Finanças
Morning Call: commodities e dados da atividade puxam bolsas globais
Os principais fatos que podem impactar os mercados hoje, os destaques de ontem e uma breve análise do índice Bovespa.
Destaques (José Falcão Castro):
- O mercado americano abre o dia acompanhando as projeções que indicavam a vitória dos democratas no início da madrugada para conquistar as duas cadeiras ao Senado no 2º turno na Geórgia e assumiria o comando do Congresso, que tem sessão às 15h para certificar a vitória de Biden. Com maioria nas duas casas, os mercados devem precificar hoje medidas mais expansionistas do novo governo americano e investidores se preocupam com o lado fiscal desta política;
- No pré-mercado de NY, Nasdaq (-2,05%) despenca com expectativa de que os democratas vão tomar o controle do Senado, o que implica mais imposto e regulação; Big techs pesam no S&P 500, que recua 0,31%, mas avanço das petroleiras virou há pouco o Dow Jones, que sobe 0,28%;
- As big techs caem forte no pré-mercado: Apple (-1,90)%, Amazon (-1,95%), Microsoft (-1,85%), Facebook (-2,70%), Alphabet (Google) -2,30%;
- Em Londres, o petróleo do tipo Brent sobe mais 1,31% e vai a US$ 54,30 por barril, após anúncio-surpresa de corte da produção saudita, ontem;
- Bolsas europeias avançam depois da divulgação dos PMIs de serviços e composto; Frankfurt sobe 0,88%, Londres (+2,24%) com commodities, Paris (+0,82%), Madri (+1,59%), Milão (+1,36%), Lisboa (+2,46%);
- Mais cedo, bolsas da Ásia fecharam mistas, de olho na apuração na Geórgia: Nikkei (-0,38%), Xangai subiu 0,63%, Hong Kong (+0,15%).
Análise Gráfica – IBOV:
- IBOV segue em tendência de alta, testando e tentando romper o nível dos 120 mil pontos. Porém, após os fortes movimentos de alta, iniciados em novembro, a qualquer momento o índice poderá sofrer correções naturais e mais acentuadas até o nível dos 115 mil pontos, antes de dar continuidade ao movimento de alta atual.
Cenário global e bolsa brasileira ontem (Murilo Breder):
- Salvos pelo petróleo. O dia caminhava para ser negativo já que a pressão vendedora de curto prazo com o coronavírus continua, mas graças ao desempenho das ações da Petrobras (PETR3, PETR4), da Vale (VALE3) e bancos, o Ibovespa virou e fechou em alta de +0,44%, em 119.376 pontos;
- No radar macroeconômico os investidores seguem atentos às eleições para o Senado americano no estado da Georgia. O resultado é fundamental para saber se o partido Republicano continuará a deter o controle do Senado agora que os democratas confirmaram a presidência da Câmara;
- Ainda no cenário internacional, a Alemanha também chegou em um acordo para prorrogar o lockdown até dia 31 de janeiro;
- Por aqui, o destaque é para a fala do presidente Bolsonaro. O presidente afirmou nesta terça-feira (5) que o Brasil está ”quebrado”. Para apoiadores, ele disse que não “consegue fazer nada” e citou como exemplo as mudanças na tabela do Imposto de Renda;
- No cenário corporativo, o petróleo tipo Brent disparou 5% e as ações da Petrobras tiveram o sétimo dia consecutivo de alta após a Opep chegar a um acordo para reduzir a oferta de petróleo no mês que vem;
- No caso da Vale, os futuros do minério de ferro na China avançaram pela terceira sessão consecutiva nesta terça-feira e tocaram o maior nível em uma semana, em meio a preocupações sobre um aperto na oferta que pressionou os preços spot da matéria-prima do aço para acima de US$ 160 por tonelada;
- Por fim, destaque para as ações da WEG (WEGE3, +6,1%). Maior alta do Ibovespa nesta terça e sem nenhuma grande notícia envolvendo a companhia, a interpretação é de que o mercado deu um respiro na rotação de setores. A empresa vinha sofrendo nas últimas semanas a ponto de perder o posto de maior valorização de 2020 para a CSN no final do ano.
Indicadores |
Brasil: |
PMI Composto do Brasil (10h) |
BC leiloa 16 mil contratos de swap (US$ 800 mi) (11h30) |
BC: fluxo cambial semanal |
EUA: |
PMI Composto (11h45) |
ADP: relatório de emprego em dezembro (10h15) |
Deptº do Comércio: encomendas à indústria (12h) |
DoE: estoques de petróleo (12h30) |
Fed divulga ata da reunião de política monetária (16h) |
Europa: |
PMI Composto do Reino Unido (6h30), zona do euro (6h) e Alemanha (5h55) |
Zona do euro/Eurostat: PPI de novembro (7h) |
* Esse é um conteúdo de análise de um especialista de investimentos da Easynvest, sem cunho jornalístico.