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Pix: governo recua e revoga norma da Receita Federal sobre movimentações financeiras

Imagem de dois smartphones com telas brilhantes, conectados por um arco de moedas com símbolo de cifrão, simbolizando transferência de dinheiro digital em um fundo lilás.

Foto: Getty Images/Eoneren

Após repercussão negativa e uma onda de fake news, o governo federal recuou e decidiu revogar a Instrução Normativa 2.219, da Receita Federal, que passou a monitorar, desde 1º de janeiro, as movimentações financeiras de cidadãos e empresas — incluindo o Pix e outros meios de pagamento, como o cartão de crédito.

A decisão foi tomada após uma reunião, nesta quarta-feira (15), que contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Segundo Barreirinhas, o governo federal revogará o ato que estabeleceu novos valores para o monitoramento de movimentações financeiras ao longo de um mês: para as pessoas físicas, o teto era a partir de R$ 5 mil, e para as pessoas jurídicas (donos de empresas), o piso estabelecido era a partir de R$ 15 mil.

O pente-fino sobre as movimentações financeiras nos limites estabelecidos tinha por objetivo cruzar informações sobre se os gastos dos contribuintes são compatíveis com a renda declarada, uma forma de combater a sonegação fiscal.

A norma da Receita Federal, agora revogada, passou a exigir de fintechs a prestação de informações de cidadãos que movimentam acima de R$ 5 mil por mês, incluindo pagamentos, transferências e Pix — esta obrigação já existia, desde 2015, para bancos tradicionais, segundo informou a Febraban (entidade que representa os bancos).

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Medida provisória

Em entrevista a jornalistas no Palácio do Planalto, o secretário da Receita Federal afirmou que um novo ato será publicado e tramitará no Congresso Nacional. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também disse que uma medida provisória será publicada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para reforçar a não oneração e a gratuidade do uso do Pix.

O governo federal, segundo Haddad, também vai acionar a Justiça contra golpistas que se aproveitaram da onda de fake news sobre um “novo imposto do Pix” para tirar dinheiro de quem usa a ferramenta de transação instantânea.

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