Finanças
Morning Call: semana com decisões de Bancos Centrais e tensão na Europa
Os principais fatos que podem impactar os mercados hoje e uma breve análise do índice Bovespa.
Cenário global de bolsa de valores
A semana começa com mercados de olho na reunião do Fed na quarta feira, 16/03, para decidir a nova taxa de juros doa EUA. O consenso de mercado se concentra em uma alta de 0,25 p.p. e 0,50 p.p enquanto as apostas para a taxa de juros no final de 2022 mostram um grau de incerteza maior mas apontam para uma faixa de 1,75 p.p. e 2,00 p.p. até a última reunião em 14/12.
A agenda semanal conta com reuniões de Bancos Centrais e seus ajustes na política monetária como no Brasil na quarta feira, em Taiwan, Turquia, Japão e Reino Unido na quinta feira além da reunião do Fed mencionada.
Os pré mercados dos EUA se mostram positivo em relação a política monetária e em possíveis avanços em conversas entre os governos da Rússia e Ucrânia para um cessar-fogo. Até o momento, os desempenhos dos futuros são Nasdaq: +0,50%, S&P 500: -0,80% e Dow Jones: +1,01%.
As bolsas na Europa também operam no sentido positivo também impactadas pela queda das commodities com Alemanha: +2,53%, Reino Unido: +0,16%, França: +1,47%, Espanha: +1,26% e o índice Euro Stoxx: +1,71%.
O ouro tem queda de -1,22%, Petróleo Brent: -4,39%, Petróleo WTI: +5,21, minério de ferro: -2,94% e Bitcoin: +0,68%.
Um dos fatores que ajudaram na queda do petróleo foi o novo surto de Covid na China, onde os casos triplicaram em 24 horas, com aproximadamente 3.939 novos casos dentro do período, com alguns distritos registrando o maior número de infectados sintomáticos desde o início da pandemia e mais de 17 milhões de pessoas voltam ao confinamento na cidade de Shenzhen. Outro fator é a pressão sobre um posicionamento do governo Chinês após um suposto vazamento de que o a Rússia estaria cobrando ajuda militar da China, que poderia levar a sanções econômicas ao maior país asiático por outros países.
Os asiáticos divergem dos outros mercados com Japão: +0,58%, Shanghai: -2,60%, Hang Seng: -4,97%, Índia: +1,45%, Taiwan: -0,01% e Coreia do Sul: -0,59%.
Cenário no Brasil
O impacto da alta dos preços dos combustíveis já chegou impactando o brasileiro e a classe dos caminhoneiros vem falando sobre paralizações pela pressão com os preços. O presidente Bolsonaro sancionou o PLC 11 que altera a forma de cobrança do ICMS e que deve segurar parte da alta dos combustíveis.
Mesmo assim, o preço de gasolina, diesel e afins segue pressionado e eventualmente chegará ao consumidor final refletido no IPCA e que sugere que o índice de inflação pode continuar acima dos 2 dígitos por mais tempo que o esperado.
E na quarta feira acontece a reunião do Copom para atualização da taxa Selic que atualmente está em 10,75%. O mercado vem alternando seu consenso desde o início do conflito no leste europeu e atualmente as probabilidades de um aumento de 1 ponto percentual está predominante, que traria a Selic em 11,75% até a próxima reunião nos dias 3 e 4 de maio.
Ibovespa
A partir de hoje, a bolsa brasileira volta ao horário de funcionamento anterior ao fechar às 17:00 para o mercado à vista com after market de 17:30 até 18:00.
O Ibov segue sem conseguir superar a média móvel de 200 períodos próxima aos 114.900 pontos e vem se mantendo também próxima ao suporte de 111.000 pontos.
O saldo acumulado no ano na bolsa brasileira é positiva em R$ 12,86 enquanto o saldo de março fica em R$ 8,3 bilhões.
Indicadores econômicos e eventos
Brasil |
Balanços de Direcional e EcoRodovias, após o fechamento do mercado |
Boletim Focus |
Balança comercial semanal |
Alemanha |
Dirigente do BCE Frank Elderson discursa em evento sobre clima, organizado pelo Instituto Bancário Europeu |
Bélgica |
Reunião do Eurogrupo |
China |
Vendas no varejo, produção industrial e investimentos em ativos fixos em janeiro/fevereiro |