Finanças
Morning Call: após Fed, mercados acompanham PCE para estender ganhos
Após Fed reforçar que o ritmo de elevação de juros pode cair em dezembro mas que deve ficar por mais tempo em níveis maiores, os mercados devem reagir ao Índice de Preços preferido do BC norte-americano e dados do mercado de trabalho para justificar maiores ganhos hoje. E o PIB brasileiro do 3T22 sobe menos do que o esperado.
Os mercados na Ásia e Europa hoje (1) seguem o tom positivo de ontem (30) após a divulgação do Livro Bege e das falas do presidente do Banco Central dos EUA darem esperanças de elevação mais leve de juros. Mas os pré-mercados dos EUA no começo do dia eram negociados no terreno negativo.
Na Ásia, o índice Nikkei encerrou o dia com alta de 0,92%, Hang Seng avançou 0,75%, Shanghai subiu 0,45%, Taiex registrou valorização de 0,90% e o Kospi teve ganhos de 0,30%.
Na Europa, além dos fatores que ajudaram as bolsas pelo mundo, também pesam positivamente a divulgação dos Índices de Gerentes de Compras, PMI, referentes ao setor da indústria da Alemanha, zona do Euro e Reino Unido que registraram uma melhora nas pontuações de novembro e a taxa de desemprego da zona do Euro que teve uma melhora marginal de 6,6% de setembro para 6,5% em outubro.
O índice alemão DAX registrava alta de 0,65%, o CAC subia 0,10%, o IBEX avançava 0,80% e o índice Euro Stoxx tinha valorização de 0,51%.
Pré-mercado e índice de preços dos EUA
Depois da alta de mais de 3% do S&P 500 ontem (30), os contratos futuros dos principais índices começam o dia recuando com a baixa de 0,07% do S&P 500, recuo de 0,19% do índice Nasdaq e baixa de 0,16% do Dow Jones.
E os investidores devem acompanhar a divulgação de alguns indicadores importantes sobre a economia do país como o Índice de Preços PCE, preferido do Fed para condução de política monetária, que será divulgado às 10:30 e pode ter um crescimento de 0,5% em outubro de acordo com projeções de mercado mantendo o acumulado em 12 meses de 6,2%. Já as expectativas para o núcleo do índice são de uma alta mensal de 0,3% em outubro que pode desacelerar a alta em 12 meses de 5,1% para 5% caso os dados se confirmem.
Ao mesmo tempo será divulgado o total de pedidos semanais por seguro-desemprego com expectativas de uma leve diminuição dos 240 mil da semana anterior para 235 mil na divulgação de hoje. Mais tarde, às 11:30, Michelle Bowman, membro do FOMC fará discurso e poderá trazer novas informações sobre os rumos da política monetária do país. E o último dos indicadores mais importantes é o Índice de Gerentes de Compras da Indústria, o PMI do ISM, referente a novembro, que pode registrar uma queda dos 50,2 pontos de outubro para 49,8 em novembro.
PIB brasileiro sobe menos do que o esperado
Foi divulgado hoje (1) pelo IBGE o PIB brasileiro referente ao terceiro trimestre do ano com uma alta percentual de 0,4% após a alta de 1,2% do trimestre anterior. O resultado fica abaixo das expectativas de 0,7% de mercado. Na comparação anual, o PIB registrou um crescimento de 3,6%, levemente abaixo dos 3,7% esperados.
Veja também
- O que Trump e Lula têm em comum: a queda de braço com o Banco Central
- Presidente do Fed diz que Trump não afeta juros no curto prazo, nem a duração de seu mandato
- Sem surpresas, Fed corta juros em 0,25 p.p. e destaca e crescimento econômico sólido
- Empresas dos EUA voltam ao mercado de dívida após Fed cortar juros
- Fed terá de superar eleições americanas e “efeito Orloff” antes de comemorar vitória sobre inflação