Finanças
Morning Call: bolsas globais operam mais estáveis, após forte queda de ontem
Os principais fatos que podem impactar os mercados hoje e uma breve análise do índice Bovespa.
Cenário global: os ativos de risco operam mais estáveis hoje, após a forte pressão de queda e aversão ao risco nesta segunda-feira, com investidores preocupados com o avanço da variante delta do coronavírus pelo mundo e os impactos na recuperação econômica. Porém, o viés ainda permanece de proteção e os mercados não demonstram forte disposição na recuperação das perdas de ontem.
As bolsas na Europa operam em alta nesta terça-feira, em um movimento de recuperação do péssimo desempenho ontem, quando o temor da variante Delta do coronavírus dominou os mercados. No front corporativo, o destaque é o banco suíço UBS, que anunciou um salto de 63% no seu lucro trimestral, para US$ 2 bilhões. O papel da instituição há pouco subia 2,96%. Os investidores estão mais calmos em Wall Street, após o susto das bolsas globais ontem. Hoje, no pré-mercado, há um movimento de procura por ativos descontados, mas a volatilidade pode voltar. Em dia de agenda fraca, a expectativa é pelas construções de moradias novas em junho (9h) nos EUA. A IBM, que ontem divulgou seu balanço, sobe 4,01% no pré-mercado da Nyse.
Ásia: na China continental, índice Xangai Composto fechou em queda de 0,1%, aos 3.536,79 pontos; Em Tóquio, índice Nikkei caiu 0,96%, para 27.388,16 pontos; Em Hong Kong, Hang Seng perdeu 0,8%, aos 27.259,25 pontos; em Seul, Kospi desvalorizou 0,3%, para 3.232,70 pontos; Europa: índice Stoxx 600 sobe 0,12%, aos 444,82 pontos; Bolsa de Frankfurt estável (-0,01%), Londres + 0,32%, Paris + 0,37% e Madri +0, 12%; Petróleo: Brent para setembro sobe 0,10%, para US $ 68,69 o barril; WTI para agosto estável (+ 0,02%), cotado a US $ 66,36 o barril; NY / Pré-mercado: futuro do Dow Jones sobe 0,40%, do S&P 500 + 0,, 36% e do Nasdaq + 0,39%.
Brasil: os movimentos do exterior devem continuar influenciando o mercado brasileiro, em meio a um agenda econômica esvaziada no dia e também à ausência de novidades no cenário político. O investidores calibram suas apostas em relação a taxa básica de juros, com grande probabilidade de manutenção do ritmo de alta da Selic em 0,75 ponto percentual em agosto. Ontem, enquanto o Ibovespa perdeu os 125 mil pontos, o dólar saltou para R$ 5,25 e os juros futuros afundaram com a perspectiva de desaceleração da atividade.
Ibovespa: a bolsa brasileira caiu forte ontem com o estrago que a disseminação da variante Delta pode fazer no ritmo da recuperação dos mercados globais. Em dia de agenda fraca e com o parlamento em recesso, o Ibovespa chegou a operar nos 123 mil pontos (123.317,27 na mínima), que não atingia desde maio, acompanhando Wall Street. O índice fechou em queda de 1,24% (124.394,57), com giro de R$ 33 bilhões.
O IBOV segue em tendência de alta no longo prazo, porém um movimento de queda no curto prazo foi consolidado, após encontrar grandes dificuldades de seguir acima dos 130 mil pontos, em seguida romper abaixo dos 124 mil pontos e cruzar abaixo da média móvel curta (21 períodos). O investidor estrangeiros continua a sair da bolsa; em 16 de julho, sexta-feira, houve retirada de R$ 501,72 milhões da B3, no acumulado de junho, saiu R$ 3,87 bilhões na B3; no ano, saldo é positivo em R $ 44,13 bilhões.
Indicadores: |
Brasil: Balanço de Neoenergia, após o fechamento do mercado |
EUA / API: Estoques de petróleo da semana até 16/07 (17h30) |
EUA / Deptº do Comércio: construções de moradias novas em junho (9h) |
EUA: Balanços de Netflix (17h) e United Airlines, após o fechamento do mercado |
Reino Unido: Balanço de Anglo American |
Suíça: Balanço de UBS, antes da abertura do mercado |
Alemanha / Destatis: PPI de junho (3h) |
Japão: BoJ divulga ata da reunião de política monetária de junho (20h50) |