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Lucro da BRF no 1º tri supera expectativa de analistas

A empresa registrou lucro líquido de R$ 594 milhões no período, superior à estimativa média de analistas, de lucro de R$ 449,79 milhões

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A processadora de alimentos BRF divulgou resultados acima das expectativas de analistas para o primeiro trimestre, impulsionados pelo forte desempenho internacional e doméstico, segundo balanço divulgado na noite de terça-feira (7).

A empresa registrou lucro líquido de R$ 594 milhões no período, superior à estimativa média de analistas, de lucro de R$ 449,79 milhões.

A margem operacional consolidada ficou em 15,8%, o que a administração considera forte para um trimestre que é sazonalmente mais fraco em comparação com os últimos três meses do ano, quando o Natal e os feriados tendem a impulsionar as vendas de alimentos.

A BRF disse que eficiência operacional, disciplina financeira e o que chamou de “estrutura de capital otimizada” impulsionaram os resultados, ao mesmo tempo em que ajudaram a reduzir os níveis de dívida.

A relação dívida líquida/Ebitda da empresa caiu para 1,45 vez nos três meses encerrados em março, o menor em oito anos, segundo a BRF.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da BRF atingiu 2,1 bilhões de reais no período, contra projeção de analistas de R$ 1,748 bilhão.

“Seguimos empenhados em reduzir o endividamento, criando condições para que a companhia melhore seu perfil de negócios e gere valor aos acionistas”, disse o vice-presidente de Finanças e RI da BRF, Fábio Mariano, em comunicado à imprensa.

“O resultado desse trimestre nos indica que estamos no caminho adequado.”

Nas operações internacionais da BRF, a empresa disse que avançou em sua estratégia de diversificação de mercado, conquistando 25 novas licenças de exportação, o que permitiu à processadora direcionar melhor os destinos das vendas.

A margem Ebitda para o segmento ficou em 16,9%, impulsionada pelas vendas na Turquia e nos países do Golfo, onde a empresa se beneficiou do efeito sazonal das celebrações do Ramadã e da recuperação nos preços de exportação.

No mercado doméstico, a BRF disse que seu portfólio regular de carnes teve expansão de margem em base anual e trimestral, excluindo o efeito sazonal dos produtos vendidos durante os feriados.

Outro fator que contribuiu para melhores margens no Brasil foi uma queda anual de 12,1% no custo dos produtos vendidos, impulsionada pelo menor preço dos grãos, um importante ingrediante para ração animal.

(Reportagem de Ana Mano)

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