Finanças
Morning Call: BCE sinaliza alta de juros e China prevê encerrar lockdowns
Os principais fatos que podem impactar os mercados e uma breve análise do nosso índice Bovespa.
Cenário Global e de Bolsa de Valores
A semana começa com um desempenho misto na maioria das bolsas asiáticas refletindo um misto de aversão ao risco pela desaceleração econômica da China mas também pela reabertura gradual após os lockdowns decretados com a volta da circulação de algumas linhas de metrô e as autoridades de Xanghai preveem a reabertura da cidade em 1º de junho. Os mercados tem variam com Japão: +0,98%, Shanghai: +0,01%, Hang Seng: -1,19%, Índia: -0,32%, Taiwan: +0,07% e Coréia do Sul: +0,31%.
Os mercados europeus reagem positivamente à declarações da presidente do Banco Central Europeu, Cristine Lagarde, que o bloco da União Europeia deve perder as taxas de juros, negativas desde 2014, até o final do terceiro trimestre como forma de iniciar um ciclo de alta de juros para controlar a inflação. A notícia foi bem vista no mercado e chegou a colocar em segundo plano o destaque na interrupção do fornecimento de gás da Rússia para a Finlândia após manifestações oficiais da Finlândia e Suécia sobre a vontade de participarem da Otan e a recusa do pagamento pelo gás russo em rublo pela Finlândia. As bolsas operam com Alemanha: +0,74%, Reino Unido: +1,00%, França: +0,24%, Espanha: +0,70% e o índice Euro Stoxx: +0,47%.
Em viagem ao Japão, o presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou que o país defenderia Taiwan usando a força em casos de ataque à ilha, que é considerada como uma nação independente pelo mundo com exceção da China que ainda considera Taiwan como uma parte de sua nação.
Na semana os investidores também ficam de olho na divulgação da ata da reunião do FOMC, equivalente ao nosso Copom nos EUA, na quarta feira, 25/05, que deve atualizar o mercado em relação à postura do Fed em relação a inflação, juros e perspectivas econômicas. Os pré dos EUA operam em alta com Nasdaq: +0,84%, S&P 500: +1,03% e Dow Jones: +0,98%.
Cenário no Brasil e Ibovespa
Os investidores ficam de olho em indicadores de inflação como o IPCA-15, na terça feira 24/05, e o o IPC-S, que voltou a acelerar com alta de 0,44% na 3ª quadrissemana de maio após a alta de 0,41% da quadrissemana anterior e já acumula alta de 10,21% nos últimos 12 meses.
Em Brasília o destaque fica com o projeto de lei complementar 18/22 que limite a cobrança do ICMS a 17%. Enquanto o governo e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) são favoráveis à proposta, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) acabou debatendo sobre o projeto na semana passada. Caso a proposta seja aprovada, existe o potencial de aliviar o IPCA em até 1,5 ponto percentual de acordo com alguns especialistas mas também diminuiria a arrecadação dos estados em até R$ 70 bilhões.
O Índice Bovespa segue aos 108.487,88 pontos muito influenciado às oscilações nos preços de commodities como petróleo e minério de ferro. No gráfico diário, o fechamento de sexta feira se encontra acima da média diária de 21 períodos mas que pode encontrar resistência na média diária de 200 períodos em 11.242,21 pontos.
Indicadores econômicos e eventos
EUA |
Fed de Chicago: Índice de atividade nacional de abril (9h30) |
Presidente do Banco Mundial, David Malpass, participa do evento Gender Data for Decision Making (11h30) |
Presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, discursa em evento no Rotary Club (13h) |
Presidente do Fed de Kansas City, Esther George, discursa no Simpósio de Agricultura do próprio Fed (20h30) |
França |
PIB do 1TRI |
Suíça |
Fórum Econômico Mundial |
Reino Unido |
Presidente do BoE, Andrew Bailey, participa da conferência Oesterreichische National Bank Annual Economic (12h15) |
Japão |
PMI composto preliminar de maio e PMI de serviços (21h30) |
Veja também
- 200 x 0: seca de IPOs no Brasil leva empresas brasileiras a olhar bolsas americanas
- Feriados em 2025: veja todas as datas e planeje sua folga prolongada
- Depois do pânico, bolsa de Tóquio dispara. Mas isso não significa que o mercado se acalmou
- Mercados em pânico: ações desabam mundo afora enquanto cresce o medo de recessão nos EUA
- Expectativa por dinheiro mais barato bomba o Ibovespa – e a renda fixa também