Finanças
Maioria dos americanos não tem dinheiro para gasto extra de US$ 400
Segundo pesquisa, maioria faria empréstimos através de cartões ou algum outro tipo de dívida para cobrir a despesa.
A maioria dos americanos não tem recursos financeiros para cobrir uma despesa surpresa de US$ 400 sem contrair dívidas, segundo uma nova pesquisa.
Só cerca de um terço dos entrevistados disse ter dinheiro em mãos para cobrir uma despesa extra neste valor, e o número sobe para 48% quando incluídos os que disseram que usariam cartão de crédito, mas pagariam a conta antes de incorrer juros, de acordo com enquete conduzida pela Morning Consult para a Bloomberg News.
Entre os demais, a maioria disse que faria empréstimos através de cartões ou algum outro tipo de dívida para cobrir a despesa, enquanto 17% disseram que não conseguiriam pagar de jeito nenhum.
Os dados destacam uma fragilidade financeira generalizada, mesmo em uma economia com desemprego perto de uma mínima de 50 anos, e a erosão do colchão de liquidez que algumas famílias haviam acumulado durante a pandemia. Também mostra como muitos americanos poderiam ser levados a se endividar mais — a juros altos — por causa de uma necessidade corriqueira, como consertar um carro ou pagar uma despesa médica.
“Tivemos dois anos realmente fortes de crescimento de empregos e houve uma diminuição da disparidade salarial, com trabalhadores de baixa renda realmente gozando de um crescimento salarial mais rápido”.
John Leer, economista-chefe da Morning Consult.
“E apesar de tudo isso, ainda existe um grupo de adultos, predominantemente de baixa renda, que estão extremamente vulneráveis.”
Milhões de famílias sem dinheiro
A pesquisa mostra que milhões de famílias, se enfrentassem uma despesa inesperada de US$ 400, não seriam capazes de pagar algumas de suas outras contas.
Mas a incapacidade de pagar não se limita às famílias de renda mais baixa. Cerca de 20% da faixa de renda média — entre US$ 50.000 e US$ 100.000 ao ano — disseram que não poderiam cobrir uma despesa de US$ 400 com dinheiro ou equivalente. O número foi de 8% entre os que ganham mais de US$ 100.000.
A pesquisa foi realizada entre 12 e 16 de abril, com mais de 11.000 entrevistados.
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