Finanças
Morning Call: o dia mais esperado do semestre
Os principais fatos que podem impactar os mercados hoje e uma breve análise do índice Bovespa.
Destaques:
- Hoje, um dos dias mais aguardados do semestre para os mercados, com eleição presidencial nos EUA e as pesquisas indicam vantagem de Biden, mas não podemos dizer que a eleição está definida;
- Ontem, feriado no Brasil, mas os mercados internacionais funcionaram normalmente. As bolsas de NY e europeias fecharam em alta consistente, já precificando uma vitória presidencial e no Senado, dos democratas; além disso, as bolsas globais foram puxadas pelo bom PMI Industrial da China, que subiu a 53,6 em outubro, maior nível desde janeiro de 2011, o PMI Industrial dos Estados Unidos, que foi a 53,4 em outubro, o maior valor desde janeiro de 2019 e na Zona do Euro subiu de 53,7 em setembro para 54,8 em outubro;
- O pré-mercado de NY e as bolsas da Europa estendem os ganhos de ontem em dia de eleição histórica nos EUA; S&P 500 (+1,38%), Frankfurt (+1,71%), Londres (+1,65%), Paris (+1,98%);
- Mas nem tudo está tranquilo, em caso de derrota dos republicanos, o grande receio é de uma judicialização do processo eleitoral, com a intenção de Trump em contestar o resultado;
- Aqui, a semana começa com a ata do Copom (8h), balanço do Itaú (após o fechamento), votação da autonomia do Banco Central (16h) e os ruídos políticos continuam. Em mais um duro recado, Rodrigo Maia alertou para o risco de que as disputas políticas atrasarem a agenda de reformas, em entrevista ontem.
Cenário global e bolsa brasileira na semana passada:
- As bolsas nos Estados Unidos fecharam em baixa, no pior resultado semanal desde março. Isso depois que as grandes companhias de tecnologia apresentaram resultados abaixo das expectativas;
- Quem puxou a fila da queda foi a Apple (-5,57%), Amazon (-5,39%), Netflix (-5,64%) e Facebook (-6,08%). Mas a Alphabet (Google) (+3,82%) foi a exceção, com promessas de novidades e números acima do esperado em seu balanço;
- A bolsa brasileira novamente foi na onda americana, com o destaque negativo de que a taxa de desemprego subiu a 14,4% no trimestre de junho a agosto (acima da mediana de 14,2%), a maior da série histórica iniciada em 2012;
- O Ibovespa perdeu os 94 mil pontos e fechou em queda de 2,72%, aos 93.952,40 pontos, com bom giro financeiro de R$ 32,9 bilhões. O índice recuou 7,22% na semana e caiu 0,69% em outubro. No ano, a perda é de 18,76%. Nos melhores dias de outubro, o Ibovespa chegou a ter valorização acumulada superior a 7%.
Análise Gráfica – IBOV:
- No gráfico diário, o índice Bovespa quebrou completamente o padrão gráfico anterior de alta, ao romper o suporte de 97.700 pontos;
- O viés ficou negativo, é preciso esperar os próximos movimentos de confirmação e toda atenção será necessária!
Indicadores |
Brasil: |
Ata do Copom (Banco Central) |
Boletim Focus (Banco Central) |
Índice de Confiança Empresarial (FGV) |
IPC-S Q4 (FGV) |
PMI Industrial (Markit/HSBC) |
Vendas de veículos (Fenabrave) |
Balanço: Duratex, BB Seguridade, Porto Seguro (antes da abertura); Itaú Unibanco, Marcopolo, Minerva, Petro Rio, TIM, IRB Brasil (após o fechamento) |
EUA: |
Eleição presidencial |
Encomendas à indústria (Departamento do Comércio) |
Estoques de petróleo (API) |
Ásia: |
China: PMI Composto e de Serviços (Markit) |
Feriado no Japão mantém mercados fechados |
* Esse é um conteúdo de análise de um especialista de investimentos da Easynvest, sem cunho jornalístico.