Finanças

Morning Call: flexibilizações contra covid ajudam bolsas na Ásia mas futuros dos EUA caem

Mesmo com novas medidas de flexibilização contra covid na China, os mercados na Europa seguem tensos pelo teto sobre o petróleo russo e nos EUA os contratos futuros dos índices começam a semana em queda à medida que a última reunião do Fed no ano se aproxima.

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Após a divulgação do Payroll na semana passada, os mercados aguardam com muita atenção a reunião do Fed que acontecerá em 13 e 14 de dezembro enquanto notícias de flexibilizações de medidas restritivas na China impulsionam as bolsas asiáticas.

Na Ásia, a decisão de novas flexibilizações das medidas de restrição anunciadas no domingo (4) após os protestos em território nacional ajudaram os mercados locais. No encerramento do dia, as bolsas mais impulsionadas foram da China com alta de 4,51% no índice Hang Seng e 1,76% em Shanghai enquanto o Nikkei teve alta de 0,15%, avanço de 0,07% do Taiex e o Kospi registrou queda de 0,62%.

Na Europa, a maioria das bolsas opera em queda, reagindo aos Índices de Gerentes de Compras, o PMI. Em novembro, o PMI de serviços da Alemanha caiu de 46,5 pontos para 46,1, abaixo das expectativas de mercado. O PMI de serviços do Reino Unido se manteve em 48,8 pontos enquanto o índice composto caiu de 48,6 pontos para 48,5.

Os países membros da OPEP+ decidiram, durante o fim de semana em reunião, manter as metas de produção diária de barris até o fim de 2023. Enquanto isso, a União Europeia formalizou o teto de US$ 60 por barril do petróleo russo que já contava com a adesão de países do G7. A Rússia se pronunciou contrária à decisão e disse que não fornecerá petróleo aos países que aderirem ao teto. O barril do petróleo Brent, que já vinha em queda desde março quando atingiu um nível próximo dos US$ 130 teve uma desvalorização de mais de 30% no período, mas apresentava uma alta de 2,36% na segunda-feira (5) aos US$ 87,58.

Pré-mercados dos EUA

Os contratos futuros dos principais índices dos EUA sugerem que o mercado pode estender as perdas de 0,12% registradas na sexta-feira (2) do S&P 500 ao registrarem queda de 0,32% nos contratos do Dow Jones, recuo de 0,30% do S&P 500 e baixa de 0,16% no índice Nasdaq no começo do dia.

Os investidores devem ter uma cautela maior em dezembro já que acontecem as reuniões de decisão de taxa de juros do Fed nos dias 13 e 14. O resultado, divulgado apenas no dia 14, acontece um dia após a divulgação do CPI, índice de preços ao consumidor dos EUA referente a novembro.

Na semana passada o mercado acreditava em uma taxa terminal de juros no intervalo entre 4,75% e 5% mas após os ajustes do últimos dias da semana passada, os investidores sugerem a volta da taxa terminal entre 5% e 5,25% implícita na curva de juros do país.

Mais uma semana de PEC em destaque

A PEC da transição segue em pauta na quarta-feira (7) mesmo estando em tramitação na Comissão de Constituição e Justica. Ainda devem acontecer negociações quanto ao período em que a PEC teria vigor e ao valor total, uma vez que o próprio líder do PT na Câmara, Reginaldo Lopes (MG) disse que que o valor mínimo a ser excepcionalizado é de R$150 bilhões, R$ 48 bilhões a menos que a proposta original, e vigência por 2 anos poderia ser um caminho caso não haja consenso entre os parlamentares.

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