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Morning Call: Setembro começa com quedas em bolsas e mês pode ser turbulento

Os mercados sempre se antecipam e dessa vez não foi diferente. Aumento no ritmo de juros e menor demanda global por commodities marcam o início de setembro.

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Setembro começa com atencipação de tempos difíceis

O mês de setembro começou com os mesmos temores do final de agosto sobre os mercados. Além do receio sobre os juros na Europa e EUA, novos casos de covid na China fizeram com que a cidade de Chengdu, com 16 milhões de habitantes, entrasse em Lockdown. Além disso, o Índice de Gerentes de Compra, PMI, da China registrou uma queda dos 50,4 pontos em julho para os 49,5 pontos. Além do resultado ser pior do que os 50,2 pontos esperados pelo mercado, ele também fica abaixo da linha dos 50 pontos, considerado como indicador de desaceleração econômica.

Os índices asiáticos fecharam o dia com perdas com o japonês Nikkei com -1,53%, o Hang Seng com -1,79%, Shanghai com -0,54%, Taiex com -1,94% e o sul coreano KOSPI com -2,28%.

O clima não é diferente na Europa mesmo com dados econômicos supreendendo positivamente como as vendas no varejo da Alemanha que subiram 1,9% em julho, contrariando a expectativa de queda de 0,4% pelo mercado. A taxa de desemprego na zona do Euro ficou em linha com projeções de 6,6% em julho e o PMI Industrial de agosto do Reino Unido passou dos 46 pontos para 47,3, resultado melhor que a espectativa de manutenção dos 46 pontos pleo mercado.

Já os indicadores negativos, o destaque fica para o PMI Industrial da Alemanha de agosto que passou dos 49,3 pontos para 49,1 quando as projeções eram de 49,8 pontos.

O índice alemão DAX registrava queda de 1,17%, o britânico FTSE queda de 1,35%, o francês CAC queda de 1,23% e o Euro Stoxx queda de 1,16%.

Pré mercados dos EUA e commodities em queda

Os pré mercados norte americanos registravam perdas com Nasdaq: -0,67%, S&P 500: -0,47% e Dow Jones: -0,46%. As commodities também operavam no verelho com petróleo Brent em queda de 1,96%, petróleo WTI em queda de 1,85%, o minério de ferro em Dalian com queda de 1,73%, e milho com queda de 1,35%.

O clima de aversão ao risco e uma menor demanda mundial por consumo fez com que, nos últimos dias, os indicadores positivos não mexessem tanto com os ânimos do mercado, uma vez que as expectativas são de que os bancos centrais dos EUA e zona do Euro já tenham demonstrado que as decisões de política monetária serão mais duras a modo de conter o avanço da inflação.

IPC-S cai 0,57% em agosto

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) divulgado hoje pela FGV teve queda de 0,57% em agosto. Em 12 meses, a alta passa de 8% em julho para 6,62% em agosto e, de acordo com a FGV, os grupos de Transporte e Habitação desaceleraram o ritmo das quedas de julho porém o grupo de Alimentação desacelerou sua alta de 1,34% em julho para 0,07% em agosto.

Agenda do dia

08:00BRAIPC-S cai 0,07% em agosto
09:00BRAPIB do segundo trimestre
09:30EUAPedidos por auxílio desemprego da semana
10:45EUAPMI Industrial
11:30BRAEntrevista coletiva do relator da PLOA 2023
16:30EUAPres. do Fed de Atlanta discursa em evento na Georgia

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