Morning Call: antes dos dados de inflação, bolsas acordam de bom humor

Cenário global e bolsa de valores 

No cenário global, as principais bolsas europeias e os futuros de Wall Street subiam e o dólar se estabilizava à medida que investidores aguardam a divulgação, na quinta-feira, de dados de inflação norte-americanos, que podem oferecer mais pistas sobre o ritmo de aperto monetário do Federal Reserve.

As bolsas asiáticas fecharam em alta refletindo o bom humor em NY ontem e impulsionadas por empresas de consumo conforme os investidores domésticos reconsideraram os altos valores das ações de crescimento em meio aos riscos externos, bem como por compras de investidores internacionais. Mas, ainda assim, na expectativa dos dados de inflação nos EUA que podem, de alguma forma, impactar no ritmo em que o Fed irá mexer nas taxas de juros do país. Em Hong Kong, o Hang Seng teve a alta mais expressiva, encerrando o dia com ganho de +2,06%. Em Tóquio, o Nikkei encerrou em alta de +1,08% e, em Seul, o Kospi subiu +0,81%. Em Taiwan, o Taiex valorizou +1,03%. Na China, o Xangai teve alta de +0,79%. 

As bolsas europeias refletem o bom humor de NY e o fechamento da Ásia com os negócios no território positivo em praticamente todas as praças, além do impulso de uma série de balanços corporativos fortes. Mais cedo, a Alemanha publicou dados de comércio externo que mostram importações avançando em ritmo mais forte do que as exportações. Na abertura, Londres estava em alta de +0,68%; Frankfurt, +1,45%; Paris, +1,38%, Madrid, +1,11% e Stoxx600, +1,47%.

Alemanha: exportações sobem 0,9% em dezembro ante novembro; importações têm alta maior, de 4,7%. Superávit comercial do país somou 6,8 bilhões de euros em dezembro.O número ficou bem abaixo da previsão dos analistas , que esperavam saldo positivo de 12,8 bilhões de euros.

Cenário no Brasil

Aqui, o Cade julga hoje (10h) a compra da Oi Móvel pela Claro, TIM e Vivo, cercada de polêmicas e que deve ser aprovada com restrições. O noticiário corporativo também será movimentado, a Petrobras divulga após o fechamento do mercado relatório de produção e vendas do quarto trimestre e de 2021. Entre as empresas, o mercado deve repercutir ainda o lucro pouco abaixo das previsões do mercado do Bradesco, antes dos números nesta sessão de Klabin, Suzano e Dexco. Entre os indicadores domésticos, às 9h, saem as vendas no varejo em dezembro e o IPCA de janeiro, que deve fortalecer o recado da ata do Copom de que o ciclo de aperto da Selic vai durar mais tempo. 

O índice, que mede a inflação na cidade de São Paulo (IPC-Fipe), acelera 0,79%, acima dos 0,74% no mês de janeiro. Na primeira leitura deste mês, quatro dos sete componentes do índice ganharam força. Já o IGP-M desacelera a 1,38% na 1ª prévia de fevereiro, de 1,41% na prévia de janeiro.

Lucro líquido da Klabin cai 21% no 4TRI na comparação anual, para R$ 1,050 bilhão. O Ebitda ajustado atinge R$ 1,884 bilhão, alta de 44% em um ano.

O principal índice da bolsa brasileira fechou em leve alta nesta terça-feira, após acelerar no final do pregão, com o efeito de dia positivo em Wall Street superando o impacto da queda do petróleo e da indicação pelo Banco Central de aperto monetário para além do esperado por parte do mercado. O Ibovespa subiu 0,21%, a 112.234,46 pontos, com volume financeiro de R$ 24,8 bilhões. O investidor estrangeiro ingressa com R$ 1,43 bi na B3 no dia 07/02. No acumulado de fevereiro, saldo é positivo em R$ 6,37 bi; no ano, o saldo é positivo em R$ 38,86 bilhões (fluxo segue forte).

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