Finanças

Morning Call: bolsas globais aguardam a ata do Fed para definir uma tendência

Os principais fatos que podem impactar os mercados hoje e uma breve análise do índice Bovespa.

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Cenário global: enquanto aguardam a ata do Fed, que pode trazer pistas sobre a possível antecipação da retirada de estímulos monetários, os índices futuros das bolsas de Wall Street operam com viés positivo, assim como as bolsas europeias, após um pregão misto na Ásia, onde a variante delta do coronavírus preocupa mais do que no resto do mundo, impactando a confiança do investidor em relação ao ritmo de retomada da economia global em um cenário de novas cepas. 

Apesar de um leve enfraquecimento agora pela manhã, as bolsas europeias recuperam parte das perdas de ontem. A União Europeia elevou projeção do aumento do PIB da zona do euro de 4,3% para 4,8% em 2021 e, para 2022, de 4,4% para 4,5%. Mas também projetou aumento da inflação na zona do euro de 1,7% para 1,9% em 2021. Por fim, previu que o PIB da zona do euro deve voltar aos níveis pré-pandemia já no quarto trimestre deste ano. Os mercados estão mais calmos, à espera da Ata do FOMC nos Estados Unidos, que sai às 15 horas.

Ásia: na China Continental, índice Xangai composto fechou em alta de 0,66%, aos 3.553,72 pontos; Em Tóquio, Nikkei caiu 0,96%, para 28.366,95 pontos; Em Hong Kong, Hang Seng desvalorizou 0,40%, aos 27.960,62 pontos; em Seul, Kospi cedeu 0,60%, para 3.285,34 pontos; Europa: índice Stoxx 600 opera em alta de 0,54%, aos 458,46 pontos; Bolsa de Frankfurt sobe 0,76%, Londres +0,68%, Paris +0,11% e Madri +0,04%; NY/Pré-mercado: futuro do Dow Jones sobe 0,06%, do S&P 500 +0,13% e do Nasdaq +0,40%; Petróleo: Brent para setembro sobe 1,56%, para US$ 75,69 o barril; WTI para agosto ganha 1,81%, cotado a US$ 74,70 o barril; Ouro para agosto sobe 0,74%, para US$ 1.807,55 a onça-troy.

Brasil: temos pressão no mercado interno, vinda do cenário políticos que vai desde o mal-estar com a proposta da reforma tributária até ruídos causados pela CPI da Covid, soma-se a isso, a expectativa pela ata da mais recente reunião do Federal Reserve (15h), que pode haver nova sinalização para a antecipação do fim dos estímulos nos EUA, o que seria ruim para os emergentes e tenderia a adicionar maior pressão sobre o câmbio. Ontem, o dólar subiu rapidamente para R$ 5,20, refletindo também os riscos políticos que se acumulam. Os investidores ainda não se conformaram com as mudanças do Imposto de Renda na proposta da equipe econômica do governo e a insistência de Guedes em tributar dividendos com alíquota de 20%, enquanto tenta cortar subsídios para reduzir mais o IRPJ.

Ibovespa: com NY adotando um tom de cautela e o ambiente doméstico adicionando desconfiança, o Ibovespa chegou a cair abaixo dos 125 mil pontos, com Vale, Bradespar e Engie na contra-mão do mercado, foram os únicos a ativos a subir no índice, ontem. A crise política, com denúncias sobre vacinas e rachadinhas, não só desgasta o governo como podem atrasar as reformas e isso deixa o mercado mais pesado, com viés negativo. O país ainda tem uma crise hídrica e a tributária para se preocupar. 

O IBOV segue em tendência de alta no longo prazo, porém sinais da correção foram dados e estão em andamento, após encontrar grandes dificuldades de seguir acima dos 130 mil pontos, atual resistência no gráfico e operar abaixo da média móvel curta (21 períodos). O investidor estrangeiro ingressou com R$ 230,93 milhões na B3 em 5 de julho, segunda-feira., mas retirou R$ 222,94 milhões da B3 no acumulado de julho; saldo é positivo em R$ 47,78 bilhões no ano.

Indicadores:
FGV: IGP-DI de junho ( 8h)
IBGE: Vendas no varejo em maio (9h)
EUA / Dpto Trabalho: Relatório Jolts de emprego em maio (11h)
Itália: G20 inicia reunião de ministérios das Finanças e dirigentes de BCs
Bélgica: Comissão Europeia divulga relatório de perspectiva para zona do euro (6h)

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