Finanças

Morning Call: mercados globais estendem os ganhos no começo do dia

Mesmo com o Índice de Preços ao Produtor no bloco europeu atingindo novos picos e o alerta de um míssil norte-coreano em espaço japonês, os investidores não se desanimam no começo desta terça-feira e as bolsas continuam a avançar.

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Os mercados globais seguem seu ritmo positivo no começo desta terça-feira (04) estendendo os ganhos de segunda-feira (03). Um exemplo disso são os principais índices asiáticos que, mesmo sob acionamento do alerta japonês para um míssil norte-coreano que invadiu o território japonês caindo no Oceano Pacífico, conseguiram encerrar o dia com ganhos de até 2,96%, como no caso do índice japonês Nikkei. O indiano BSE registrava alta de 2,25%, o Taiex avançou 2,08% e o sul-coreano KOSPI teve alta de 2,50%. Em Hang Seng e Shanghai não houve pregão devido ao feriado nacional.

Na Europa o sentimento de menor aversão ao risco é parecido e mesmo com a divulgação do Índice de Preços ao Produtor da zona do Euro subindo 5% em agosto e registrando alta de 43,3% em 12 meses, não pareceu abalar os investidores já que os principais índices subiam até 3,36% no começo do dia. O índice DAX registrava ganhos de 2,87%, o FTSE subia 1,85%, o CAC avançava 3,29%, o IBEX registrava alta de 2,49% e o Euro Stoxx avançava 3,36%.

Mudança de humor ou correção das quedas?

Uma parte do desempenho positivo dos mercados hoje poderiam ser justificados pela notícia da elevação da taxa de juros australiana pelo seu banco central em 0,25 ponto percentual, surpreendendo o mercado que esperava uma alta de 0,50 ponto percentual. A autoridade monetária do país informou que seguirá acompanhando o cenário inflacionário, mas que a alta dos 2,35% para 2,60% deve trazer a inflação para a meta do banco central.

Enquanto uma mudança geral no tom dos principais bancos centrais do mundo ainda não está no radar, é natural tratar os bons números na semana como correção natural após vários dias de quedas nos principais ativos de risco. Isso porque a inflação continua pressionada nos EUA, que não têm visto o efeito da alta dos juros da maneira que o Fed deseja nos mercados de trabalho e imobiliário do país, e na zona do Euro as pressões inflacionárias continuam a subir à medida que a necessidade de uma sequência de altas de juros mais fortes pelo Banco Central Europeu continua no radar.

Pré mercados nos EUA e petróleo

Os contratos futuros dos principais índices norte-americanos sobem nesta manhã com alta de 1,3% do Dow Jones, avanço de 1,61% no S&P 500 e ganhos de 2% no Nasdaq. Hoje a divulgação da oferta de empregos JOLTs dos EUA às 11:00, que indica as vagas de trabalho em aberto no país nas áreas da indústria, comercial e escritório, podem mostrar 10,7 milhões de vagas de acordo com a expectativa de mercado funcionando como um termômetro dos setores. E na sexta-feira (07) os dados do Payroll do governo norte-americano devem ter grande influência nos mercados.

Entre as commodities, o petróleo fica em destaque com a alta de 1,71% no barril do tipo Brent na expectativa que a reunião da OPEP+ deva levar a um corte na produção em mais de 1 milhão de barris por dia na produção prevista para novembro como forma de regular a oferta do petróleo e evitar que os preços continuem a cair. A reunião deve acontecer na quarta-feira (05) e as expectativas dos mercados que levam a um aumento de preços, aliadas ao otimismo de mercado, tem capacidade de influenciar as ações da Petrobras e consequentemente ao IBOV a manterem o fôlego depois da alta de mais de 5% no índice na segunda-feira (05).

Agenda do dia

  • China: Feriado na China mantém bolsas fechadas;
  • Zona do Euro (06:00): IPP sobe 5% em agosto;
  • EUA (11:00): Relatório de emprego JOLTs;
  • EUA (11:00): Encomendas à Indústria de agosto;
  • EUA (17:30): Estoques de petróleo.

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