Finanças
Morning Call: explosão de casos da ômicron não compromete rali em NY
Os principais fatos que podem impactar os mercados hoje e uma breve análise do índice Bovespa.
Cenário global de bolsa de valores
O ano termina com explosão de casos da ômicron na Europa e nos Estados Unidos, mas sem comprometer o rali em NY, onde o S&P 500 e o Dow Jones renovaram recordes de fechamento. No cenário global hoje, os índices futuros americanos operam estáveis, na Ásia, as bolsas têm resultados mistos, e na Europa as bolsas se mantêm próximas da estabilidade em meio a preocupações com avanço da Covid. Na Ásia, o Nikkei (Japão), -0,4%, Shanghai SE (China), +0,62%, Hang Seng Index (Hong Kong), +0,11%, Kospi (Coreia do Sul), -0,52%.
Na Europa, os mercados operam estáveis. O índice Euro Stoxx 600, que reúne as ações de 600 empresas de todos os principais setores de 17 países europeus, avança 0,27%. O FTSE, do Reino Unido, e o Dax, da Alemanha, apontam para ganhos de 15% no ano, enquanto que o francês CAC aponta para um ganho de quase 30%. Na quarta-feira, o S&P 500 em NY avançou 0,14%, fechando pela 70ª vez em um patamar recorde. O Dow Jones avançou 0,25%, em sua sexta sessão positiva consecutiva, fechando também em recorde; e o Nasdaq perdeu 0,1%. O número de novos casos da Covid subiu para uma média de 265 mil por dia nos EUA, impulsionados pela variante Ômicron do coronavírus. Na quarta-feira, a Organização Mundial de Saúde alertou que novas variantes de Covid podem emergir durante a pandemia que sejam “plenamente resistentes às atuais vacinas ou após outras infecções”. Ações do setor aéreo recuaram em meio a preocupações com a propagação da Covid. Mas várias ações ligadas a consumo fecharam em níveis recordes, incluindo Domino’s Pizza, Proctor & Gamble e McDonald’s.
Cenário no Brasil
No Brasil, a pressão dos servidores por reajustes salariais somou-se à inflação do IGP-M acima do esperado para deprimir a bolsa e puxar o dólar e os juros futuros. A boa surpresa com o superávit do Governo Central não evitou a piora na percepção de risco fiscal. Hoje, último pregão de 2021, serão divulgados o resultado do setor público consolidado (9h30) e a bandeira tarifária da Aneel para janeiro.
Ibovespa
O Ibovespa fechou em queda, a segunda consecutiva, atrás das principais bolsas dos Estados Unidos e da Europa. A sessão foi novamente de volume reduzido por conta dos feriados de final de ano. O crescimento dos casos de Covid-19 pelo mundo em meio à propagação da variante Ômicron e a pressão de servidores por reajustes salariais no Brasil estiveram no radar do mercado. O IBOV segue em uma tendência de baixa no longo prazo ao cruzar abaixo da média móvel de 200 períodos e formar topos e fundos descendentes. Qualquer movimento positivo neste momento será considerado um repique de alta, dentro da tendência principal de baixa, portanto é necessário mais tempo e mais confirmações para reverter esta tendência. Porém, ao se manter acima do nível dos 100 mil pontos, é um sinal positivo para que seja formado um fundo neste preço e iniciar uma consolidação acima deste.
Indicadores econômicos e eventos |
Aneel divulga bandeira tarifária de janeiro |
BC: Setor público consolidado em novembro (9h30) |
EUA: Pedidos de auxílio-desemprego devem ficar estáveis (10h30) |
EUA: PMI/ISM de Chicago |
EUA: Dados da Baker Hughes de poços e plataformas de petróleo em atividade (15h) |
China: PMI industrial e de serviços de dezembro (22h) |