Finanças
Morning Call: Europa abre em clima de alívio nesta terça-feira
Resumo: os principais fatos que podem impactar os mercados e uma breve análise do nosso índice Bovespa.
Cenário Global e de Bolsa de Valores
O mercado acionário chinês fechou em baixa nesta terça-feira depois de atingirem mínimas de dois anos na sessão anterior, uma vez que o aumento de casos de coronavírus em Pequim prejudica as perspectivas de crescimento da economia.
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, caiu 0,81% no dia, e o índice de Xangai recuou 1,44%.
Na zona do euro, as ações europeias tiveram algum alívio nesta terça-feira após os balanços de empresas como do banco suíço UBS e da gigante Maersk. O UBS acelerava 1,8% depois de informar seu melhor lucro líquido para o primeiro trimestre em 15 anos, em um forte contraste com as quedas de lucros em pares dos EUA vistas neste mês. Já a Maersk saltava 5,6% depois de elevar sua projeção para o ano devido a altas taxas de frete de contêineres.
Já no cenário norte-americano, Wall Street subiu na segunda-feira, e o índice de tecnologia Nasdaq encerrou em forte alta, depois que o Twitter concordou em ser comprado pelo bilionário Elon Musk, o que causou um rali de fim de pregão para as ações de crescimento.
Na abertura, Londres operava em alta de +0,84%; Frankfurt, +1,22%; Paris, +1,07% e Madrid, +0,22%. Já os futuros americanos: Dow Jones (-0,34%), S&P 500 (-0,38%), Nasdaq (-0,37%); Petróleo: Brent a USD 102,56 (+0,37%); WTI a USD 102,90 (+0,08%); Ouro: +0,05%; USD 1.905,95 a onça-troy.
Cenário no Brasil e Ibovespa
No cenário doméstico, o Banco Central retoma a divulgação do relatório Focus, publicado pela última vez em 28 de março. Ainda pela manhã, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, participa a partir das 10h de sessão solene do Congresso para comemorar os 105 anos do nascimento de Roberto Campos.
O dólar voltou a registrar firme alta contra o real, fechando nesta segunda-feira no maior patamar em mais de um mês. A moeda subiu 1,46%, a R$ 4,876. É o maior fechamento desde 22 de março.
O principal índice da bolsa brasileira registrou recuo nesta segunda-feira, embora tenha reduzido grande parte das perdas à tarde com melhora em Wall Street. Temores sobre um potencial lockdown em Pequim e cautela com a política monetária norte-americana serviram de contrapeso.
O Ibovespa encerrou o dia em leve queda de 0,35%, a 110.684,95 pontos, após um pregão de alta volatilidade. O volume financeiro foi de R$ 26,3 bilhões.
Do ponto de vista técnico de longo prazo, com o domínio da força vendedora da última semana, o Ibovespa fechou abaixo da importante região de suporte da média móvel exponencial de 55 períodos, aos 112.700 pontos, o que não demonstra um cenário interessante para uma continuidade altista. O afastamento das médias (9 e 21 períodos), agora do ponto de vista baixista, pode trazer um movimento de retorno às médias essa semana, conhecido na análise técnica como repique. Para o principal índice da B3 iniciar a reversão de movimento, é crucial encerrar esta semana acima dos 114.200 pontos.
No curto prazo o IBOV tem resistência entre os pontos 114.365 e 114.480. Para romper essas regiões, é necessário aumento de volume negociado para confirmar o movimento.
Indicadores econômicos e eventos
BRA
14:00 – Receita Tributária Federal
EUA
09:30 – Núcleo de Pedidos de Bens Duráveis (Mensal) (Mar)
11:00 – Confiança do Consumidor CB (Abr)
11:00 – Venda de Casas Novas (Mar)
17:30 – Estoques de Petróleo Bruto Semanal API