Finanças

Morning Call: IGP-DI tem deflação maior do que projeções; payroll é aguardado

IGP-DI rem queda maior do que o esperado e registra -0,38% em julho. Retração no preço das commodities ajudam o índice e relatório de empregos dos EUA pode ter números menores de empregados

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Ásia encerra a sexta feira em alta enquanto Europa tem leves quedas

Os mercados na Ásia tiveram o última dia de pregão com ganhos para reduzir as perdas no início da semana pela tensão entre EUA e China envolvendo Taiwan. O índice japonês Nikkei encerrou o dia com +0,87%, Shanghai na China: 1,19%, Hang Seng em Hong Kong: +0,14%, Kospi na Coreia do Sul: +0,72% e Taiex em Taiwan: +2,27%.

Os mercados na Europa, mesmo em plena temporada de balanços, têm quedas após a maior alta na taxa de juros pelo Banco Central da Inglaterra em 27 anos que passou de 1,25% para 1,75%. O Banco Central da Inglaterra também projetou uma inflação de mais de 13% em outubro de acordo com suas projeções, que deve causar uma recessão no país. O índice alemão DAX operava com -0,12%, FTSE do Reino Unido: -0,19%, CAC da França: -0,58% e o Euro Stoxx: -0,44%

Os indicadores internacionais mais aguardados hoje são a taxa de desemprego de julho e o payroll de julho, ambos dos EUA. O payroll indica a variação nas pessoas empregadas em empresas dos setores não-agrícolas no mês de referência e que serve como base para o Fed entender como o mercado de trabalho dos EUA tem se comportado.

A expetativa do mercado é de uma redução dos 372 mil novos empregos de junho para 250 mil em julho. A diminuição não indica necessariamente que os EUA caminham para uma recessão uma vez que há relatos de números mais baixos de novos empregos são resultados da falta de mão de obra disponível no mercado de trabalho.

IGP-DI tem deflação maior que projeção com influência do IPC

A Fundação Getúlio Vargas divulgou o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) referente a julho com uma queda de 0,38% após a alta de 0,62% de junho. O resultado foi uma deflação mais forte que a queda de 0,15% esperada pelo mercado.

A FGV explicou que as quedas de grandes commodities como minério de ferro (-12,94%), soja (-2,27%) e milho (-4,98%) impulsionaram a desaceleração do índice assim como as quedas em gasolina (-14,24%) e energia elétrica (-5,13%). Entre os maiores destaques de alta estão óleo diesel (+7,59%), leite in natura (+14,37%) e leite longa vida (+22,11%).

Os recentes índices de preços vêm indicando que além da contribuição do corte de ICMS sobre itens essenciais, a queda em commodities ajudaram a registrar a desaceleração da inflação em julho. Essa percepção ajudou com a queda das taxas da curva de juros ontem que ajuda a explica o bom desempenho da bolsa brasileira.

Fonte: elaboração própria com dados da B3

Indicadores e eventos

09:30EUAPayroll de julho
10:00BRAProdução e venda de veículos em julho
14:00EUABaker Hughes: poços e plataformas de petróleo em operação na semana
16:00EUACrédito ao Consumidor em junho

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