Finanças
Morning Call: ômicron é página virada? Que venha o rali de final de ano
Os principais fatos que podem impactar os mercados hoje e uma breve análise do índice Bovespa.
Cenário global e bolsa de valores
Os mercados globais adotam um tom positivo nesta manhã de quarta-feira, com nova alta nas ações chinesas e leves ganhos nos futuros de Wall Street, embora as ações europeias tenham virado para queda, com investidores acompanhando de perto o noticiário sobre a Ômicron e seus impactos sobre a economia e a política monetária. Com a agenda mais fraca, os mercados externos podem continuar surfando na onda de otimismo que deixou de lado os riscos da ômicron, já considerada uma cepa de baixa gravidade, apesar de muito transmissível.
As bolsas da China fecharam em alta nesta quarta-feira, com um corte nas taxas do compulsório bancário mantendo o ânimo do investidor, enquanto papéis de empresas de produtos básicos de consumo e fabricantes de chips lideraram os ganhos. Mas, entre as quedas do dia, o setor de incorporadoras imobiliárias recuou 0,6%, depois que o China Evergrande Group perdeu o prazo de pagamento da dívida, colocando a empresa a caminho de se tornar o maior inadimplente da China. As bolsas europeias operam próximas da estabilidade nesta quarta-feira, após registrarem seu mais forte ganho em dois dias em mais de um ano, com setores defensivos na liderança, enquanto investidores avaliavam a eficácia das vacinas existentes contra a variante Ômicron do coronavírus.
Futuros: Dow Jones (+0,13%), S&P 500 (+0,20%), Nasdaq (+0,27%); Petróleo: Brent a US$ 75,65 (+0,21%); WTI a US$ 72,22 (+0,17%); Ouro: +0,34%, a US$ 1.788,70 a onça-troy na Comex; Treasuries: T-Note de 10 anos a 1,45720 (de 1,47420); Londres (+0,31%) a 7.362 pontos; Frankfurt (-0,31%) a 15.765 pontos; Paris (-0,14%) a 7.056 pontos; Madrid (-0,55%) a 8.512 pontos; Índice Stoxx 600 (+0,08%) a 480,60 pontos.
Cenário no Brasil
Aqui tem notícia boa para começar o dia, com o acordo entre Câmara e Senado para a PEC dos precatórios. Deve manter animada a bolsa, que já ensaia recuperar os 108 mil, enquanto o dólar se afasta dos R$ 5,70 e os juros futuros aguardam estáveis o Copom. A expectativa unânime de uma alta de 1,50 ponto porcentual da Selic, para 9,25%, é reforçada pelos dados fracos da economia. Hoje, o desempenho pífio das vendas no comércio deve dar mais um motivo para o BC agir com calma.
Ibovespa
O Ibovespa subiu novamente na terça-feira, embora em movimento mais tímido do que o das bolsas norte-americanas, engatando a maior sequência de altas desde o começo de junho. O Ibovespa avançou 0,65%, a 107.557,67 pontos, com volume financeiro de R$29,4 bilhões. O IBOV segue em uma tendência de baixa no longo prazo ao cruzar abaixo da média móvel de 200 períodos e formar topos e fundos descendentes, além disso, um movimento de queda no curto prazo já foi consolidado, após operar abaixo da média móvel curta (21 períodos) e romper o fundo formado no dia 20 de setembro aos 107.500 pontos. Qualquer movimento positivo neste momento será considerado um repique de alta, dentro da tendência principal de baixa, portanto é necessário mais tempo e mais confirmações para reverter esta tendência.
Indicadores econômicos e eventos |
FGV: IPC-S (8h) |
IBGE: Vendas no varejo (9h) |
Canadá: decisão monetária (12h) |
EUA: relatório Jolts (12h) |
EUA: estoques de petróleo (12h30) |
BC: Copom anuncia Selic (após as 18h30) |