Finanças

Morning Call: inflação americana continua no radar, após forte queda das bolsas

Os principais fatos que podem impactar os mercados hoje e uma breve análise do índice Bovespa.

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Brasil: hoje, o cenário político brasileiro continua agitado em Brasília, com o depoimento do CEO da Pfizer para a CPI da Covid, enquanto o STF retoma à tarde o julgamento do ICMS e PIS/Cofins, que pode gerar obrigações bilionárias ao governo e agravar ainda mais a situação das contas públicas em um momento muito delicado. Na B3, o dia segue com uma bateria de balanços referente ao primeiro trimestre, com Petrobras após o fechamento. Na agenda de indicadores econômicos, o IBC-Br pode levar a revisões das projeções para o PIB, se surpreender, como os dados dos serviços em março. Segundo o Datafolha: Lula lidera corrida eleitoral de 2022 e marca 55% contra Bolsonaro no 2º turno. Pelo visto, teremos dias voláteis no próximo ano, com o país ainda mais polarizado.

Cenário global: mas os mercados têm como maior preocupação o cenário externo. Após a surpresa com a inflação ao consumidor bem acima das expectativas, os EUA divulga hoje o índice de preços ao produtor (PPI), que pode reforçar a aversão ao risco que afetou as bolsas de Nova York e os emergentes no pregão de ontem, foi um verdadeiro banho de sangue. As bolsas europeias operam em forte queda hoje, seguindo o pré-mercado em NY. 

Ásia: bolsas fecham em baixa, refletindo NY, com temor de alta de juros; Europa: índice Stoxx 600 cai 1,33%, aos 432,10 pontos; EUA/Pré-mercado: futuro de Dow Jones cai 0,52%, do S&P 500 -0,35% e do Nasdaq -0,33%; Treasuries: yield da T-note de 10 anos sobe a 1,70%Petróleo: Brent cai 2,73%, para US$ 67,43 o barril; Ouro cai 0,69%, para US$ 1.810,35 a onça-troy.

Ibovespa: seguindo os  mercados americanos, o Ibovespa perdeu três mil pontos no pregão de ontem, da máxima de 122.963,96 às mínimas do fechamento, em queda de 2,65%, aos 119 ,710,03 pontos, com giro forte de R$ 49,4 bilhões, com apenas cinco ações fechando no positivo. Apesar do forte movimento de queda e com volume acima da média, o IBOV precisará romper o nível dos 117.600 pontos para reverter a sua tendência de alta e poderá voltar para dentro de uma congestão (movimento lateral). O nível de 122 mil pontos formado em 11 de janeiro, se firma como resistência forte a ser superada. 

Indicadores
Brasil:
BC: IBC-Br de março e do 1TRI (9h)
CPI da Covid: depoimentos da presidente e do ex-presidente da Pfizer no Brasil, Marta Díez e Carlos Murillo
Balanços de Bradespar, CPFL, Cyrela, Ecorodovias, Energisa, IRB Brasil, Magazine Luiza, Petrobras, Qualicorp, Rumo, Sabesp, Ânima Educação, Grupo Soma, Arezzo, Alliar, C&A, Centauro, Cury, Grupo Mateus e Lavvi
EUA
Dpto Trabalho: Pedidos de auxílio-desemprego da semana até 8 de maio e PPI de abril (9h30)
Balanço de Walt Disney

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