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Marisa avalia follow-on com aporte de pelo menos R$ 195 mi de controladores; ação desaba

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Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) – A Marisa Lojas comunicou nesta segunda-feira que contratou o BTG Pactual e o Itaú BBA para avaliar a viabilidade e estruturar uma potencial oferta primária de ações ou um potencial aumento de capital privado, o que derrubava os papéis da empresa na bolsa paulista.

A varejista de moda afirmou que recebeu de seus acionistas controladores um compromisso de investimento em qualquer uma das potenciais operações de pelo menos 195 milhões de reais, montante mínimo do eventual follow-on ou aumento de capital privado, o que poderá ser elevado em até 90 milhões de reais.

De acordo com a empresa, o lote adicional é para possibilitar a contribuição de créditos detidos pelos acionistas controladores contra a companhia oriundos da 7ª, 8ª e 9ª emissões simples de debêntures da empresa com vistas a diminuir a alavancagem da mesma.

Na bolsa paulista, as ações da companhia desabavam 11,5%, a 2 reais, nesta tarde, com um valor de mercado de 137,1 milhões de reais. No pior momento, os papéis chegaram a 1,95 real, mínima histórica intradia. Em 2024, as ações já acumulam um declínio de mais de 45%.

A companhia também decidiu descontinuar a divulgação de projeções financeiras anteriormente apresentadas, tendo em vista a necessidade de alinhamento de sua política de divulgação de projeções com os procedimentos adotados por seus consultores no contexto da potencial oferta.

A Marisa também reportou prévia operacional do último trimestre de 2023, mostrando que o Ebitda do varejo veio negativo em quase 35 milhões de reais no quarto trimestre de 2023, revertendo resultado positivo de 24 milhões um ano antes. As vendas mesmas lojas caíram 28%.

Em comentário que acompanhou a divulgação dos dados, a administração disse que “apesar de nossos melhores esforços para entregar uma operação de varejo normalizada… nosso resultado anual não atingiu o que foi inicialmente planejado”.

“Mesmo entendendo que 2023 seria um ano de transição para a companhia, o último trimestre do ano serviu como alerta para questionarmos se nosso posicionamento comercial era eficaz e suportaria a competitividade desejada para nossa marca”, acrescentando que o conselho de administração, junto com o grupo de controle, entendeu que um ajuste de rota seria necessário.

No começo do mês, a empresa anunciou Edson Salles Abuchaim Garcia como novo presidente-executivo a partir do começo de abril, em substituição a Andrea Menezes, que havia sido anunciada para o cargo em 4 de fevereiro. Ela assumirá a presidência do conselho de administração.

A Marisa Lojas também anunciou em fevereiro a missão de cerca de 100 milhões de reais em notas comerciais, com os recursos sendo destinados a capital de giro e pagamento de obrigações financeiras.

Os resultados financeiros estão previstos para 27 de março, após o fechamento do mercado.

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