Finanças
Morning Call: IBOV começa a semana com viés positivo, se política não atrapalhar
Os principais fatos que podem impactar os mercados hoje e uma breve análise do índice Bovespa.
Destaques:
- A entrevista otimista da presidente da câmara dos EUA, Nancy Pelosi, sobre aprovação de pacote de socorro antes da eleição presidencial, faz o pré-mercado em NY abrir a semana em alta; porém, o acordo entre democratas e a Casa Branca precisa ser fechado em 48 hora para que possa vigorar antes de 3 de novembro; há instantes, o S&P 500 futuro subia em torno de 0,75%;
- Na Europa, pressionados por segunda onda de covid, mas com balanços positivos das empresas europeias, as bolsas operam mistas; Frankfurt (+0,08%), Londres (-0,30%), Paris (+0,32%); no Brasil, apesar da pressão do Senado, Guedes e Maia negaram a prorrogação do auxílio emergencial por mais três meses. Para o ministro, “seria melhor voltar ao Bolsa Família do que tentar fazer um movimento insustentável”;
- Na Ásia, o PIB chinês veio abaixo da expectativa no terceiro trimestre: alta anual de 4,9% (previsão era de +5,3%); produção industrial avança 6,9% em setembro (acima da estimativa de 5,8%); vendas no varejo crescem 3,3% em setembro; mais cedo, nas bolsas asiáticas, a decepção com PIB chinês derrubou Xangai (-0,71%), mas as demais subiram com esperança do pacote fiscal americano: Nikkei (+1,11)%, Hong Hong (+0,64%), Seul (+0,22%).
Cenário global e bolsa brasileira na semana passada:
- No final da semana passada, sem definições em torno do pacote fiscal americano, deu margem para o pessimismo com medo do vírus, cujos casos de infectados superaram os 8 milhões nos EUA sexta-feira e por isso foi adotado cautela adicional antes do fim de semana. O S&P 500 fechou a semana próximo da estabilidade (+0,19%);
- Aqui, o Ibovespa foi na contramão dos mercados externos, surpreendendo positivamente, apesar da taxa de desemprego subir para 14,4% em setembro e a desaceleração do IBC-Br (+1,06%);
- As eleições municipais também atrasam as reformas que podem aliviar a situação fiscal. O fracasso no leilão das LFTs de prazo mais curto, na 5ªF, amplia os alertas para a crise da dívida pública; basicamente o Tesouro Nacional está com dificuldades de buscar financiamentos com uma taxa de juros baixa e risco fiscal alto;
- Porém o clima político melhorou e a bolsa brasileira respondem bem com menos ruídos; na semana, o Ibovespa subiu 0,85%, aos 98.309 pontos;
Análise Gráfica – IBOV:
- No gráfico semanal do Índice Bovespa, o IBOV fechou a segunda semana consecutiva de alta. O viés do IBOV, de curto prazo, ficou positivos ao conseguir se segurar próximo dos 99 mil pontos em uma semana mais difícil para os mercados globais. No contexto de padrão gráfico, o IBOV está consolidando ainda mais o fundo formado no dia 29 de setembro aos 93.400 pontos e ao conseguir romper o nível dos 98.300 segue para testar os 100 mil pontos, novamente;
- Para consolidar ainda mais este movimento de recuperação, o índice conseguiu fechar pelo sexto pregão consecutivo acima das médias móveis de curto e longo prazo (21 e 200 períodos);
- Se a bolsa brasileira for contaminada por movimentos externos, seria natural uma correção até a média móvel (97.000), nos próximos dias, antes de tentar buscar o nível dos 100 mil pontos;
- Suporte: 93.400 (mínima de 29 de setembro)
- Resistência: 98.300 (média móvel de 21 períodos)
Indicadores |
Brasil: |
Boletim Focus |
Balança Comercial Semanal |
Monitor do PIB (FGV) |
IPC-S Capitais Q2 (FGV) |
Balanços: Neoenergia, Indústrias Romi (20/10); WEG (21/10); Hypera Pharma (23/10). |
EUA: |
Balanço: IBM (após o fechamento) |
* Esse é um conteúdo de análise de um especialista de investimentos da Easynvest, sem cunho jornalístico.