Finanças

Morning Call: payroll pode indicar desaceleração do mercado trabalho nos EUA

O projeta uma desacelação no ritmo de criação de vagas nos EUA, fato desejado pelo Fed para como reflexo da alta de juros no país e possível fator de desaceleração da inflação no país.

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Os mercados asiáticos repercutem hoje o desempenho negativo dos mercados globais de ontem (06) enquanto se mantinham cautelosos na espera dos dados do payroll dos EUA. O índice Nikkei encerrou o pregão com queda de 0,71%, o Hang Seng teve recuo de 1,51%, o BSE registrou perdas de 0,05%, o Taiex teve a queda mais expressiva com 1,37% e o sul-coreano KOSPI recuou 0,22%. Não houve pregão na bolsa de Shanghai pelo feriado nacional.

Na Europa os mercados tentam esboçar uma recuperação, porém a maioria dos índices acionários tinham queda no começo da manhã com contribuição da fala de Dave Ramsden, integrante do banco central da Inglaterra, que afirmou nesta manhã que a trajetória de política monetária do país deve se manter, independente dos impactos na economia. O índice britânico FTSE subia 0,21% e o índice CAC tinha ganhos de 0,14% enquanto o alemão DAX caía 0,06%, o IBEX recuava 0,25% e o índice Euro Stoxx tinha perdas de 0,18%.

Os dados do mercado de trabalho dos EUA devem impactar o desempenho das bolsas pelo mundo

Nesta sexta-feira (07), serão divulgados importantes dados do mercado de trabalho dos EUA, aguardados a semana inteira pelos investidores. O payroll, relatório que evidencia quantos empregos foram criados pelo governo norte-americano excluindo o setor agrícola, deve registrar uma criação de 250 mil novas vagas em setembro, de acordo com projeções, após as 315 mil registradas em agosto. Caso se confirme, o número deve ser o menor desde novembro de 2021 quando 210 mil vagas foram registradas.

Além dos dados do payroll, a taxa de desempregos dos EUA referente a setembro deve se manter em 3,7% de acordo com projeções do mercado e a variação do salário médio por hora, que também será divulgado, deve registrar uma leve desaceleração de 5,2% em agosto para 5,1% em setembro na comparação anual.

O conjunto de dados, que serão divulgados às 09:30, devem dar uma direção ao mercado sobre os efeitos dos juros mais altos na economia nos EUA, especialmente no mercado de trabalho, área que o banco central do país já espera uma desaceleração que deve contribuir para diminuir a pressão inflacionária.

Na começo das negociações do dia, os contratos futuros dos principais índices do país estavam mistos com alta de 0,14% do Dow Jones, queda de 0,03% do S&P 500 e recuo de 0,32% do Nasdaq.

Agenda do dia

  • China: feriado mantém mercados fechados durante a sema;
  • Brasil (09:00): vendas no varejo em agosto divulgado pelo IBGE;
  • EUA (09:30): payroll, taxa de desemprego e salário médio por hora;
  • Brasil (10:00): produção de veículos de setembro;
  • EUA (12:00): presidente do Fed de Kansas City, Esther Geoge, discursa em evento do Fed;
  • EUA (13:00): presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, discursa;
  • China (22:45): PMI composto de setembro

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