Legislativo do DF autoriza venda do Banco Master ao BRB e abre caminho para aprovação do BC

As próximas etapas incluem a sanção do governador do DF Ibaneis Rocha e a conclusão da análise pelo Banco Central

A Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) aprovou na terça-feira à noite o Projeto de Lei 1.882/2025, autorizando o BRB a adquirir 49% das ações ordinárias e 100% das ações preferenciais do do Banco Master, o que representa uma fatia de 58% do capital da instituição privada.

Segundo comunicado do BRB, as próximas etapas incluem a sanção do governador do DF Ibaneis Rocha, a conclusão da análise do requerimento pelo Banco Central, a reorganização societária do Banco Master e outras condições previstas no contato de aquisição.

A uma das condições esperadas pelo regulador do sistema bancário para o aval à operação é justamente a aprovação do legislativo do DF.

Quando foi anunciada em março deste ano, a transação incluía a aquisição de R$ 50 bilhões em ativos do Master, além das ações. Durante as negociações com o BC, houve uma redução dos ativos adquiridos e o BRB vai levar apenas metade, R$ 25 bilhões.

Isso significa que o Master ainda vai ter quase R$ 50 bilhões em ativos possíveis de serem negociados: os R$ 25 bilhões que ficaram de fora da negociação com o BRB e outros R$ 23 bilhões considerados de baixa liquidez ou com restrições.

A transação entre o Banco Master e o BRB recebeu aprovação incondicional do Cade no início de junho. Pelos termos do acordo, os ativos que não forem adquiridos pelo BRB permanecerão com o atual CEO e acionista controlador do Master, Daniel Vorcaro.

Em junho, Vorcaro  concordou em injetar R$ 2 bilhões (ou US$ 364 milhões) na instituição, em um esforço para persuadir os reguladores a aprovar a fusão.

O aumento de capital fez parte de um plano negociado entre as instituições e o BC. Parte dos recursos veio das vendas de R$ 1,5 bilhão em ativos que Vorcaro realizou para o Banco BTG Pactual em maio. Um desses ativos foi a venda de uma fatia de cerca de 48% na varejista Veste, dona de marcas como Le Lis Blanc e Dudalina, que pertenciam a gestoras do grupo Master, WTN e Trustee.


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