Finanças
Morning Call: temporada de resultados, FOMC, PIB e o que esperar na semana
A semana começa agitada na Ásia com as bolsas apresentando quedas após a crescente onda de aversão ao risco de interferência regulatória pelo governo chinês perante empresas de educação e tecnologia atingir o mercado.
O governos chinês, através do órgão regulador antitruste, determinou que o maior portal de serviços de interna do país deverá abrir mão de direitos musicais um dia após a circulação de novas regras regulatórias do Partido Comunista limitando o investimento vindo de capital estrangeiro no setor de educação e proibindo as empresas do setor de levantar capital através de ofertas de ações.
Ainda no continente asiático, novos casos da infecção por covid voltam a chamar a atenção ainda mais no Japão durante as olimpíadas, onde foram registrados mais de mil novos casos por dia na semana passada.
O mercado americano continua em sua temporada de balanços do segundo trimestre enquanto a atenção será dividida com dois eventos importantes: na quarta feira haverá a reunião do FOMC sobre as taxas de juros e sua ata divulgada posteriormente que detalha a visão do FED sobre os rumos atuais de juros e inflação e na quinta feira haverá divulgação do PIB norte americano do segundo trimestre.
Os índices dos principais países europeus começam a segunda feira em um movimento de correção após os ganhos da semana passada.
E no Brasil, nossa temporada de balanços também continua com divulgações de Energias Brasil e Tim na segunda feira e com empresas como Santander, Carrefour, Ambev e outras durante a semana. O investidor também fica de olho em importantes dados da economia a serem divulgados durante a semana como a taxa de desemprego pela Pnad Contínua, os dados do Caged, o IPP de junho, o IGP-M de julho.
O Índice Bovespa apesar da semana anterior negativa, conseguiu se segurar ao patamar dos 125 mil pontos que continuam servindo como suporte ao índice e que pode ser beneficiado com resultados positivos das empresas impulsionando a alta.
As negociações de juros futuros encerraram a semana com uma forte alta especificamente na sexta feira passada em todos os vencimentos porém com mais força na ponta curta da curva após a divulgação do IPCA-15 de julho com alta de 0,72%, resultado acima do 0,64% esperado pelo mercado, o que voltou a preocupar o mercado.
No câmbio, o dólar continuou perto dos R$ 5,20 muito influenciado no começo da semana passada pelo temor geral de mercado, que sai de mercados emergentes e busca refúgio em títulos mais seguros em países como os EUA. A moeda americana pode continuar perto de níveis atuais enquanto o mercado enxergar o nível de país no Brasil com indefinições em temas como a política o controle da pandemia.
As commodities tem um começo majoritariamente negativo nessa segunda com Ouro: +0,32%, Petróleo Brent: -0,38%, Petróleo WTI: -0,53% e Bitcoin: +11,69% com destaque para a volta de falas de Elon Musk sobre a aceitação de Bitcoin pela Tesla e com rumores sobre a possibilidade da Amazon aceitar a criptomoeda.
Os principais Indicadores e eventos da semana:
2ª Feira – 26/07:
- Brasil: Boletim Focus, Confiança do Consumidor da FGV de julho, Balanços de TIM e EDP;
- EUA: Vendas de Moradias Novas de junho; balanço de Tesla;
- Alemanha: Índice Ifo de Sentimento Empresarial de julho
3ª Feira – 27/06:
- EUA: Pedidos de Bens Duráveis de junho, Confiança do Consumidor CB.
4ª Feira – 28/06:
- Brasil: IPP de junho, Fluxo Cambial Estrangeiro;
- EUA: Reunião do FED e Coletiva do FOMC;
5ª Feira – 29/06:
- Brasil: IGP-M de julho;
- EUA: PIB do segundo trimestre, pedidos iniciais por seguro desemprego.
6ª Feira – 29/06:
- Brasil: Taxa de desemprego;
- EUA: PMI de Chicago de julho
- Zona do Euro: PIB do segundo trimestre;