de dívida no setor de infraestrutura no primeiro semestre atingiram o recorde de R$ 206,7 bilhões, abrindo a oportunidade para a estruturação de fundos de investimento em infraestrutura (FI-Infra). Atualmente, são 25 fundos desse tipo listados na B3.

Patria entra no jogo

O Patria Investimentos é a gestora mais recente a desbravar esse mercado. A casa pretende usar sua experiência de gerir mais de R$ 31 bilhões em ativos de infraestrutura para atrair o investidor pessoa física. A casa, que tem ao todo R$ 244 bilhões sob gestão, abriu seu primeiro FI-Infra voltado para o público do varejo.

Para lidar com o novo público, o FI-Infra do Patria terá prazo indeterminado e será listado na Bolsa, a exemplo do que já ocorre com os fundos imobiliários. Isso, lembra Marcelo Souza, sócio e CIO da estratégia de crédito para infraestrutura do Patria, vai dar liquidez e permitirá que o investidor entre e saia do fundo quando bem entender.

O veículo, que será um primeiro teste para os dois lados do balcão, vai captar R$ 100 milhões e oferecer dividendos mensais para atrair esse o investidor do varejo, que ainda está pouco acostumado com a dinâmica de infraestrutura. “Temos que entregar as demandas desse público, que quer dividendos, previsibilidade e um bom retorno”, diz Marcelo Souza.

O modelo segue a estrutura do que outras casas estão apostando. Recentemente, a JiveMauá fez uma captação de R$ 437,5 milhões de um fundo de investimentos em infraestrutura (FI-Infra) com mais de 11 mil cotistas. A BRZ investimentos também está em fase de captação de um FI-infra de R$ 100 milhões.

Marcelo Souza, sócio e CIO da estratégia de crédito para infraestrutura do Patria Investimentos
Marcelo Souza, sócio e CIO da estratégia de crédito para infraestrutura do Patria Investimentos (Divulgação)

A carteira do fundo será composta por debêntures incentivadas (lei 12.431) adquiridas no mercado secundário, debêntures originadas e estruturadas pelo próprio Patria no mercado primário e aplicação em oportunidades de crédito estruturado para diversos segmentos de infraestrutura.

Souza afirma que o veículo já tem de 15 a 20 operações escolhidas para investir no primeiro mês após o fim da captação. A meta é obter retorno de 0,5% a 1,5% sobre a NTN-B, título público indexado à inflação, com a distribuição de dividendos em torno de 1% ao mês isentos de imposto de renda.

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Uma dificuldade inicial, especialmente nas emissões mais recentes de debêntures incentivadas, em achar boas oportunidades em um momento de baixa rentabilidade. Isso porque os spreads – diferença entre a taxa de juros que a empresa emissora paga a seus inestidores e o retorno das NTN-Bs – ficaram menores, tamanha a demanda por essas debêntures. 

O CIO de crédito de infraestrutura do Patria reconhece o problema, mas avalia que, a longo prazo, o spread volte ser mais rentável. “Essa tendência já começa a se reverter, começamos a ver isso agora que os grandes fundos de infra pararam de captar”, diz Marcelo Souza. “Ou seja, essa demanda não está crescendo mais e a tendência é que os spread dos próximos anos voltem a patamares maiores.”

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Bitcoin renova fôlego e ultrapassa US$ 90 mil; Dogecoin engata alta com indicação de Musk https://investnews.com.br/financas/apos-valorizacao-de-30-bitcoin-esfria-em-nivel-recorde-dogecoin-engata-alta-com-indicacao-de-musk/ Wed, 13 Nov 2024 12:38:42 +0000 https://investnews.com.br/?p=629950
Um adesivo anunciando Dogecoin em um caixa automático de criptomoeda (ATM) em uma lavanderia em Hong Kong, China, na quinta-feira, 9 de junho de 2022. Foto: Paul Yeung/Bloomberg

A cotação do Bitcoin voltou a subir depois de uma esfriada nesta quarta-feira (13) enquanto investidores avaliam o impacto remanescente do apoio retórico do presidente eleito Donald Trump às criptomoedas.

O ativo digital já acumula alta acima de 30% desde a vitória de Trump nas eleições de 5 de novembro, atingindo um recorde de US$ 93 mil (R$ 539,7 mil) no início da tarde desta quarta-feira (13).

Trump prometeu criar uma estrutura regulatória amigável para criptomoedas, estabelecer um estoque estratégico de Bitcoin e tornar os EUA o centro global do setor. Antes cético em relação às criptomoedas, Trump reverteu o curso depois que as empresas de ativos digitais investiram bastante dinheiro na campanha eleitoral para promover seus interesses.

Sua postura espalhou otimismo nas criptomoedas, elevando a cotação dos ativos a um pico histórico. Mas ainda restam questões espinhosas sobre as prioridades de Trump e seus legisladores republicanos, como, por exemplo, se serão tratados primeiro assuntos macroeconômicos, como a política da China e a economia dos EUA, empurrando a legislação de ativos digitais para baixo da hierarquia.

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“Embora não descartemos ganhos adicionais, muitas boas notícias já foram precificadas”, escreveu o analista de mercado da IG Australia Pty, Tony Sycamore, em nota.

Dogecoin

Um dos melhores desempenhos recentes em criptografia é o Dogecoin, um token promovido pelo bilionário Elon Musk e um favorito dos fãs de memes. A moeda com tema de Shiba Inu, também conhecida como DOGE, subiu cerca de 80% nos últimos cinco dias.

Antes da eleição, Musk sugeriu que ele poderia liderar um Departamento de Eficiência Governamental, cujas iniciais são uma aparente referência à criptomoeda. Trump anunciou na terça-feira a criação do departamento para cortar gastos desnecessários, dizendo que Musk seria seu codiretor. A Dogecoin deu um breve salto após a declaração, antes de seguir a queda do Bitcoin.

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Nos mercados globais, os holofotes estão se voltando para os próximos dados de inflação dos EUA, que podem influenciar as opiniões sobre o escopo do Federal Reserve para novos cortes nas taxas de juros.

Rendimentos mais altos

Os rendimentos do Tesouro e o dólar estão subindo, uma indicação de que os investidores esperam pressões inflacionárias do plano de Trump de impor tarifas comerciais e cortar impostos. As ações caíram nesse cenário, uma vez que os custos de empréstimos comparativamente mais altos são um possível obstáculo para investimentos mais arriscados, incluindo criptografia.

A alavancagem “relativamente moderada” no mercado de criptografia “atenua o risco de uma correção acentuada”, de acordo com Noelle Acheson, autora do boletim informativo Crypto Is Macro Now. “Uma pausa no mercado seria bem-vinda, mas é provável que seja curta. Os ventos a favor ainda são fortes.”

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O Bitcoin ultrapassou brevemente os US$ 90.000 em algumas plataformas de negociação na terça-feira, como a plataforma da Coinbase Global. As apostas em opções de alta estão concentradas no maior token que atinge US$ 100.000, com base em dados da Deribit. Os fluxos de entrada em fundos negociados em bolsa de Bitcoin dos EUA ultrapassaram US$ 1 bilhão no início da semana.

*Com informações de Reuters e Bloomberg

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Bitcoin bate recorde após eleição de Trump renovar entusiasmo com criptomoedas https://investnews.com.br/financas/bitcoin-bate-recorde-apos-eleicao-de-trump-renovar-entusiasmo-com-criptomoedas/ Tue, 12 Nov 2024 11:57:02 +0000 https://investnews.com.br/?p=629517 NASHVILLE, TENNESSEE - 27 DE JULHO: O ex-presidente e candidato presidencial republicano de 2024, Donald Trump, faz um discurso de abertura no terceiro dia da conferência Bitcoin 2024 no Music City Center em 27 de julho de 2024 em Nashville, Tennessee. A conferência, que é voltada para entusiastas do bitcoin, apresenta vários espaços de fornecedores e entretenimento e seminários de celebridades e políticos. (Foto de Jon Cherry/Getty Images)
Donald Trump, faz um discurso de abertura no terceiro dia da conferência Bitcoin 2024 no Music City Center em 27 de julho de 2024 em Nashville, Tennessee. (Foto: Jon Cherry/Getty Images)

O bitcoin atingiu uma cotação recorde de mais de US$ 87 mil nesta segunda-feira (11), uma recuperação vertiginosa em meio à expectativa de que as criptomoedas prosperarão em um ambiente regulatório mais permissivo, após a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos e de candidatos pró-criptoativos para o Congresso.

Maior e mais conhecida criptomoeda do mundo, o bitcoin mais do que dobrou em relação à baixa deste ano, de US$ 38,5 mil (R$ 221,6 mil), e estava em US$ 87,1 mil dólares (R$ 501,1 mil), um aumento de quase 9% em relação ao fim do último domingo, tendo anteriormente atingido um recorde de 87.460 dólares.

Ações de empresas ligadas a criptomoedas listadas nos EUA também subiram, com a bolsa Coinbase Global saltando 22% e a iShares Bitcoin Trust avançando 13%.

A mineradora de cripto Riot Platforms subiu 19%, enquanto a MicroStrategy, uma das maiores apoiadoras corporativas do bitcoin, ganhou quase 24%.

Trump abraçou os ativos digitais durante sua campanha, prometendo tornar os Estados Unidos a “capital mundial da criptomoeda” e acumular um estoque nacional de bitcoin.

“O resultado da eleição de 2024 nos EUA é um momento de renascimento para a indústria da criptomoeda”, disse Jeff Dorman, diretor de investimentos e cofundador da gestora de ativos Arca, em uma nota de pesquisa.

“Eventos em cripto com esse nível de significância são raros. Quando acontecem, eles expandem imediatamente a perspectiva coletiva do mundo sobre o potencial do movimento das criptomoedas e para onde essa tecnologia levará o mundo daqui para frente.”

Os vendedores a descoberto de ações relacionadas a criptomoedas e blockchain sofreram grandes perdas desde 6 de novembro, após o bitcoin atingir níveis recordes. As perdas combinadas de vendas a descoberto na Coinbase, nas mineradoras de criptomoedas Riot Platforms, na MARA Holdings e na operadora de fazendas de blockchain Bitfarms foram de cerca de 1,2 bilhão de dólares no fechamento de 8 de novembro.

Fim do escrutínio da criptomoeda

Os investidores esperam o fim do escrutínio maior sobre as criptomoedas do presidente da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA, Gary Gensler, que Trump disse que substituirá.

O setor de criptomoedas gastou mais de US$ 119 milhões para apoiar candidatos pró-cripto no Congresso, muitos dos quais venceram suas disputas.

Em Ohio, um dos maiores inimigos do setor no Congresso — o presidente do Comitê Bancário do Senado, Sherrod Brown — foi deposto, enquanto candidatos pró-cripto dos partidos Democrata e Republicano venceram em Michigan, Virgínia Ocidental, Indiana, Alabama e Carolina do Norte.

(Reportagem de Samuel Indyk em Londres, Gertrude Chavez-Dreyfuss em Nova York, Ankur Banerjee e Tom Westbrook em Cingapura; reportagem adicional de Shashwat Chauhan)

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Alta do bitcoin gera bilhões de dólares em perdas para quem apostou contra a criptomoeda https://investnews.com.br/financas/alta-do-bitcoin-gera-bilhoes-em-perdas-para-operadores-que-apostaram-na-queda-das-criptomoedas/ Mon, 11 Nov 2024 17:18:35 +0000 https://investnews.com.br/?p=629282 Homem segurando moeda de bitcoin
Crédito: Adobe Stock Photo

Os vendedores a descoberto, conhecidos como short sellers, de ações relacionadas a criptomoedas e blockchain têm sofrido grandes perdas desde 6 de novembro, depois que o bitcoin atingiu níveis recordes, embalado por otimismo de que o presidente-eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, implementará uma estrutura regulatória mais favorável para o setor de criptoativos.

As negociações a descoberto de ativos vinculados ao mercado de moedas digitais estão sinalizando novas perdas nesta segunda-feira (11), já que a maioria das ações do setor saltava na sessão. Entre elas, a Coinbase, que disparou quase 16%, acompanhando o aumento nos preços do bitcoin.

Os operadores que apostaram contra a MicroStrategy, empresa que aposta ferozmente na valorização do bitcoin, perderam mais de US$ 1,2 bilhão entre 6 e 8 de novembro, de acordo com a empresa de análise de dados Ortex. A perda acumulada no ano é de mais de US$ 6 bilhões.

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As perdas combinadas de vendas a descoberto na Coinbase Global, envolvendo as mineradoras de criptomoedas Riot Platforms e MARA Holdings, e na operadora de fazendas de blockchain Bitfarms foram de cerca de US$ 1,2 bilhão, no fechamento de 8 de novembro.

O bitcoin, a maior criptomoeda do mundo, subiu para um recorde acima de US$ 82 mil nesta segunda-feira (11), com um salto de quase 19% desde 6 de novembro, quando Donald Trump foi eleito a presidente dos EUA.

“Os especuladores de bitcoin estão apostando em um ambiente regulatório mais clemente e têm expectativas de que as autoridades possam criar um fundo de criptomoedas de reserva, ajudando a aumentar a demanda contínua por moedas digitais”, disse Susannah Streeter, chefe de dinheiro e mercados da Hargreaves Lansdown.

Os investidores que apostaram contra os fundos negociados em bolsa iShares Bitcoin Trust, o maior ETF do mundo em termos de ativos sob gestão, perderam cerca de US$ 37 milhões de dólares desde 6 de novembro.

Trump prometeu durante campanha eleitoral a apoiar as criptomoedas, propondo a formação de um estoque nacional de bitcoin e tornar os EUA a “capital das moedas digitais do planeta”.

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