Finanças
Morning Call: bolsas globais respiram, após tensão com a Ômicron
Os principais fatos que podem impactar os mercados hoje e uma breve análise do índice Bovespa.
Cenário global e bolsa de valores
Na agenda de hoje do cenário internacional, o destaque é para o Livro Bege do Fed e novo depoimento de Powell, que deve confirmar no Senado a intenção de acelerar o ritmo do tapering. As bolsas europeias avançam nesta manhã, com os investidores de olho em ações descontadas após as correções recentes com receios de que a Ômicron comprometa a atividade, levantando setores como o de viagens, petróleo e mineração. Entre os indicadores, as vendas no varejo na Alemanha caíram 0,3% em outubro, frustrando as expectativas, que tinha previsão de aumento de +0,9%. Na Zona do Euro, o PMI Industrial subiu a 58,4 em novembro, ante previsão de 58,6.
Na Ásia, nesta quarta-feira, os dados econômicos positivos puxaram as bolsas para fechar os negócios em alta hoje amenizando as preocupações e incertezas com a variante ômicron do coronavírus. Em Tóquio, o índice Nikkei avançou +0,41%, a 27.935,62 pontos após divulgação do PMI Industrial ter mostrado avanço de 43,2 pontos em outubro para 54,5 pontos em novembro, segundo pesquisa divulgada pela IHS Markit. O governo japonês pediu para que as companhias aéreas suspendam reservas de voos internacionais ao país até o fim de dezembro para conter o avanço da ômicron. Em Hong Kong, o Hang Seng teve alta de +0,78%, a 23.658,92 pontos. Na China, Xangai se elevou em +0,36%, a 3.576,89 pontos. No país, o PMI Industrial mostrou queda de 50,6 em outubro para 49,9 pontos em novembro.
Cenário no Brasil
Ficou para hoje a votação da PEC dos precatórios no Senado, como primeiro item da pauta, mas a sessão do plenário só começará depois que a CCJ sabatinar André Mendonça, indicado por Bolsonaro para ministro do STF. A base de apoio está apertada e o relator, Fernando Bezerra, negocia novas concessões para garantir a aprovação. A decisão de ontem à noite da S&P de reafirmar o rating do Brasil (BB-), com perspectiva estável, deve repercutir bem, como uma demonstração de confiança no País, em meio aos riscos fiscais após a flexibilização do teto de gastos.
Ibovespa
O Ibovespa fechou em queda na sexta-feira e segurou por muito pouco o patamar dos 100 mil pontos durante o dia. A declaração do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, ajudou a piorar uma sessão já negativa por conta de receios globais com a variante ômicron. O IBOV caiu 0,87%, a 101.915,45 pontos, com volume financeiro de R$ 43,4 bilhões.
Indicadores econômicos e eventos |
FGV: IPC-S novembro (8h) |
EUA: Relatório ADP (10h15) |
EUA: PMI/Markit industrial (11h45) |
EUA: Índice ISM/Chicago (12h) |
EUA: Estoques de petróleo (12h30) |
BC: Fluxo cambial semanal (14h30) |
Secex: Balança comercial (15h) |
EUA: Livro Bege do Fed (16h) |
Veja também:
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