Finanças
Morning Call: cenário político pode impactar, mas Ibovespa segura os 129.000 pts
Os principais fatos que podem impactar os mercados hoje e uma breve análise do índice Bovespa.
Cenário global: no mercado externo, os índices futuros das bolsas de NY operam com sinal positivo, porém as bolsas europeias oscilam sem direção única. Em Wall Street, os grandes bancos puxam o ritmo, com JP Morgan, Bank of America e Citigroup passando pelo teste de estresse do Fed e das últimas semanas com decisões e declarações sobre política monetária e que impactam diretamente o setor. Na Europa, as empresas do setor de mineração e construção se destacam, após o acordo em Washington sobre o pacote de infraestrutura do governo Biden.
Além disso, o mercado está à espera da divulgação do índice de preços dos gastos com consumo em maio (9h30) americano (PCE), cujo núcleo é o indicador preferido do Federal Reserve para avaliar a evolução. Apesar dos receios, os investidores estão majoritariamente confiando no diagnóstico mais dovish de alguns membros do Fed, que consideram a alta dos preços transitória. Hoje, a Alemanha divulgou que o índice GFK de confiança do consumidor para julho subiu de -6,9 para -0,3; previsão era de -4.
Europa: índice Stoxx 600 opera em queda de 0,04%, aos 456,86 pontos; Bolsa de Frankfurt recua 0,11%, Londres sobe 0,07%, Paris -0,18% e Madri -0,31%; NY/Pré-mercado: futuro do Dow Jones sobe 0,26%, do S&P 500 +0,08% e do Nasdaq +0,16%; Petróleo: Brent para agosto cai 0,33%, para US$ 75,31 o barril; WTI para o mesmo mês recua 0,41%, cotado a US$ 73,00 o barril; Ouro para agosto sobe 0,32%, cotado a US$ 1.782,40 a onça-troy; Ásia: na China Continental, índice Xangai Composto fechou em alta de 1,15%, aos 3.607,56 pontos; Em Tóquio, Nikkei subiu 0,66%, para 29.066,18 pontos; Em Hong Kong, Hang Seng valorizou 1,40%, aos 29.288,22 pontos; em Seul, Kospi ganhou 0,51%, para 3.302,84 pontos.
Brasil: ainda não há um consenso sobre a dose de alta da Selic na próxima reunião do Copom, em agosto, nem em relação ao tamanho deste novo ciclo de alta do juro. No cenário político, a CPI da Covid ganha novo capítulo hoje e aumenta a tensão entre os poderes, com o depoimento dos irmãos Miranda, que denunciaram suposto esquema de corrupção na compra da Covaxin. Mas a tensão política, apesar da sua importância, ainda não impactaram o mercado que segue com viés positivo na expectativa de retomada das atividades econômicas e crescimento. Como de costume, o foco do dia continua com a Inflação nos EUA, com o PCE (9h30), e no Brasil, com o IPCA-15 (9h), que podem ajustar as expectativas para os juros lá e aqui. Com a meta de inflação de 2024 reduzida para 3%, o Banco Central demonstra muita confiança na condução da sua política monetária.
Ibovespa: com dados positivos da economia americana ajudando as bolsas de Wall Street, o Ibovespa teve gás para voltar e segurar os 129 mil pontos, subindo 0,85%, com volume de R $ 32 bilhões. O índice contou com forte ajuda de Petrobras, dos bancos e do setor de siderurgia, que se destacou com a perspectiva de aumento da demanda global por aço e commodities a partir do pacote bilionário americano que será destinado para a infraestrutura do país. O IBOV segue em tendência de alta no curto e longo prazo, porém sinais de uma possível correção foram dados, após encontrar grandes dificuldades de seguir acima dos 130 mil pontos, atual resistência no gráfico. No acumulado de junho, estrangeiro ingressou com R $ 14,08 bilhões na B3; no ano, saldo é positivo em R $ 45,46 bilhões.
Indicadores: |
STF retoma julgamento sobre autonomia do BC |
Governo deve anunciar prorrogação do auxílio emergencial até outubro |
Fipe: IPC da 3ª quadrissemana de junho (5h) |
FGV: Confiança da construção e INCC-M de junho (8h) |
IBGE: IPCA-15 de junho (9h) |
Paulo Guedes apresenta segunda fase da reforma tributária ao Congresso (9h30) |
CPI da Covid: o deputado federal Luis Claudio Fernandes Miranda e o servidor Luis Ricardo Fernandes Miranda prestam depoimento (14h) |
EUA/Baker Hughes: poços de petróleo em operação (14h) |
EUA: Índice de preços dos gastos com consumo em maio (9h30) |
EUA/Universidade de Michigan: índice de sentimento do consumidor final de junho (11h) |