Finanças

Morning Call: setembro pode ser o primeiro mês de queda paras as bolsas globais

Os principais fatos que podem impactar os mercados hoje e uma breve análise do índice Bovespa.

Publicado

em

Tempo médio de leitura: 3 min

Destaques:

  • Nesta semana, a campanha eleitoral nos EUA ganha destaque com o primeiro debate entre Trump e Biden, além de indicadores econômicos que vão medir o ritmo de recuperação da economia global, que voltou a ser ameaçada com uma segunda onda da covid, principalmente na Europa;
  • No Brasil, os principais indicadores são o IGP-M e os resultados das contas públicas, o mercado está desconfortável com os riscos de inflação e fiscal;  
  • Em Brasília, Bolsonaro se reúne com aliados para apresentar o Pacto Federativo, que deve incluir a “CPMF” digital para desonerar a folha de pagamento e financiar o novo programa social;
  • Os índices futuros de NY e as bolsas europeias abrem a semana em recuperação consistente, porém setembro pode ser o primeiro mês de queda paras as bolsas globais, desde março;
  • Há instantes, o S&P 500 futuro subia em torno de 1,30%; Frankfurt (+2,7%); Paris (+2,05%); Londres (+1,5%) antes das negociações decisivas para acordo com a União Europeia.

Cenário global e bolsa brasileira na semana passada:

  • Nos EUA, os investidores voltaram a criar expectativas em torno do acordo político para definição de um novo pacote de estímulos, após constantes pressões do Fed aos governantes;
  • Na semana o Dow Jones caiu 1,75%, mas o Nasdaq subiu 1,11% puxada pelo bom desempenho das ações de empresas de tecnologia;
  • Apesar das altas das bolsas em NY na sexta-feira, não elimina o sentimento de cautela do investidor com as incertezas sobre a recuperação da economia, ampliadas pela nova onda da pandemia na Europa e dúvidas políticas com a proximidade das eleições presidenciais nos EUA; o que aumentou a demanda por títulos do tesouro americano e dólar;
  • O Ibovespa fechou em queda de 1,3% na semana aos 96.999 pontos, acompanhando pessimismo global com o aumento de casos de covid na Europa e turbulências políticas internas, sobretudo no campo da política fiscal, impactaram negativamente a bolsa brasileira;

Análise Gráfica – IBOV:

  • No gráfico semanal, após o movimento de indefinição em torno de 102.000 pontos, o índice Bovespa segue testando a média móvel de curto prazo (21 períodos), consolidando uma tendência de baixa  ao fechar pela quarta semana seguida de baixa;  
  • O viés é negativo, porém é uma correção já esperada, após subir mais de 68% em quatro meses. O importante agora é conseguir se manter próximo das médias móveis para buscar fôlego em um cenário mais favorável;  
  • Suporte: 95.000
  • Resistência: 100.000 (média móvel de 21 períodos)
Indicadores
Brasil:
Boletim Focus (Banco Central)
Nota de Política Monetária e Operações de Crédito (Banco Central)
Relatório Mensal da Dívida Pública Federal (Tesouro Nacional)
Sondagem da Indústria (FGV) 
29/09 – Caged / IGP-M 
30/09 – Pnad Contínua Mensal (IBGE)
01/10 – PMI Industrial 
EUA:
30/09 – PIB / ADP Empregos Privados 
01/10 – PMI Industrial 
02/10 – Taxa de Desemprego / Payroll / Confiança do Consumidor / Encomendas à Indústria 
Europa:
01/10 – Zona do Euro: PMI Industrial / Inflação (IPP) / Desemprego 

* Esse é um conteúdo de análise de um especialista de investimentos da Easynvest, sem cunho jornalístico. 

Mais Vistos